Da ponte pra cá : memórias ribeirinhas e a psicóloga que nasce do rio
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Data
2024Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
O que você vai encontrar neste trabalho não costuma ser compartilhado através da escrita - tampouco aprendi em livros. Este é um registro do que me é mais valoroso, do que é ancestral. Se puder, leia o mais próximo possível de uma árvore e com os pés descalços. É assim que escrevo melhor. É assim que vivo melhor. No final, escrever não foi tão diferente de fazer uma tarrafa. Para fazer uma tarrafa, é necessária a linha de pesca. A linha de pesca é a base, como os saberes orgânicos passados de g ...
O que você vai encontrar neste trabalho não costuma ser compartilhado através da escrita - tampouco aprendi em livros. Este é um registro do que me é mais valoroso, do que é ancestral. Se puder, leia o mais próximo possível de uma árvore e com os pés descalços. É assim que escrevo melhor. É assim que vivo melhor. No final, escrever não foi tão diferente de fazer uma tarrafa. Para fazer uma tarrafa, é necessária a linha de pesca. A linha de pesca é a base, como os saberes orgânicos passados de geração em geração. Com ela, você dá os nós que constroem a malha. A malha é o conjunto das memórias ribeirinhas. Com a tabuleta e a agulha você vai costurando e costurando. A tabuleta e a agulha são o papel e a caneta. As mãos ainda são as mãos. Então, é só entralhar com chumbo, para que se abra. O chumbo é o que chamamos de referências. Assim como a tarrafa e a água, a escrita pode ser circular. A tarrafa está em suas mãos, basta lançá-la ao rio. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia, Serviço Social, Saúde e Comunicação Humana. Curso de Psicologia.
Coleções
-
TCC Psicologia (450)
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