Uso da termografia dinâmica como técnica de auxílio diagnóstico em tumores cutâneos em cães
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Data
2024Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Os tumores cutâneos estão entre as doenças mais prevalentes em cães, apresentando-se tanto como condições não neoplásicas quanto neoplásicas. Diversos estudos têm explorado a termografia infravermelha estática como uma ferramenta diagnóstica complementar em cães, especialmente no campo da oncologia. No entanto, no melhor do conhecimento dos autores, não há estudos que tenham empregado a termografia infravermelha dinâmica na oncologia ou em qualquer especialidade veterinária. O objetivo deste es ...
Os tumores cutâneos estão entre as doenças mais prevalentes em cães, apresentando-se tanto como condições não neoplásicas quanto neoplásicas. Diversos estudos têm explorado a termografia infravermelha estática como uma ferramenta diagnóstica complementar em cães, especialmente no campo da oncologia. No entanto, no melhor do conhecimento dos autores, não há estudos que tenham empregado a termografia infravermelha dinâmica na oncologia ou em qualquer especialidade veterinária. O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade da termografia infravermelha dinâmica como uma técnica recém-proposta para distinguir padrões térmicos entre neoplasmas malignos e benignos, assim como outras lesões cutâneas não neoplásicas em cães. Neste estudo prospectivo, 41 cães com um total de 82 tumores cutâneos foram incluídos, compreendendo 29 neoplasmas malignos, 38 neoplasmas benignos e 15 lesões não neoplásicas. Uma bolsa térmica de gel resfriada foi aplicada por dois minutos no tumor, e imagens foram obtidas sequencialmente usando uma função de vídeo termográfico durante um período de reaquecimento cutâneo de dois minutos. Constantes de tempo, medidas em segundos e derivadas do processo de reaquecimento, foram obtidas de acordo com a lei do resfriamento de Newton como modelo matemático. Essas constantes foram utilizadas para analisar as seguintes áreas: área tumoral (El1), área saudável (El2) e área perilesional (LiM). As áreas foram avaliadas dentro do mesmo paciente, posteriormente comparadas com valores obtidos dentro do mesmo grupo e entre diferentes grupos. Dentro dos grupos, não houve diferença estatisticamente significativa entre as regiões em nenhum dos grupos. Tumores benignos apresentaram uma constante de tempo significativamente menor do que tumores malignos em El2 (p=0,003), indicando um reaquecimento mais rápido. Em média, as neoplasias benignas obtiveram uma mediana de 50 segundos a menos que as neoplasias malignas para alcançar a recuperação térmica na área El1, embora não estatisticamente significativa. Portanto, sugerimos que os tumores malignos neste estudo possam ter uma taxa de reaquecimento mais lenta em comparação com as neoplasias benignas e lesões não neoplásicas, possivelmente associadas à neoangiogênese anormal e necrose potencial envolvida na patogênese de algumas neoplasias. No entanto, essa diferença entre os grupos não foi significativa, o que limitou a utilidade da termografia infravermelha dinâmica na diferenciação entre neoplasmas malignos e benignos, bem como na distinção entre lesões cutâneas não neoplásicas e neoplásicas. Pesquisas futuras, com amostras mais homogêneas, são necessárias para propor e padronizar protocolos e modelos matemáticos para a termografia dinâmica por infravermelho na medicina veterinária. ...
Abstract
Skin tumors are among the most prevalent diseases in dogs, presenting as both non-neoplastic and neoplastic conditions. Several studies have explored static infrared thermography as a complementary diagnostic tool in dogs, particularly within the field of oncology. However, to the best of the autors’ knowledge, no studies have employed dynamic infrared thermography in oncology or any veterinary specialty. The objective of this study was to assess dynamic infrared thermography feasability as a n ...
Skin tumors are among the most prevalent diseases in dogs, presenting as both non-neoplastic and neoplastic conditions. Several studies have explored static infrared thermography as a complementary diagnostic tool in dogs, particularly within the field of oncology. However, to the best of the autors’ knowledge, no studies have employed dynamic infrared thermography in oncology or any veterinary specialty. The objective of this study was to assess dynamic infrared thermography feasability as a newly proposed technique for distinguishing thermal patterns between malignant and benign neoplasms, as well as other non-neoplastic skin tumors in dogs. In this prospective study, 41 dogs with a total of 82 skin tumors were enrolled, comprising 29 malignant neoplasms, 38 benign neoplasms, and 15 non-neoplastic lesions. A cooled gel pack was applied for two minutes in the tumor, and images were sequentially obtained using a thermographic video feature during a two-minute skin rewarming period. Time constants, measured in seconds and derived from the rewarming process, were obtained in accordance with Newton's law of cooling as a mathematical model. These constants were used to analyze the following areas: tumoral area (El1), healthy area (El2), and perilesional area (LiM). The areas were evaluated within the same patient, subsequently compared with values obtained within the same group and between different groups. Within the groups, there was no statistically significant difference between the regions in any of the groups. Benign tumors exhibited a significantly lower time constant than malignant tumors in El2 (p= 0.003), denoting a faster rewarming. On average, benign neoplasms obtained a median of 50 seconds less than malignant neoplasms to achieve thermal recovery on El1, although not statistically significant. Therefore, we suggest that malignant tumors in this study may have a slower rewarming rate compared to benign neoplasms and non-neoplastic lesions, possibly associated with abnormal neoangiogenesis and potential necrosis envolved in the pathogenesis of some neoplasms. However, this difference was not significant, limiting the utility of dynamic infrared thermography in differentiating between malignant and benign neoplasms, as well as to distinguish between cutaneous non-neoplastic and neoplastic lesions. Future research, with more homogeneous samples, is necessary to propose and standardize protoco mathematical models for dynamic infrared thermography in veterinary medicine. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Veterinária. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias.
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Ciências Agrárias (3288)Ciências Veterinárias (1009)
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