Uma reflexão sobre as tonalidades afetivas a partir da cotidianidade de Dasein
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Data
2023Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A presente pesquisa destaca as “tonalidades afetivas” descritas na obra do filósofo Martin Heidegger. Restringiu-se o escopo dessa investigação entre parágrafos de Ser e Tempo e Conceitos fundamentais da metafisica: mundo finitude e solidão, visto que em ambas as obras, as tonalidades afetivas possuem um lugar privilegiado dentro das discussões propostas pelo autor. Sendo que em Ser e Tempo, as tonalidades afetivas aparecem como existenciário de Dasein, o ente que pergunta pelo sentido do ser, ...
A presente pesquisa destaca as “tonalidades afetivas” descritas na obra do filósofo Martin Heidegger. Restringiu-se o escopo dessa investigação entre parágrafos de Ser e Tempo e Conceitos fundamentais da metafisica: mundo finitude e solidão, visto que em ambas as obras, as tonalidades afetivas possuem um lugar privilegiado dentro das discussões propostas pelo autor. Sendo que em Ser e Tempo, as tonalidades afetivas aparecem como existenciário de Dasein, o ente que pergunta pelo sentido do ser, tarefa de Ser e Tempo. No segundo texto, Conceitos fundamentais da metafisica: mundo, finitude e solidão, a tonalidade afetiva aparece para expressar o momento em que Dasein, tomado por determinada tonalidade afetiva é descaracterizado de sua temporalidade familiar. Primeiramente, ressaltamos a Befindlichkeit como o existenciário que permite as tonalidades afetivas, esta é parte constitutiva e, portanto, fundamental na estrutura ontológica de Dasein. O fenômeno chamado de “abertura” proporcionada pela Befindlichkeit permite que Dasein veja a si mesmo como ele é, e este é, entre outras coisas, ser-com-o-outro que se dá no mundo. Assim sendo, Dasein está sempre tomado por uma tonalidade afetiva, e este é, no mais das vezes, decaído no mundo, ou seja, mantem-se em sua ocupação cotidiana. E mesmo a exceção dessa decadência se dá a partir das próprias tonalidades afetivas, descritas como fundamentais que “retiram” Dasein do seu modo de ser decaído no mundo. No entanto, Heidegger não tem como objetivo debruçar-se sobre todos os aspectos ou a “influência” de todas as tonalidades afetivas nas relações cotidianas de Dasein, destacando apenas as tonalidades afetivas fundamentais. Evidencia-se a partir disso, que a fenomenologia de Heidegger, no que tange as tonalidades afetivas, nos deixa essa ampla tarefa. ...
Abstract
The present research focuses on the concept of "mood" described in the works of the philosopher Martin Heidegger. The scope of this investigation had been restricted to some paragraphs of Being and Time and Fundamental Concepts of Metaphysics - world, finitude, and loneliness since in both works the concept of mood detains a privileged position in the discussion proposed by the author. In Being and Time, the mood is presented as the existential of Dasein, the entity that inquires for the meanin ...
The present research focuses on the concept of "mood" described in the works of the philosopher Martin Heidegger. The scope of this investigation had been restricted to some paragraphs of Being and Time and Fundamental Concepts of Metaphysics - world, finitude, and loneliness since in both works the concept of mood detains a privileged position in the discussion proposed by the author. In Being and Time, the mood is presented as the existential of Dasein, the entity that inquires for the meaning of being, the task of the work. In Fundamental Concepts of Metaphysics, the concept is appointed to express the moment in which Dasein, taken by a determined mood, is mischaracterized from its familiar temporality. Initially, we are highlighting Befindlichkeit as an existential that allows the existence of moods, and since it is a constitutive part of Dasein, it is, therefore, fundamental for its ontological structure. The phenomenon called "opening" provided by the Befindlichkeit allows the Dasein to see itself as it is - and that is, among other things, being-with-the-other which takes place in the world. Therefore, Dasein is always taken by a mood, and it is, most of the time, fallen in the world - in other words, it keeps itself busy with its daily occupations. Even the exception of this “decadence” happens through the moods, described as fundamentals that "remove" Dasein from its mode of being fallen in the world. However, Heidegger does not have the objective of analyzing all the aspects of the moods, nor the "influence" of all moods in the daily relations of the Dasein, focusing only on the fundamental moods. From that, we can conclude as evident that Heidegger's phenomenology, when it comes to the moods, leaves us with a vast task. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia.
Coleções
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