A consciência estendida: contrapondo o enativismo de Alva Noë à tese da consciência intracraniana defendida por David Chalmers
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Data
2019Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A consciência emerge apenas de fenômenos intracranianos? Os estados físicos e semânticos internos a um sujeito determinam completamente seus estados e processos mentais conscientes? Nesta dissertação reconstruiremos a resposta positiva que David Chalmers oferece para essas questões a partir de seu externismo ativo combinado com sua teoria das consciências. Contraporemos a essa resposta, a argumentação enativista de Alva Noë a favor da tese oposta. A partir da comparação entre essas concepções, ...
A consciência emerge apenas de fenômenos intracranianos? Os estados físicos e semânticos internos a um sujeito determinam completamente seus estados e processos mentais conscientes? Nesta dissertação reconstruiremos a resposta positiva que David Chalmers oferece para essas questões a partir de seu externismo ativo combinado com sua teoria das consciências. Contraporemos a essa resposta, a argumentação enativista de Alva Noë a favor da tese oposta. A partir da comparação entre essas concepções, pretendemos defender que a resposta de Noë é mais vantajosa por duas razões principais. A primeira é que ela é fenomenalmente mais apta para explicar a consciência – entendida como experiência – do que a oferecida por Chalmers. A segunda, é que a resposta de Chalmers encontra mais dificuldades de se adequar a uma metafísica naturalista, ao se atrelar a muitos enigmas filosóficos, em especial: o problema da possibilidade lógica do zumbi fenomenal; o argumento do conhecimento; a hipótese do espectro invertido; o problema difícil da consciência; o problema da epifenomenalidade da experiência. Enigmas esses que, conforme argumentaremos, o enativismo de Noë é capaz de desfaz completamente ou, no mínimo, oferecer um caminho promissor para solucionar. ...
Abstract
Does consciousness emerge only from intracranial phenomena? Do one‟s internal physical and semantic states completely determine one‟s conscious states and processes? In this work we will reconstruct David Chalmers‟ positive answer to these questions based on his active externalism together with his theory of consciousness. We will counterpose to it, Alva Noë‟s enactivist argumentation in favor of the opposite thesis. From the confrontation between these approaches, we intend to defend that enac ...
Does consciousness emerge only from intracranial phenomena? Do one‟s internal physical and semantic states completely determine one‟s conscious states and processes? In this work we will reconstruct David Chalmers‟ positive answer to these questions based on his active externalism together with his theory of consciousness. We will counterpose to it, Alva Noë‟s enactivist argumentation in favor of the opposite thesis. From the confrontation between these approaches, we intend to defend that enactivism account is more advantageous for two main reasons. The first is that it is phenomenally more apt to explain consciousness – taken as experience – than the one offered by Chalmers. The second is that Chalmers‟ response is less fitted to a naturalistic metaphysics because it is tangled to several philosophical puzzles, in particular: the problem of the logical possibility of phenomenal zombies; the argument of knowledge; the inverted-spectrum hypothesis; the hard problem of consciousness; the problem of the epiphenomenality of experience. As we will argue, Noë‟s enactivism is either able to completely dissolve, or, at least, to offer a promising path to solve such puzzles. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia.
Coleções
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