Coparenting across the transition to parenthood : qualitative evidence from South-Brazilian families
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Data
2018Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Abstract
Coparenting emerges across the transition to parenthood and refers to the way individuals coordinate, support each other in their parental roles and share responsibility in childrearing. Despite the increase in research on coparenting, relatively few studies have focused on non-North American or non-European families, which has hindered practice and policy targeting diverse countries. Likewise, qualitative research on coparenting is relatively rare, yet critical to shed light on details and com ...
Coparenting emerges across the transition to parenthood and refers to the way individuals coordinate, support each other in their parental roles and share responsibility in childrearing. Despite the increase in research on coparenting, relatively few studies have focused on non-North American or non-European families, which has hindered practice and policy targeting diverse countries. Likewise, qualitative research on coparenting is relatively rare, yet critical to shed light on details and complexities not well captured by other methods, including insights into sociocultural factors linked to coparenting in distinct contexts. Moreover, a qualitative longitudinal approach is particularly well suited to examine important life course transitions and turning points, such as the transition to parenthood. To address these gaps, we investigated coparenting across the transition to parenthood in South-Brazilian families, using a qualitative, longitudinal, multiple case study. Semi-structured, face-to-face interviews were conducted with 12 first-time mother and fathers (six nuclear families altogether), at 6, 12, and 18 months postpartum (36 interviews altogether). In two families only the father was employed, with the mother caring for the child; in two families both parents were employed, and they hired a nanny to care for the child in their home; and, in two families both parents were employed, and the child started attending daycare at the end of maternity leave. Through the two articles that comprise the current doctoral dissertation, we explored three components of Feinberg’s (2003) coparenting framework: division of labor (how parents divide childcare tasks and household chores, as well as their satisfaction with this division); agreement/disagreement (e.g., regarding children’s emotional needs and discipline); and, support/undermining (appreciation and cooperation, or criticism and competition). The first article is focused on the division of labor, whereas the second is focused on agreement/disagreement and support/undermining. Deductive thematic analysis revealed similarities and singularities between families. As presented in the first article, we found weaker sharing of household chores over time, against greater sharing of childcare tasks during the first few days postpartum, followed by a downward tendency in the fathers’ contributions during the first few months postpartum. This more unequal division of labor remained stable over time only for families who had chosen maternal care, changing after the end of maternity leave for families who had chosen nanny care and daycare. Parental satisfaction regarding the division of labor remained relatively high over time only for families who had chosen nanny care, which suggests that counting on a domestic worker since the beginning of the transition to parenthood contributed to preventing parental feelings of overload or unfairness across the transition to parenthood. Findings were discussed in the 10 light of the role that instrumental and social support, as well as the prevailing Brazilian gender norms, may play in the division of labor for new parents. With respect to the second article, our findings showed that agreement among parents remained relatively stable during the first year, whereas disagreements concerning discipline demanded more parental negotiation as infants advanced toward toddlerhood. Support and undermining coexisted in the same families, although mothers and fathers expressed undermining differently. Aspects of the ecological context, such as family of origin, instrumental and social support, as well as labor market, also appeared to influence coparenting agreement/disagreement and support/ undermining. Following each article, we presented strengths, limitations, suggestions for future research, as well as implications for practice (e.g., counseling) and policy (e.g., childcare arrangements and parental leave). ...
Resumo
A coparentalidade emerge durante a transição para a parentalidade e se refere ao modo como os indivíduos se apoiam e se coordenam em seus papeis parentais, bem como compartilham responsabilidades de cuidado à criança. Apesar do crescente número de estudos sobre a coparentalidade, relativamente poucos deles investigam famílias não norte-americanas ou não-europeias, o que prejudica a prática profissional e a elaboração de políticas voltadas a diversos países. Da mesma forma, estudos qualitativos ...
