Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorMutz, Andresa Silva da Costapt_BR
dc.contributor.authorMartins, Ânderson Barcelospt_BR
dc.date.accessioned2024-07-19T06:22:31Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/276560pt_BR
dc.description.abstractEsta pesquisa possui como objetivo principal descrever e analisar a presença de enunciações de autolesão não suicida em postagens na rede social Twitter, abrangendo o período de março de 2019 a março de 2022. Embasado na perspectiva pós-estruturalista, notadamente nos estudos culturais e foucaultianos, o presente texto adota uma abordagem de análise de discurso inspirada em Michel Foucault (2002; 2008; 2011). Esta abordagem visa explorar as enunciações, os ditos e os não ditos sobre o tema da autolesão não suicida na rede social. A questão central formulada para nortear a pesquisa foi: "Quais são as enunciações das pessoas que praticam autolesão não suicida e quais fatores levam à divulgação dessas experiências no Twitter?" que levou a coleta e análise do material empírico, que revelou que indivíduos envolvidos na autolesão buscam compartilhar suas vivências, encontrando nas redes sociais um espaço para superar preconceitos e estigmatizações. Os tweets, atuam como pedagogias culturais (Camozzato, 2014; Andrade; Costa, 201; Darsie; Santos, 2012), fornecendo ensinamentos, promoção e estímulo à prática da Autolesão Não Suicida (ALNS). Diante dos desafios apresentados pelo aumento da autolesão, o Brasil implementou novas políticas públicas mudando para controlar os corpos e orientar a sociedade, sua implementação é tensionada ao longo da escrita. Além disso, este estudo destaca a centralidade do corpo em nossa cultura, ressaltando que as marcas corporais são artefatos históricos e culturais que possibilitam a construção e narração de histórias pessoais (Le Breton, 2007; 2011), destacando como o corpo se torna um objeto cultural que, por meio de suas marcas, narra a história de uma sociedade. Investigam-se duas manifestações de captura do corpo: o corpo como sinal de penitência, mortificação e transcendência, e o corpo nos rituais de iniciação tribal, contribuindo para a construção e unificação do indivíduo à comunidade. A análise das marcas no corpo é abordada considerando o atravessamento do biopoder, onde os saberes clínicos, associados a interesses econômicos a partir dos séculos XVIII ao XIX, categorizaram certas lesões corporais nos domínios do patológico, do esteticamente belo e do marginal. Essa perspectiva ilumina as complexas interações entre corpo, poder e representações culturais contemporâneas. No contexto das redes sociais, o material empírico aponta para elementos como a indexação por meio de algoritmos, o contágio emocional e o sangue como ferramenta de engajamento.pt_BR
dc.description.abstractThe primary objective of this research is to describe and analyze the presence of non-suicidal self-injury narratives in posts on the social network Twitter, covering the period from March 2019 to March 2022. Based on a post-structuralist perspective, notably within cultural studies and Foucauldian frameworks, this text adopts an approach to discourse analysis inspired by Michel Foucault (2002; 2008; 2011). This approach aims to explore the enunciations, the said and the unsaid about the theme of non-suicidal self-injury on the social network. The central question formulated to guide the research was: "What are the narratives of people who practice non-suicidal self-injury, and what factors lead to the sharing of these experiences on Twitter?" This led to the collection and analysis of empirical material, revealing that individuals involved in self-injury seek to share their experiences, finding in social networks a space to overcome prejudices and stigmatizations. Tweets act as cultural pedagogies (Camozzato, 2014; Andrade; Costa, 201; Darsie; Santos, 2012), providing teachings, promotion, and encouragement of the practice of Non-Suicidal Self-Injury (NSSI). Faced with challenges posed by the increase in self-injury, Brazil has implemented new public policies to control bodies and guide society, whose implementation is tensioned throughout the writing. Moreover, this study highlights the centrality of the body in our culture, emphasizing that bodily marks are historical and cultural artifacts that enable the construction and narration of personal stories (Le Breton, 2007; 2011), highlighting how the body becomes a cultural object that, through its marks, narrates the history of a society. The research investigates two manifestations of body capture: the body as a sign of penance, mortification, and transcendence, and the body in tribal initiation rituals, contributing to the construction and unification of the individual to the community. The analysis of marks on the body is approached considering the pervasion of biopower, where clinical knowledge, associated with economic interests from the 18th to the 19th centuries, categorized certain bodily lesions within the realms of the pathological, the aesthetically beautiful, and the marginal. This perspective sheds light on the complex interactions between body, power, and contemporary cultural representations. In the context of social networks, the empirical material points to elements such as indexing through algorithms, emotional contagion, and blood as a tool for engagement.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectEstudos culturaispt_BR
dc.subjectRedes sociaispt_BR
dc.subjectSuicídiopt_BR
dc.titlePensar a autolesão não suicida na perspectiva dos estudos culturais em educação: lições sobre o corpo no tempopt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001206571pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Educaçãopt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Educaçãopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples