Psicanálise na praça : lugar de fala e lugar de escuta
Visualizar/abrir
Data
2022Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Inspirada por manifestações artísticas e políticas que têm como palco a cidade e a rua, esta pesquisa parte de questionamentos sobre a psicanálise operada nos espaços públicos. Através das práticas do coletivo Psicanálise na Praça de Porto Alegre, objetiva-se refletir sobre como se relacionam lugar de fala e lugar de escuta, além desdobrar uma discussão sobre a transferência. Parte-se de uma arqueologia da pesquisadora e do território por excelência do Psicanálise na Praça, a Praça da Alfândega ...
Inspirada por manifestações artísticas e políticas que têm como palco a cidade e a rua, esta pesquisa parte de questionamentos sobre a psicanálise operada nos espaços públicos. Através das práticas do coletivo Psicanálise na Praça de Porto Alegre, objetiva-se refletir sobre como se relacionam lugar de fala e lugar de escuta, além desdobrar uma discussão sobre a transferência. Parte-se de uma arqueologia da pesquisadora e do território por excelência do Psicanálise na Praça, a Praça da Alfândega. A pandemia por COVID-19 atravessa todo o planeta e também o curso da pesquisa, que da rua passa a ocupar o ciberespaço. Com um percorrido pelo conceito de lugar vindo do campo da Geografia, adentra-se lugar de fala em Djamila Ribeiro e une-se lugar à fala em psicanálise através dos aportes de Lélia Gonzalez, Ambra e Lacan. O esquema L e o esquema quadrípode do discurso analítico, somados a peças de arte, auxiliam na construção da reflexão através da qual gira esta pesquisa. A travessia metodológica se dá em quatro passos: derivar, escutar, escrever e mapear. A partir deste percorrido trabalha-se os vestígios coletados, ou seja, restos que insistem e se repetem na escuta e escrita da pesquisadora acerca dos atendimentos realizados por ela e/ou pelo coletivo de praçanalistas, das reuniões e intervisões, além de atos falhos produzidos ao longo da feitura do texto. Assim sendo, pode-se afirmar que, por conta das múltiplas e diversas escutas nas práticas do coletivo Psicanálise na Praça, a transferência se constitui, além do encontro uma a uma em sessão, também entre uma praciente e um coletivo de praçanalistas. Por fim, elabora-se a conceituação de lugar de fala e lugar de escuta em psicanálise como posições dialéticas, relacionadas e intercambiantes no processo de análise. ...
Abstract
Inspired by artistic and political manifestations that have the city and the street as their stage, this research starts from questions about psychoanalysis performed in public spaces. Through the practices of the collective Psicanálise na Praça (Psychoanalisis in the Square) from Porto Alegre, the goal is to think about on how the place of speech and place of listening are related, in addition to unfolding a discussion on transference. It starts from an archeology of the researcher and the ter ...
Inspired by artistic and political manifestations that have the city and the street as their stage, this research starts from questions about psychoanalysis performed in public spaces. Through the practices of the collective Psicanálise na Praça (Psychoanalisis in the Square) from Porto Alegre, the goal is to think about on how the place of speech and place of listening are related, in addition to unfolding a discussion on transference. It starts from an archeology of the researcher and the territory par excellence of Psicanálise na Praça, the Praça da Alfândega. The COVID-19 pandemic goes through the entire planet and also the course of that research, that changes from the street to the cyberspace. With a journey through the concept of place coming from the field of Geography, one enters a place of speech in Djamila Ribeiro and joins a place to speech in psychoanalysis through the contributions of Lélia Gonzalez, Ambra and Lacan. The L scheme and the quadripod scheme of the analytical discourse, added to pieces of art, aid in the construction of the reflection through which this research revolves. The methodological crossing takes place in four steps: derive, listen, write and map. From this journey, the collected traces are worked, remains that insist and are repeated in the researcher's listening and writing about the consultations performed by her and/or by the collective of squareanalysts, the meetings and intervisions, in addition to parapraxes produced throughout the writing of the text. Therefore, it can be said that, due to the multiple and diverse listening in the practices of the Psicanálise na Praça collective, the transference is constituted, in addition to the one-on-one meeting in session, also between a squaretient and a collective of squareanalysts. Finally, the conceptualization of place of speech and place of listening in psychoanalysis is elaborated as dialectical, ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicanálise: Clínica e Cultura.
Coleções
-
Ciências Humanas (7466)
Este item está licenciado na Creative Commons License