"Antes de qualquer coisa, a linguagem significa" : a equivalência e a tradução como problemas de língua e de linguagem a partir de Émile Benveniste
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Data
2025Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Esta dissertação toma como objeto uma noção teórica que é mobilizada nos Estudos da Tradução, a saber, a equivalência, a partir da teoria da linguagem de Émile Benveniste. A equivalência e a tradução não são, de fato, os objetos teóricos desse linguista, mas a tradução está presente em suas teorizações (Hoff, 2018), uma vez que Benveniste menciona e analisa muitas línguas em seus textos (Hoff, 2023). Além disso, é possível observar ocorrências relacionadas à equivalência em alguns de seus texto ...
Esta dissertação toma como objeto uma noção teórica que é mobilizada nos Estudos da Tradução, a saber, a equivalência, a partir da teoria da linguagem de Émile Benveniste. A equivalência e a tradução não são, de fato, os objetos teóricos desse linguista, mas a tradução está presente em suas teorizações (Hoff, 2018), uma vez que Benveniste menciona e analisa muitas línguas em seus textos (Hoff, 2023). Além disso, é possível observar ocorrências relacionadas à equivalência em alguns de seus textos. O objetivo deste trabalho é buscar uma noção de equivalência em alguns textos do linguista, tomando sua noção de língua como base, uma vez que se defende neste trabalho que a equivalência e a tradução precisam ser encaradas a partir de sua base, que é a língua. Para isso, inicia-se com a retomada dos três primeiros textos nos quais a equivalência foi mencionada, de acordo com Hurtado Albir (2001b), a saber, Vinay e Darbelnet (1958), Nida (1959) e Jakobson (1959), para compreender como essa noção foi fundamentada. Em seguida, busca-se aprofundar as reflexões de alguns textos de Benveniste em que a tradução está presente, assim como em textos em que aparecem ocorrências de equivalência. Finalmente, inicia-se o percurso que leva à formulação de uma noção de equivalência a partir de Benveniste. O primeiro passo é refletir sobre a noção benvenistiana de língua observada sobretudo nos textos “Os níveis da análise linguística” ([1962/1964] PLG I), “A forma e o sentido na linguagem” ([1966/1967] PLG II) e “Semiologia da língua” ([1969] PLG II). O segundo passo é selecionar alguns dos textos nos quais há o uso de formas como de “équivalent.e” [equivalente], “équivalence” [equivalência] e “équivaloir” [equivaler], conforme observado em uma varredura dos textos dos dois volumes dos Problèmes de linguistique générale (1966, 1974). A partir desse corpus de análise, busca-se formular uma noção de equivalência, pensando-a em relação à noção benvenistiana de língua. Com essa reflexão, é possível pensar em uma noção de equivalência semântica, isto é, do semantismo, uma vez que o tradutor traduz a língua-discurso, cuja base é a língua-sistema, buscando dizer “o mesmo” em outra língua. Isso traz duas consequências: (1) pensar uma noção de equivalência a partir de Benveniste coloca a língua como algo incontornável na reflexão sobre tradução, uma vez que é em língua que se traduz; (2) pensar a equivalência nesse quadro teórico introduz a questão do sentido no interior da reflexão sobre tradução. Assim, acredita-se na possibilidade de repensar a relação entre equivalência, tradução e língua. ...
Résumé
Ce mémoire prend comme objet une notion qui est évoquée dans les Études de la Traduction, à savoir, l’équivalence, dans le cadre de la théorie du langage d’Émile Benveniste. En effet, l’équivalence et la traduction ne sont pas d’objets théoriques de ce linguiste, mais la traduction est présente dans ses théorisations (Hoff, 2018), puisqu’il mentionne et analyse de nombreuses langues dans ses textes (Hoff, 2023). En plus, il est possible d’observer des occurrences liées à l’équivalence dans cert ...
Ce mémoire prend comme objet une notion qui est évoquée dans les Études de la Traduction, à savoir, l’équivalence, dans le cadre de la théorie du langage d’Émile Benveniste. En effet, l’équivalence et la traduction ne sont pas d’objets théoriques de ce linguiste, mais la traduction est présente dans ses théorisations (Hoff, 2018), puisqu’il mentionne et analyse de nombreuses langues dans ses textes (Hoff, 2023). En plus, il est possible d’observer des occurrences liées à l’équivalence dans certains de ses textes. L'objectif de ce travail est de rechercher une notion d’équivalence chez Benveniste, en s’appuyant sur sa notion de langue. Pour ce faire, tout d’abord, on commence par une revue des trois premiers textes dans lesquels l’équivalence a été mentionnée pour la première fois, selon Hurtado Albir (2001b), à savoir, Vinay et Darbelnet (1958), Nida (1959) e Jakobson (1959) afin de comprendre comment la notion a été fondée. Ensuite, on cherche à approfondir les réflexions sur quelques textes de Benveniste dans lesquels la traduction et/ou la traduction est présente, ainsi que dans les textes dans lesquels il y a des occurrences d’équivalence. Finalement, on démarre le parcours qui mène à la formulation d’une notion théorique d’équivalence à partir de Benveniste. Dans un premier moment, on réfléchit sur la notion benvenistienne de langue observée surtout dans les textes “Les niveaux de l’analyse linguistique” ([1962/1964] PLG I), “La forme et le sens dans le langage langage” ([1966/1967] PLG II) et “Sémiologie de la langue” ([1969] PLG II). Dans un second temps, on sélectionne quelques textes dans lesquels il y a l’usage des formes telles que “équivalent.e”, “équivalence” et “équivaloir” comme l’on observe dans une analyse dans les textes qui font partie des deux volumes des Problèmes de linguistique générale (1966, 1974). À partir de ce corpus d’analyse, on vise à formuler une notion d’équivalence, en la mettant en relation avec la notion benvenistienne de langue. Avec cette réflexion , il est possible d’envisager une notion d’équivalence sémantique, c’est-à-dire, du sémantisme, puisque le traducteur traduit la langue discours, dont la base est la langue-système, en cherchant à dire “la même chose” dans une autre langue. Cela aboutit à deux conséquences : (1) envisager une notion d’équivalence à partir de Benveniste place la langue comme quelque chose d’incontournable dans la réflexion sur la traduction, puisque est dans la langue qu’on traduit; (2) envisager l’équivalence dans ce cadre théorique introduit la question du sens à l’intérieur de la réflexion sur la traduction. De cette façon, on considère la possibilité de repenser les relations entre l’équivalence, la traduction et la langue. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Coleções
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Linguística, Letras e Artes (2982)Letras (1837)
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