Oralituras das Ìyálodès na luta pela produção do espaço urbano quilombola em Porto Alegre
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Data
2024Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Resumo
As práticas, corporeidades e a luta pelo direito à terra vivido nos quilombos urbanos de Porto Alegre/RS tem a mulher negra como figura central. Nesse cenário, a presente experiência de pesquisa parte do pressuposto que elas, aqui entendidas como Ìyálodès, emergem nesses territórios vestidas de ações de resistência contra o atual padrão de fazer-cidade, que é baseado na cor da pele e no valor da terra privada. Através das vivências de aquilombamento com o Quilombo dos Flores, buscamos compreend ...
As práticas, corporeidades e a luta pelo direito à terra vivido nos quilombos urbanos de Porto Alegre/RS tem a mulher negra como figura central. Nesse cenário, a presente experiência de pesquisa parte do pressuposto que elas, aqui entendidas como Ìyálodès, emergem nesses territórios vestidas de ações de resistência contra o atual padrão de fazer-cidade, que é baseado na cor da pele e no valor da terra privada. Através das vivências de aquilombamento com o Quilombo dos Flores, buscamos compreender como essas ações afirmam uma produção de espaço urbano quilombola que confronta esse padrão. Para isso, através da relação de correspondência com elas, escolhemos a narrativa como abordagem teórica-metodológica para incorporar a linguagem da oralitura, expressa no corpo e na voz como teoria de luta. Durante o percurso, observamos que a luta do quilombo urbano é fundamentada pelo direito à terra ancestral, mas também pela prática de cuidado coletivo. As Ìyálodès atuam como elos de força que sustentam uma rede matrigestora constituída por estratégias e táticas de resistência, que se manifestam em duas frentes: a primeira contra o racismo institucional e a segunda como líderes na articulação comunitária do bairro, rompendo a visão do quilombo urbano como um território isolado, pois estes transcendem os limites a que o planejamento urbano os condiciona. Ao compreender e valorizar essas práticas, abrem-se outros caminhos para que a sociedade e a comunidade acadêmica pensem nessas comunidades como um continuum de movimento e não como um evento do passado colonial relacionados a fugas e a refúgios. Na contemporaneidade, o quilombo ramifica-se como rede de resistência e de liberdade inter-relacionadas pelas mulheres. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Arquitetura. Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional.
Coleções
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Ciências Sociais Aplicadas (6059)
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