A luta é pela terra, pelas sementes e pela ancestralidade : agroecologia e autonomia na Teia dos Povos Em Luta no Rio Grande do Sul
Visualizar/abrir
Data
2025Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Esta dissertação investiga as redes de autonomia e resistência agroecológica articuladas pela Teia dos Povos Em Luta no Rio Grande do Sul, uma rede que congrega comunidades indígenas, quilombolas, camponesas e urbanas marginalizadas na luta pela soberania territorial, emancipação cultural e resgate de saberes ancestrais. Tomando como referenciais centrais a Teoria Ator-Rede (TAR) de Bruno Latour e a discussão de cosmopolítica de Isabelle Stengers, esta pesquisa adota uma perspectiva que conside ...
Esta dissertação investiga as redes de autonomia e resistência agroecológica articuladas pela Teia dos Povos Em Luta no Rio Grande do Sul, uma rede que congrega comunidades indígenas, quilombolas, camponesas e urbanas marginalizadas na luta pela soberania territorial, emancipação cultural e resgate de saberes ancestrais. Tomando como referenciais centrais a Teoria Ator-Rede (TAR) de Bruno Latour e a discussão de cosmopolítica de Isabelle Stengers, esta pesquisa adota uma perspectiva que considera tanto humanos quanto não humanos como agentes ativos na construção de práticas sociais e políticas. A Teia dos Povos, compreendida como uma rede de múltiplos e distintos actantes, promove uma agroecologia que vai além da sustentabilidade ambiental, sendo vista como um projeto ontológico e epistemológico que integra espiritualidade, práticas de cuidado e autonomia coletiva. O objetivo geral desta pesquisa é compreender como a Teia dos Povos ressignifica a agroecologia, transformando-a em um ato de resistência cultural e política, e como essa prática se entrelaça com a construção de soberania alimentar, territorial e pedagógica. A análise se centra nas cartas produzidas ao final das Jornadas de Agroecologia e nas publicações em mídias sociais da Teia. Constatei que a Teia, ao reagregar a agroecologia como prática ontológica e política, desafia epistemologias coloniais e afirma a autonomia comunitária como estratégia de resistência ao modelo capitalista. ...
Abstract
This dissertation investigates the networks of autonomy and agroecological resistance articulated by the Teia dos Povos Em Luta in Rio Grande do Sul, a network that brings together Indigenous, Quilombola, peasant, and marginalized urban communities in the struggle for territorial sovereignty, cultural emancipation, and the recovery of ancestral knowledge. Drawing on Bruno Latour’s Actor-Network Theory (ANT) and Isabelle Stengers’ discussion of cosmopolitics as central theoretical frameworks, th ...
This dissertation investigates the networks of autonomy and agroecological resistance articulated by the Teia dos Povos Em Luta in Rio Grande do Sul, a network that brings together Indigenous, Quilombola, peasant, and marginalized urban communities in the struggle for territorial sovereignty, cultural emancipation, and the recovery of ancestral knowledge. Drawing on Bruno Latour’s Actor-Network Theory (ANT) and Isabelle Stengers’ discussion of cosmopolitics as central theoretical frameworks, this research adopts a perspective that considers both humans and non-humans as active agents in the construction of social and political practices. The Teia dos Povos, understood as a network of multiple and distinct actants, promotes an agroecology that goes beyond environmental sustainability, being viewed as an ontological and epistemological project that integrates spirituality, care practices, and collective autonomy. The general objective of this research is to understand how the Teia dos Povos resignifies agroecology, transforming it into an act of cultural and political resistance, and how this practice intertwines with the construction of food, territorial, and pedagogical sovereignty. The analysis focuses on the letters produced at the end of the Agroecology Journeys and the publications on Teia’s social media platforms. The findings reveal that the Teia, by reassembling agroecology as an ontological and political practice, challenges colonial epistemologies and asserts community autonomy as a strategy of resistance to the capitalist model. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologia.
Coleções
-
Ciências Humanas (7765)Sociologia (566)
Este item está licenciado na Creative Commons License
