Fronteirinhas : um convite a novas experiências na educação fora da sala de aula

Abstract

A dissertação tem por finalidade compreender o projeto Fronteiras Educação, ou Fronteirinhas, apelido carinhoso, como uma iniciativa de ensino e educação extraescolares, através de sua intencionalidade e formato, que anda de mãos dadas com a ideia de cidadania, partindo de uma perspectiva experiencial alternativa. As salas de aula convencionais, que dispõem de classes e quadros de giz ou caneta e, agora, também se apresentam nas telas dos computadores ou nos celulares, têm se mostrado por muitas vezes desinteressantes para os estudantes e, mesmo, para os professores. Diante da busca incessante que os professores imprimem no momento de estruturar planos de aula e da ideia, muitas vezes distante, de cumprir no tempo pré-determinado o “conteúdo” programado, da falta de interesse, ou de estímulo, dos alunos, dentre tantos outros desafios com os quais os professores precisam lidar em seu cotidiano, fica a pergunta: o que os alunos aprendem e apreendem? A partir desse quadro, reflete-se sobre a importância de iniciativas que ofereçam, através de educação não convencional, responsável pela disseminação do conhecimento, novas experiências, onde os alunos tenham a oportunidade de refletir sobre a sua existência e se enxerguem cidadãos, como participantes do todo e agentes de transformação.

This dissertation aims at understanding the Fronteiras Educação project, or Fronteirinhas, as it is affectionately known, as an out-of-school teaching and education initiative, through its intentionality and format, which goes hand in hand with the idea of citizenship, starting from an alternative experiential perspective. Conventional classrooms, with boards, both chalk and pen, paper, and now also computer screens and cell phones, have often proved uninteresting for students and even teachers. Given the relentless pursuit that teachers undertake when structuring lesson plans and the often-distant idea of covering the "content" within the predetermined time frame, along with the lack of interest or motivation from students, among many other challenges that teachers face in their daily lives, the question arises: what do students actually learn and grasp? From this context, one reflects on the importance of initiatives that provide, through unconventional education responsible for disseminating knowledge, new experiences where students have the opportunity to reflect on their existence and see themselves as citizens, participants in the whole, and agents of transformation.