Determinação de ftalatos em águas : desafios analíticos e monitoramento ambiental

Abstract

Neste trabalho foi realizado um estudo da presença de ftalatos na água potável produzida nas Estações de Tratamento de Água da cidade de Porto Alegre, ETA-Belém Novo, ETA-José Loureiro da Silva, ETA-São João, ETA-Tristeza e ETA-Moinhos de Vento. Os ftalatos monitorados foram o dimetil ftalato (DMP), dietil ftalato (DEP), diisopropil ftalato (DiPrP), dibutil ftalato (DBP), dihexil ftalato (DHP), benzilbutil ftalato (BzBP), diciclohexil ftalato (DCHP), e bis(2-etilhexil) ftalato (DEHP). A metodologia analítica empregada para a determinação dos ftalatos foi a Microextração em Fase Solida (SPME), no modo Headspace (HS) utilizando a Cromatografia a Gás acoplada a Espectrometria de Massas (GC-MS) no modo de Monitoramento de Íons Selecionados (SIM), como técnica instrumental A metodologia foi validada utilizando critérios dos guias INMETRO e MAPA. Para determinação dos limites de quantificação, foram utilizados os dados de CCα (0,390 a 2,590 μg/L) e de CCβ foram (0,660 a 4,410 μg/L). De maio a agosto de 2024 foi realizado monitoramento da água bruta e tratada de 5 das ETAS que abastecem a cidade de Porto Alegre, para os 8 ftalatos listados. Amostras foram coletadas mensalmente. Durante o monitoramento a presença de ftalatos em água bruta e tratada foi estudada, e avaliou-se a correlação entre a presença destes com o material particulado suspenso presente na água bruta. Não há legislação no Brasil sobre o Valor Máximo Permitido em água potável para os ftalatos, salvo o DEHP, cujo VMP é de 8 μg/L. Os ftalatos encontrados nas amostras de água foram DMP, DEP, DiPrP, DBP e DEHP, e suas concentrações variaram desde n.d. até 4,128 μg/L para DMP; 0,061 até 25,364 μg/L para DEP; 0,021 até 1,650 μg/L para DiPrP; n.d até 3,942 μg/L para DBP; e n.d até 57,793 μg/L para DEHP.

In this work, the presence of phthalates in the drinking water produced by the Water Treatment Plants of Porto Alegre was studied. The WTPS are WTP-Belém Novo, WTP-José Loureiro da Silva, WTP-São João, WTP-Tristeza and WTP-Moinhos de Vento. The phthalates studied were dimethyl phthalate (DMP), diethyl phthalate (DEP), diisopropyl phthalate (DiPrP), dibutyl phthalate (DBP), dihexyl phthalate (DHP), benzylbutyl phthalate (BzBP), dicyclohexyl phthalate (DCHP) and bis(2-ethylhexyl) phthalate (DEHP). The analytical method employed for the determination of phthalates was Solid Phase Microextraction (SPME), in headspace (HS), using Gas Cromatography coupled with Mass Spectrometry (GC-MS) in Selected Ion Monitoring mode (SIM) as an instrumental technique. The method validation was done following INMETRO and MAPA guidelines. To determine the detection and quantification limits CCα (0,390 to 2,590 μg/L) and CCβ (0,660 to 4,410 μg/L) values were used. From May to August 2024, monitoring of raw and treated water from 5 WTPS that provide water to the city of Porto Alegre was carried out for the 8 phthalates mentioned above. Samples were collected every month. During this time, the presence of phthalates in treated water and raw water was studied, as well as the correlation between phthalate concentrations and suspended particulate matter found in raw water. In Brazil there is no legislation on the Maximum Allowable Concentration for phthalates in drinking water, except for DEHP, whose MAC is 8 μg/L. The phthalates found in water samples were DMP, DEP, DiPrP, DBP and DEHP, and their concentrations ranged from n.d. to 4,128 μg/L for DMP; 0,061 to 25,364 μg/L for DEP; 0,021 to 1,650 μg/L for DiPrP; n.d to 3,942 μg/L for DBP; and n.d to 57,793 μg/L for DEHP.