A coparentalidade emerge durante a transição para a parentalidade e se refere ao modo como os indivíduos se apoiam e se coordenam em seus papeis parentais, bem como compartilham responsabilidades de cuidado à criança. Apesar do crescente número de estudos sobre a coparentalidade, relativamente poucos deles investigam famílias não norte-americanas ou não-europeias, o que prejudica a prática profissional e a elaboração de políticas voltadas a diversos países. Da mesma forma, estudos qualitativos sobre a coparentalidade são raros, embora fundamentais para esclarecer detalhes e complexidades nem sempre bem captadas por meio de outros métodos, incluindo insights sobre fatores socioculturais ligados à coparentalidade em distintos contextos. Além disso, o delineamento qualitativo e longitudinal é particularmente adequado para o exame de períodos de mudança no ciclo de vida, como é o caso da transição para a parentalidade. Para abordar essas lacunas, nós investigamos a coparentalidade durante a transição para a parentalidade em famílias do Sul do Brasil, por meio de estudo de caso múltiplo, qualitativo e longitudinal. Entrevistas semiestruturadas, face a face, foram conduzidas com 12 mães e pais (ao todo, seis famílias nucleares), aos 6, 12 e 18 meses após o nascimento do primeiro filho (ao todo, 36 entrevistas). Em duas famílias, apenas o pai tinha emprego, e a mãe cuidava da criança; em duas famílias, ambos os pais tinham emprego, e eles contrataram uma babá para cuidar da criança; e, em duas famílias, ambos os pais tinham emprego, e a criança passou a frequentar a creche ao final da licença-maternidade. Três componentes do modelo de coparentalidade de Feinberg (2003) foram explorados nos dois artigos que compõem a presente tese de doutorado: divisão de trabalho parental (como os pais dividem tarefas domésticas e de cuidado à criança, bem como sua satisfação com essa divisão); acordo/desacordo (e.g., em relação às necessidades emocionais da criança e à disciplina); e apoio/depreciação (apreciação e cooperação, ou crítica e competição). O primeiro artigo aborda divisão de trabalho parental, ao passo que o segundo artigo aborda acordo/desacordo e apoio/depreciação. A análise temática dedutiva revelou semelhanças e singularidades entre as famílias. Com relação ao primeiro artigo, nós identificamos fraco compartilhamento de tarefas domésticas ao longo do tempo, bem como forte compartilhamento de tarefas de cuidado à criança durante os primeiros dias após o parto, seguido por uma tendência de redução nas contribuições do pai durante os primeiros meses após o parto. Essa divisão de trabalho mais desigual permaneceu estável ao longo do tempo apenas para as famílias que optaram pelo cuidado materno, sofrendo modificações ao final da licença-maternidade para famílias que optaram pela babá ou pela creche. A satisfação de mães e pais em relação à divisão de trabalho permaneceu relativamente alta ao longo do tempo apenas para as famílias que optaram pelo cuidado por babá, o que sugere que poder contar com uma trabalhadora doméstica desde o início da transição para a parentalidade contribuiu no sentido de prevenir sentimentos parentais de sobrecarga e injustiça durante a transição para a parentalidade. Os resultados são discutidos à luz do papel que as normas de gênero prevalentes no Brasil, bem como o apoio social e instrumental podem desempenhar na divisão de trabalho para mães e pais após o nascimento do primeiro filho. Em relação ao segundo artigo, nossos achados sugerem que o acordo parental permaneceu relativamente estável durante o primeiro ano, ao passo que os desacordos referentes à disciplina exigiram mais negociação após esse período. Apoio e depreciação coexistiram nas mesmas famílias, embora mães e pais expressassem depreciação de forma diferente. Aspectos do contexto ecológico, tais como família de origem, apoio instrumental e social, bem como mercado de trabalho também pareceram influenciar acordo/desacordo e apoio/depreciação coparental. Ao final de cada artigo, nós apresentamos pontos fortes e fracos, além de sugestões para pesquisas futuras e implicações para a prática profissional (e.g. intervenções psicológicas) e para as políticas (arranjos de cuidado e licença parental). ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Psicologia. Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
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