Modelos matemáticos para diversas técnicas de controle da mosca-da-fruta

Abstract

Através de sistemas de equações diferenciais ordinárias, são abordadas diferentes técnicas de controle da mosca-da-fruta (Anastrepha fraterculus), em meios espacialmente homogêneos. Além do controle químico com o uso de inseticida de amplo espectro, investiga-se a aplicação de três técnicas de controle biológico distintas: liberação de parasitoides nativos (Doryctobracon areolatus), liberação de parasitoides não nativos (Diachasmimorpha longicaudata) e liberação de machos estéreis. As respostas funcionais, de cada um destes parasitoides na presença dos seus hospedeiros, foram determinadas a partir de dados experimentais, e identificadas uma como tipo Holling II e a outra como tipo Holling III. Soluções numéricas dos diferentes sistemas de equações diferenciais estudados permitiram concluir que todos os métodos de controle avaliados mostraram-se eficientes para a diminuição da população de moscas-da-fruta adultas fêmeas. Entretanto, o controle da população de moscas imaturas (não adultas) pode não ser alcançado através do controle químico, pois atinge também a população de parasitoides nativos. Por outro lado, todos os métodos de controle biológico demonstraram-se eficientes para controlar também as populações de larvas e pupas da mosca-da-fruta.

Through systems of ordinary differential equations, different techniques for controlling the fruit fly (Anastrepha fraterculus) are addressed in spatially homogeneous environments. In addition to chemical control using broad-spectrum insecticides, the application of three distinct biological control techniques is investigated: the release of native parasitoids (Doryctobracon areolatus), the release of non-native parasitoids (Diachasmimorpha longicaudata), and the release of sterile males. The functional responses of each of these parasitoids in the presence of their hosts were determined from experimental data, with one identified as Holling type II and the other as Holling type III. Numerical solutions of the different systems of differential equations studied allowed the conclusion that all evaluated control methods proved effective in reducing the population of adult female fruit flies. However, controlling the population of immature (non-adult) flies may not be achieved through chemical control, as it also affects the population of native parasitoids. On the other hand, all biological control methods proved effective in controlling the populations of fruit fly larvae and pupae as well.