Espaço interior mínimo em casa modernas : Existenzminimum e Le Corbusier

Abstract

Após quase cem anos, desde as experiências modernas e o II CIAM dedicado à discussão do Existenzminimum, esta dissertação se propõe a comparar duas posturas frente ao tema do espaço interior doméstico mínimo: a dos funcionalistas alemães, que dominaram, em grande parte, os primeiros CIAM's, e do arquiteto franco-suiço Le Corbusier, que se contrapôs ao tema do segundo congresso, proclamando retoricamente os padrões espaciais de sua "maison maximum". Nesse sentido, embora os contrastes entre ambas as posições sejam evidentes, busca-se verificar aproximações entre aspectos da obra de Le Corbusier e ao conceito de Existenzminimum. Somado ao fato de que não foram identificadas investigações aprofundadas sobre essa problemática, o tema do espaço mínimo tem se revelado recorrente em outros contextos e segmentos sociais para além do desafio do déficit habitacional. De forma crítica, ao se propor comparar essas duas posturas do Movimento Moderno, os estudos de caso se mostram como meio de identificar princípios e soluções projetuais, crendo que a análise de produções passadas pode enriquecer as proposições contemporâneas. Assim, os resultados derivam não apenas da revisão literária, que viabilizou a compreensão dessas abordagens, mas também da avaliação desses precedentes, culminando na base de análise que sustenta os argumentos apresentados. À parte das analogias metafóricas e dimensões simbólicas presentes na obra de Le Corbusier, a pesquisa demonstra que, apesar de sua aparente oposição à abordagem alemã, suas propostas compartilham certas semelhanças, evidenciando uma aceitação subjacente do conceito de Existenzminimum.

After nearly a century since the modernist experiments and the II CIAM dedicated to discussing Existenzminimum, this dissertation aims to compare two stances regarding the theme of minimal domestic interior space: that of the German functionalists, who largely dominated the early CIAM's, and that of the Franco-Swiss architect Le Corbusier, who opposed the theme of the second congress by rhetorically proclaiming the spatial standards of his "maison maximum". In this regard, while the contrasts between both positions are evident, the aim is to examine the similarities between aspects of Le Corbusier's work and the concept of Existenzminimum. Furthermore, given the lack of in-depth investigations into this issue and the recurrence of the theme of minimal space in other social contexts and segments beyond the challenge of housing deficits, the dissertation critically proposes to compare these two stances within the Modern Movement, using case studies as a means to identify design principles and solutions, believing that analyzing past productions can enrich contemporary propositions. Thus, the results stem not only from the literature review that facilitated the understanding of these approaches, but also from the evaluation of these precedents, culminating in the analytical foundation supporting the arguments presented. Aside from the metaphorical analogies and symbolic dimensions present in Le Corbusier's work, the research demosntrates that, despite his apparent opposition to the German approach, his proposals share certain similarities, indicating an underlying acceptance of the concept of Existenzminimum.