Efeitos do treinamento resistido de baixa intensidade com restrição de fluxo sanguíneo na força muscular, massa muscular e funcionalidade de mulheres com artrite reumatoide : um ensaio clínico randomizado
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Data
2025Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
Base teórica: A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica que afeta a força muscular, a massa muscular, a capacidade física e o desempenho físico. O treinamento resistido de alta intensidade (TR-AI) é uma estratégia eficaz para melhorar esses parâmetros em pacientes com AR. No entanto, devido à intolerância à dor e ao esforço provocadas pelas altas cargas, pacientes com AR podem não tolerar adequadamente o TR-AI. O treinamento resistido de baixa intensidade com restrição do flux ...
Base teórica: A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica que afeta a força muscular, a massa muscular, a capacidade física e o desempenho físico. O treinamento resistido de alta intensidade (TR-AI) é uma estratégia eficaz para melhorar esses parâmetros em pacientes com AR. No entanto, devido à intolerância à dor e ao esforço provocadas pelas altas cargas, pacientes com AR podem não tolerar adequadamente o TR-AI. O treinamento resistido de baixa intensidade com restrição do fluxo sanguíneo (TBI-RFS) tem sido estudado como uma alternativa para promover ganhos semelhantes em força muscular e massa muscular, com a vantagem de utilizar cargas mais baixas e ser mais bem tolerado pelos pacientes. Objetivo: Avaliar a não inferioridade dos efeitos do TBI-RFS em comparação com o TR-AI sobre a força muscular dinâmica, em mulheres com AR, além de comparar os efeitos dos dois protocolos sobre a massa muscular, a capacidade funcional, desempenho físico, parâmetros clínicos e bioquímicos dessa população. Métodos: Este estudo caracteriza-se como um ensaio clínico randomizado, no qual mulheres com AR participaram de um programa de treinamento de 12 semanas, com frequência de duas sessões semanais. O protocolo incluiu exercícios de extensão de joelhos unilateral, puxada dorsal e rosca bíceps unilateral. As pacientes foram divididas em dois grupos: um que realizou o TR-AI e outro que realizou o TBI-RFS. O desfecho primário foi a força muscular, avaliada pelo teste de 1 repetição máxima (1RM) nos exercícios de extensão unilateral de joelhos e rosca bíceps unilateral. Os desfechos secundários incluíram a força de preensão manual e a força dos membros inferiores, mensurada pelo teste de sentar e levantar em 30 segundos. Além disso, foram analisadas a espessura muscular e o ângulo de penação por ultrassom, bem como parâmetros clínicos, incluindo atividade da doença, capacidade funcional e desempenho físico. A análise dos dados foi realizada comparando os grupos, com foco na avaliação da não inferioridade do TBI-RFS em relação ao TR-AI. Os desfechos primários foram avaliados por meio de uma comparação de não inferioridade do TBI-RFS com base nas mudanças nos testes de 1RM após 12 semanas de treinamento. A não inferioridade foi determinada pelo cálculo do intervalo de confiança (IC) de 95% da diferença entre os grupos em relação à margem de não inferioridade predefinida. As margens de não inferioridade foram estabelecidas em 3,5 kg para a extensão de joelho e 1,1 kg para a rosca bíceps. Os desfechos secundários foram analisados por meio de equações de estimativas generalizadas (GEE), considerando um nível de significância de p < 0,05. Resultado: O TBI-RFS não atingiu a não inferioridade nos desfechos de força muscular dinâmica para extensão unilateral de joelho e rosca bíceps unilateral. No entanto, o TBI-RFS resultou em melhorias significativas na força de preensão manual, no desempenho no teste de sentar e levantar em 30 segundos, na espessura muscular, nos ângulos de penação e no desempenho físico em mulheres com AR após 12 semanas de treinamento, sendo um 7 protocolo bem tolerado. Conclusão: Apesar de o TBI-RFS não ter atingido a não inferioridade em relação ao TR-AI nos ganhos de força para extensão de joelhos e bíceps, apresentando menores aumentos absolutos em cargas, demonstrou benefícios significativos em parâmetros musculares e funcionais. Além disso, o protocolo foi bem tolerado, reforçando sua viabilidade como estratégia complementar para promover adaptações musculoesqueléticas em mulheres com AR, especialmente naquelas com limitações para realizar protocolos que exijam maiores cargas. ...
Abstract
Background: Rheumatoid arthritis (RA) is a chronic inflammatory disease that affects muscle strength, mass, physical capacity, and performance. High-intensity resistance training (HI-RT) is an effective strategy to improve these parameters in RA patients. However, due to pain and effort intolerance caused by high loads, RA patients may not adequately tolerate HI-RT. Lowintensity resistance training with blood flow restriction (BFR-RT) has been studied as an alternative to achieve similar gains ...
Background: Rheumatoid arthritis (RA) is a chronic inflammatory disease that affects muscle strength, mass, physical capacity, and performance. High-intensity resistance training (HI-RT) is an effective strategy to improve these parameters in RA patients. However, due to pain and effort intolerance caused by high loads, RA patients may not adequately tolerate HI-RT. Lowintensity resistance training with blood flow restriction (BFR-RT) has been studied as an alternative to achieve similar gains in muscle strength and mass, with the advantage of using lower loads and being better tolerated by patients. Objective: To evaluate the non-inferiority of BFR-RT compared to HI-RT on dynamic muscle strength in women with RA, and to compare the effects of both protocols on muscle mass, functional capacity, physical performance, clinical, and biochemical parameters in this population. Methods: This study is characterized as a randomized clinical trial in which women with RA participated in a 12-week training program, attending two sessions per week. The protocol included unilateral knee extension, lat pulldown, and unilateral biceps curl exercises. Participants were divided into two groups: one performed TR-AI, while the other performed TBIRFS. The primary outcome was muscle strength, assessed by the one-repetition maximum (1RM) test in unilateral knee extension and unilateral biceps curl exercises. Secondary outcomes included handgrip strength and lower limb strength, measured by the 30-second sitto- stand test. Additionally, muscle thickness and pennation angle were analyzed via ultrasound, along with clinical parameters, including disease activity, functional capacity, and physical performance. Data analysis focused on comparing the groups, with an emphasis on assessing the non-inferiority of TBI-RFS relative to TR-AI. The primary outcomes were evaluated through a non-inferiority comparison of TBI-RFS based on changes in the 1RM tests after 12 weeks of training. Non-inferiority was determined by calculating the 95% confidence interval (CI) for the difference between groups in relation to a predefined non-inferiority margin. The non-inferiority margins were set at 3.5 kg for knee extension and 1.1 kg for biceps curl. Secondary outcomes were analyzed using generalized estimating equations (GEE), considering a significance level of p < 0.05. Results: TBI-RFS did not achieve non-inferiority in dynamic muscle strength outcomes for unilateral knee extension and unilateral biceps curl. However, TBI-RFS resulted in significant improvements in handgrip strength, performance in the 30-second sit-to-stand test, muscle thickness, pennation angles, and physical performance in women with RA after 12 weeks of training, demonstrating good tolerance. Conclusion: Although TBI-RFS did not achieve non-inferiority compared to TR-AI in strength gains for knee extension and biceps curl, presenting lower absolute increases in load, it 9 demonstrated significant benefits in muscular and functional parameters. Moreover, the protocol was well tolerated, reinforcing its feasibility as a complementary strategy to promote musculoskeletal adaptations in women with RA, particularly those with limitations in performing high-load protocols. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Medicina: Ciências Médicas.
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