Digital comics and the architecture of fear : the gothic environment in Emily Carroll’s work

Abstract

This doctoral dissertation investigates how the digital affordances available to the comics medium are used by Emily Carroll in the construction of a gothic environment. The study focuses on six digital comics: His Face All Red (2010), The Prince and the Sea (2011), Margot’s Room (2011), The Three Snake Leaves (2013), Out of Skin (2013), and When the Darkness Presses (2014). The comics were chosen for their capacity to inspire gothic narrative responses and their connection to the digital affordances of the infinite canvas, hypertext, and animation. In a broader context, this research considers comics as expressions of a visual language, and explores the synergy between materiality and content in the digital realm. The Gothic is treated as a mode in which a piece of art can be made, a mode marked by narrative tropes such as the haunting, the monster, and the locus horribilis. The selected critical framework combines semiotics and narratology, acknowledging the dual nature of comics as both graphic and narrative artifacts. The semiotic approach is mostly based on Gunther Kress & Theo van Leeuwen’s (1996) grammar of visual design, and the narratological approach is largely supported by Neil Cohn’s (2013c) visual narrative grammar and Meir Sternberg’s (1992) writings on narrativity. A close reading method of analysis reveals that Carroll’s manipulation of narrative and artistic elements turns the reader interface into a digital locus horribilis, creating a gothic reading environment that inspires feelings related to fear. This dissertation contributes to the development of a digital comics narratology, the elaboration of the concept of the locus horribilis, and the study of the Gothic as a mode of drawing.

Esta tese de doutorado investiga como as potencialidades digitais disponíveis ao meio das histórias em quadrinhos são utilizadas por Emily Carroll na construção de um ambiente gótico. O estudo se concentra em seis quadrinhos digitais: His Face All Red (2010), The Prince and the Sea (2011), Margot’s Room (2011), The Three Snake Leaves (2013), Out of Skin (2013), e When the Darkness Presses (2014). Os quadrinhos foram escolhidos por sua capacidade de inspirar respostas narrativas comuns ao Gótico e por sua conexão com as potencialidades digitais da tela infinita, hipertexto e animação. Em um contexto mais amplo, esta pesquisa considera os quadrinhos como expressões de uma linguagem visual e explora a sinergia entre materialidade e conteúdo no ambiente digital. O Gótico é tratado como um modo no qual uma obra de arte pode ser feita, um modo marcado por tropos narrativos como o passado fantasmagórico, a figura monstruosa e o locus horribilis. O arcabouço crítico selecionado combina semiótica e narratologia, reconhecendo a dupla natureza dos quadrinhos como artefatos tanto gráficos quanto narrativos. A abordagem semiótica é majoritariamente baseada na gramática do design visual de Gunther Kress & Theo van Leeuwen’s (1996), e a abordagem narratológica é em grande parte amparada pela gramática narrativa visual de Neil Cohn (2013c) e pelos textos de Meir Sternberg (1992) sobre narratividade. Um método de análise de leitura atenta revela que a manipulação de elementos narrativos e artísticos por parte de Carroll transforma a interface do usuário em um locus horribilis digital, criando uma experiência de leitura gótica que evoca sentimentos relacionados ao medo. Essa tese de doutorado contribui com o desenvolvimento de uma narratologia dos quadrinhos digitais, com a elaboração do conceito do locus horribilis e com o estudo do Gótico como um modo de ilustração.