Manobra de prona estendida na síndrome do desconforto respiratório agudo por COVID-19 : revisão sistemática e metanálise
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Data
2024Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) continua a estar associada a altas taxas de mortalidade, apesar dos avanços nas intervenções terapêuticas. A posição prona estendida tem surgido como uma intervenção crucial, especialmente quando mantida por períodos prolongados. O presente estudo tem como objetivo avaliar os desfechos clínicos da posição prona estendida (≥ 24 horas) em comparação com a posição prona tradicional (<24 horas) em pacientes com SDRA moderada a grave. M ...
Introdução: A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) continua a estar associada a altas taxas de mortalidade, apesar dos avanços nas intervenções terapêuticas. A posição prona estendida tem surgido como uma intervenção crucial, especialmente quando mantida por períodos prolongados. O presente estudo tem como objetivo avaliar os desfechos clínicos da posição prona estendida (≥ 24 horas) em comparação com a posição prona tradicional (<24 horas) em pacientes com SDRA moderada a grave. Métodos: Revisão sistemática e meta-análise de estudos observacionais publicados até abril de 2024, avaliando o impacto da posição prona estendida em comparação com a posição prona tradicional em pacientes adultos com SDRA em ventilação mecânica. Resultados: Foram incluídos 6 estudos observacionais, totalizando 653 pacientes. A duração média da posição prona foi de 40 horas na manobra estendida e em média 17 horas na manobra tradicional. Não houve diferença de mortalidade entre os dois grupos (RR 0.84, IC 95% 0.67 - 1.06, I² = 0%) assim como na análises de subgrupos conforme a relação PaO2/FiO2, qualidade metodológica, duração da posição prona, índice de massa corporal (IMC) e PEEP. Houve um aumento nas lesões por pressão no grupo prona estendida (RR 1.28, IC 95% 1.05 - 1.57, I² = 0%), exceto no subgrupo de obesos (RR 1.12, 95% IC 0.78 - 1.60, I² = 0%). Conclusão: A posição prona estendida não reduz a mortalidade em pacientes com SDRA relacionada à COVID-19 e está associada a um aumento na incidência de lesões por pressão se comparada à prona de duração tradicional. No subgrupo de obesos, não houve aumento de lesões por pressão e observou-se uma tendência de redução da mortalidade no grupo prona estendida, achado que deve ser melhor explorado em futuros estudos. PROSPERO nº CRD42024529311 ...
Abstract
Background: Prone position (PP) is a recommended therapy for patients with moderate to severe Acute Respiratory Distress Syndrome (ARDS) due to its effect in reducing mortality, however, the optimal duration of PP remains unknown. The present study aims to assess the clinical outcomes of prolonged prone positioning (≥ 24 hours) in comparison to conventional prone positioning (<24 hours) in patients with moderate to severe ARDS. Methods: Systematic review and meta-analysis of observational studi ...
Background: Prone position (PP) is a recommended therapy for patients with moderate to severe Acute Respiratory Distress Syndrome (ARDS) due to its effect in reducing mortality, however, the optimal duration of PP remains unknown. The present study aims to assess the clinical outcomes of prolonged prone positioning (≥ 24 hours) in comparison to conventional prone positioning (<24 hours) in patients with moderate to severe ARDS. Methods: Systematic review and meta-analysis of observational studies published up to April 2024, evaluating the mortality and adverse effects of prolonged versus conventional prone positioning in mechanically ventilated adult patients with ARDS. Results: A total of Six observational studies fulfilled entry criteria, and included 635 patients. The average duration of prolonged prone positioning was 40 hours, while conventional prone positioning averaged 17 hours. Mortality rates did not significantly differ between the two groups (RR 0.84; 95% CI 0.67-1.06; I² = 0%). Similarly, subgroup analyses including PaO2/FiO2 ratio, duration of prone positioning, body mass index (BMI), and PEEP, revealed no significant differences between groups. There was an increase in pressure injuries in the prolonged prone positioning group (RR 1.28, 95% CI 1.05 – 1.57, I² = 0%), except in the obese subgroup (RR 1.12, 95% IC 0.78-1.60, I² = 0%). Conclusion: Prolonged prone positioning does not reduce mortality in patients with ARDS and is associated with an increased incidence of pressure injuries, except in the obese subgroup, where there was no increase in pressure injuries and a trend towards reduced mortality. Further research is necessary to confirm this potential benefit. Registration PROSPERO CRD42024529311. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências Cardiovasculares.
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Ciências da Saúde (9127)
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