Comparação das técnicas cirúrgicas e estabilidade da ponta nasal associadas a qualidade de vida e satisfação em pacientes submetidos a rinosseptoplastia
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Data
2024Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: Diferentes enxertos cartilaginosos têm sido utilizados para estruturar a ponta nasal, sendo o strut columelar (SC) e o enxerto de extensão septal (EES) os mais comumente utilizados. Objetivo: Avaliar a posição da ponta nasal comparando as técnicas cirúrgicas utilizando o SC ou o EES ao longo do tempo e correlacionar as medidas pósoperatórias com a qualidade vida relacionada a obstrução nasal e com a satisfação dos pacientes submetidos a rinosseptoplastia. Método: Estudo de coorte re ...
Introdução: Diferentes enxertos cartilaginosos têm sido utilizados para estruturar a ponta nasal, sendo o strut columelar (SC) e o enxerto de extensão septal (EES) os mais comumente utilizados. Objetivo: Avaliar a posição da ponta nasal comparando as técnicas cirúrgicas utilizando o SC ou o EES ao longo do tempo e correlacionar as medidas pósoperatórias com a qualidade vida relacionada a obstrução nasal e com a satisfação dos pacientes submetidos a rinosseptoplastia. Método: Estudo de coorte retrospectivo realizado em pacientes submetidos a rinosseptoplastia primária ou revisional no ambulatório de Plástica Facial do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, entre os anos de 2010 e 2021. Os pacientes incluídos responderam aos questionários Nasal Obstruction Symptom Evaluation – versão em português (NOSE-p) e Rhinoplasty Outcome Evaluation (ROE) nas consultas pré e pós-operatórias. Foram também fotografados de forma padronizada e analisados através do programa Rhinobase. Os critérios utilizados para comparar as modificações na rotação e projeção da ponta foram o ângulo nasolabial (ANL), o método de Goode e medida de Simons. Os pacientes foram divididos de acordo com a técnica cirúrgica de ponta nasal utilizada em dois grupos: aqueles submetidos ao EES e aqueles submetidos ao SC. Para análise pós-operatória convencionou-se pós-operatório precoce como a média dos tempos 1 e 3 meses e pós-operatório tardio a média dos tempos 6, 12, 24 meses ou mais de acordo com o seguimento pós-operatório. Resultados: Oitenta e cinco pacientes foram incluídos no estudo, sendo 51 no grupo EES e 34 no grupo SC. A mediana do ANL pós-operatório foi maior no grupo submetido ao SC quando comparada ao grupo submetido ao EES, tanto no pósoperatório precoce (110º versus 101,55º; p=0,005) quanto no pós-operatório tardio (108º versus 100,74º; p=0,007). A mediana da medida de Simons não apresentou correlação significativa ao comparar o grupo SC com o grupo EES no pós-operatório precoce (0,70 versus 0,70; p= 0,235) e tardio (0,70 versus 0,73; p= 0,087). A mediana do método de Goode não apresentou diferença significativa quando comparados os grupos SC e EES respectivamente, tanto no pós-operatório precoce (30,85 versus 31,35; p=0,810) quanto no tardio (31,30 versus 29,90; p=0,320). A mediana do NOSEp não teve correlação significativa quando comparados os grupos SC e EES no pós operatório precoce (25 versus 35; p=0,279) e no tardio (30 versus 25; p= 0,535). A mediana do ROE não apresentou diferença significativa quando comparado o grupo SC com o grupo ESS no pós-operatório precoce (66,67 versus 72,92; p=0,512) e também no tardio (66,67 versus 70,83; p=0,875). Não houve diferença significativa entre os grupos EES e SC quando aferido o delta da variação ao longo do tempo da mediana (pós-operatório tardio – precoce) das medidas ANL, Simons, Goode, NOSEp e ROE. No grupo EES houve correlação inversa e moderada entre a variação do ANL e a variação do NOSE-p (rs= -0,35; p=0,033). Conclusão: O ANL pós-operatório dos pacientes submetidos ao SC foi maior que no grupo submetido ao EES tanto no pós-operatório precoce quanto no tardio. Entretanto, a variação desta medida ao longo do tempo foi semelhante no grupo EES quando comparado ao SC. As demais medidas não sofreram variações significativas. Houve melhora os desfechos relacionados a obstrução nasal (NOSE-p) e satisfação (ROE) nos grupos SC e EES, porém sem diferença significativa. No grupo EES observou-se que valores maiores do ANL se correlacionaram a melhora da qualidade de vida específica para obstrução nasal (NOSE-p). ...
