A grande imprensa na transição democrática : a Guerra das Malvinas pelas páginas de jornais brasileiros
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Data
2019Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
Esta pesquisa analisa como três importantes jornais brasileiros – O Estado de São Paulo, O Globo e Zero Hora – realizaram a cobertura da Guerra das Malvinas, um conflito armado que opôs Argentina e Reino Unido no ano de 1982. Mais que verificar o modo como tais periódicos repercutiram este conflito, tal trabalho busca apreciar a forma como este foi utilizado por tais jornais para se realizarem discussões e análises acerca da ditadura e transição democráticas brasileiras. Assim, tendo como pano ...
Esta pesquisa analisa como três importantes jornais brasileiros – O Estado de São Paulo, O Globo e Zero Hora – realizaram a cobertura da Guerra das Malvinas, um conflito armado que opôs Argentina e Reino Unido no ano de 1982. Mais que verificar o modo como tais periódicos repercutiram este conflito, tal trabalho busca apreciar a forma como este foi utilizado por tais jornais para se realizarem discussões e análises acerca da ditadura e transição democráticas brasileiras. Assim, tendo como pano de fundo o conflito anglo-argentino, se intenta averiguar qual foi o papel e a atuação destes jornais frente ao processo de redemocratização que estava ocorrendo no Brasil naquele momento. Desta forma, a partir da análise da cobertura de tal evento específico por estes jornais se procura contribuir para o entendimento de como estava se desenrolando naquele momento a transição brasileira no tocante à grande imprensa e qual era o papel e a atuação desta em tal processo. A cobertura e discussão de tal embate militar anglo-argentino pela imprensa brasileira é significativa para se compreender a atuação desta na transição democrática haja vista que tal conflito se constituiu em uma oportunidade singular para esta imprensa criticar o governo argentino, o qual possuía naquele momento traços autoritários em comum com o brasileiro. Assim, imprensa poderia tecer críticas e denúncias, veladas ou explícitas, às posições e ações do governo brasileiro, no passado ou no presente, com relação à perseguição da oposição e à supressão da liberdade de imprensa, usando-se a Argentina como um meio para tanto. Isto fica ainda mais viável dado que, durante o transcorrer do conflito, jornalistas brasileiros que realizavam a cobertura deste em solo argentino foram alvo de diversos constrangimentos e intimidações por parte da ditadura argentina e seus colaboradores. Tais eventos se constituíram como ocasiões sui generis para a imprensa brasileira criticar as violações à liberdade de imprensa executadas contra esta, o que poderia permitir a ela tecer críticas neste aspecto ao governo brasileiro. Com estes objetivos em mente, se procederá à análise de discurso de editoriais, reportagens, artigos de opinião, colunas e comentários relacionados ao conflito anglo-argentino, aos constrangimentos e intimidações que os jornalistas brasileiros sofreram na Argentina na cobertura deste e à liberdade de imprensa, de forma mais ampla, veiculados nos referidos jornais de primeiro de abril de 1982, data que é a véspera do início de início do conflito anglo-argentino, a 30 de junho do mesmo ano, quinze dias após seu término, quando tal assunto espaço neste periódicos. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de Ciências Sociais: Bacharelado.
Coleções
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TCC Ciências Sociais (764)
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