Abstract
Introduction: Different cartilaginous grafts have been used to structure the nasal tip. Columellar strut (CS) and septal extension graft (SEG) has been the most commonly grafts used. Objective: The purpose of this study was to evaluate the position of the nasal tip by comparing surgical techniques using CS or SEG over the time and correlate postoperative measurements with quality of life related to nasal obstruction and satisfaction after rhinoseptoplasty. Method: Retrospective cohort study car ...
Introduction: Different cartilaginous grafts have been used to structure the nasal tip. Columellar strut (CS) and septal extension graft (SEG) has been the most commonly grafts used. Objective: The purpose of this study was to evaluate the position of the nasal tip by comparing surgical techniques using CS or SEG over the time and correlate postoperative measurements with quality of life related to nasal obstruction and satisfaction after rhinoseptoplasty. Method: Retrospective cohort study carried out on patients undergoing primary or revision rhinoseptoplasty at Facial Plastic clinic of Hospital de Clínicas de Porto Alegre, between 2010 and 2021. The patients answered the Nasal Obstruction Symptom Evaluation – Portuguese version (NOSE-p) and Rhinoplasty Outcome Evaluation (ROE) questionnaires in pre- and postoperative consultations. These patients are also submitted to standardized photographs in these consultations and analyzed using the Rhinobase software. The criteria used to compare changes in tip rotation and projection were the nasolabial angle (NLA), Goode method and Simons measure. Patients were divided according to the nasal tip surgical technique used into two groups: those undergoing SEG and those undergoing CS. For postoperative analysis, early postoperative was defined as the average of 1 and 3 months and late postoperative as the average of 6, 12, 24 months or more according to postoperative follow-up. Results: Eighty-five patients were included in the study, 51 in the SEG group and 34 in the CS group. The median postoperative NLA was higher in CS group when compared to SEG group, both in early postoperative (110º versus 101.55º; p=0.005) and in late postoperative (108º versus 100,74º; p=0.007). The median of the Goode method was no significant difference when comparing the CS and SEG groups respectively, both in early (30.85 versus 31.35; p=0.810) and late postoperative (31.30 versus 29.90; p=0.320). There was no significant correlation between the median NOSE-p and the CS and SEG groups in early (25 versus 35; p=0.279) and late postoperative (30 versus 25; p=0,535). The median of ROE showed no significant difference when comparing the CS with SEG group in early (66.67 versus 72.92; p=0.512) and late postoperative period (66.67 versus 70.83; p=0.875). There was no significant difference between the SEG and CS groups when measuring the delta of variation over time in the median (late – early postoperative period) of the NLA, Simons, Goode, NOSE-p and ROE measurements. In the SEG group there was an inverse and moderate correlation between the NLA variation and the NOSE-p variation (rs= -0.35; p=0.033). Conclusion: The postoperative ANL of CS group was higher than SEG group in early and late postoperative periods. However, the variation in this measure over time was similar in the SEG group when compared to the CS. The other measures did not undergo significant variations. There was an improvement in outcomes related to nasal obstruction (NOSE-p) and satisfaction (ROE) in CS and SEG groups, without a significant difference between groups. In the SEG group, it was observed that higher NLA values correlated with improved quality of life specific to nasal obstruction (NOSEp). ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências Pneumológicas.
Coleções
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Ciências da Saúde (9127)Pneumologia (503)
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