Efeitos de 12 semanas de treinamento aeróbico em piscina funda nas respostas neuromusculares e cardiovasculares de pessoas idosas
Visualizar/abrir
Data
2024Autor
Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
O treinamento de corrida em piscina funda, além de ser um exercício sem impacto nos membros inferiores, o que favorece a prática pela população idosa, possibilita o indivíduo a alcançar grandes intensidades, podendo otimizar ganhos cardiovasculares e neuromusculares. Entretanto, ainda há lacunas na literatura que avaliam esses parâmetros sobre o treinamento aeróbico de corrida em piscina funda de forma isolada. Assim, o objetivo do presente estudo é avaliar os ganhos neuromusculares e cardiovas ...
O treinamento de corrida em piscina funda, além de ser um exercício sem impacto nos membros inferiores, o que favorece a prática pela população idosa, possibilita o indivíduo a alcançar grandes intensidades, podendo otimizar ganhos cardiovasculares e neuromusculares. Entretanto, ainda há lacunas na literatura que avaliam esses parâmetros sobre o treinamento aeróbico de corrida em piscina funda de forma isolada. Assim, o objetivo do presente estudo é avaliar os ganhos neuromusculares e cardiovasculares do treinamento aeróbio de corrida em piscina funda em pessoas idosas. Participaram do estudo 34 indivíduos idosos que foram randomizados em dois grupos: Grupo Intervenção (GI, n=17) e Grupo Controle (GC, n=17). Ambos os grupos realizaram 12 semanas de intervenção com duas aulas semanais de 45 minutos de duração e realizaram duas semanas de familiarização com o meio aquático e com a técnica da passada. O modelo de treinamento adotado para o GI foi contínuo (Borg 13) progredindo para o método intervalado (Borg 13 e 15). Já o GC realizou exercícios de mobilidade, abdominais e alongamento em piscina funda. Foram realizadas medidas, pré e pós-intervenção da frequência cardíaca de repouso (FCrep) e da pressão arterial (PA), assim como a força máxima, avaliada pelo teste de contração isométrica máxima (FMIiso) realizado no exercício de extensão de joelho e, juntamente, a atividade eletromiográfica do músculo reto femoral (ERF) e vasto lateral (EVL). A força resistente foi avaliada pelo teste de Sentar e Levantar em 30s (FMIrep). Para análise estatística os testes Generalized Estimating Equations (GEE) e post-hoc de Bonferroni (α = 0,05) foram utilizados, assim como o tamanho de efeito (g de Hedge). Os dados foram analisados por protocolo e por intenção de tratar. Os resultados apresentados no presente resumo se trata da análise por protocolo. Após as 12 semanas de intervenção houve uma redução significativa na PAS em ambos os grupos (p=0,041) e um aumento significativo na FMIrep (p =0,002) em ambos os grupos ao decorrer do tempo. Já a EVL apresentou redução no sinal de EMG ao longo do tempo para ambos os grupos (p =0,048). A PAD, apesar de não ter reduções significativas, apresentou tamanho de efeito grande (Hedge‘ g=-1,04), assim como a FCrep apresentou efeito moderado (Hedge‘ g= -0,61), ambos apontando superioridade do GI em relação ao GC no pós treinamento. Além disso, a FMIiso apresentou tamanho de efeito grande (Hedge‘ g= 1,12) a qual também demonstra uma superioridade do GI em relação ao GC após o treinamento. Assim, nossos resultados sugerem que treinamento aeróbio de corrida em piscina funda promove redução na PA e aumentos na força muscular, mas sem aumento do sinal de EMG. ...
Abstract
Running training in a deep pool, in addition to being an exercise without impact on the lower limbs, which favors practice by the elderly population, allows the individual to reach high intensities, being able to optimize cardiovascular and neuromuscular gains. However, there are still gaps in the literature that evaluate these parameters regarding aerobic deep pool running training in isolation. Thus, the objective of the present study is to assess the neuromuscular and cardiovascular gains fr ...
Running training in a deep pool, in addition to being an exercise without impact on the lower limbs, which favors practice by the elderly population, allows the individual to reach high intensities, being able to optimize cardiovascular and neuromuscular gains. However, there are still gaps in the literature that evaluate these parameters regarding aerobic deep pool running training in isolation. Thus, the objective of the present study is to assess the neuromuscular and cardiovascular gains from aerobic deep pool running training in older people. Thirty-four elderly individuals participated in the study and were randomized into two groups: Intervention Group (IG, n=17) and Control Group (CG, n=17). Both groups underwent 12 weeks of intervention with two weekly 45-minute classes and two weeks of familiarization with the aquatic environment and the stride technique. The training model adopted for the GI was continuous (Borg 13) and progressed to the interval method (Borg 13 and 15). The GC performed mobility, abdominal, and stretching exercises in a deep pool. Pre- and post-intervention measurements were taken of resting heart rate (HRrep) and blood pressure (BP), as well as maximum strength, assessed by the maximum isometric contraction test (FMIiso) performed in the knee extension exercise and, together, the electromyographic activity of the rectus femoris muscle (ERF) and vastus lateralis muscle (EVL). Resistant strength was assessed using the 30s Sit and Stand test (FMIrep). For statistical analysis, the Generalized Estimating Equations (GEE) and Bonferroni post-hoc tests (α = 0.05) were used, as well as the effect size (Hedge's g). Data were analyzed per protocol and by intention to treat. The results presented in this summary are the analysis per protocol. After the 12 weeks of intervention, there was a significant reduction in SBP in both groups (p=0.041) and an increase in IMFrep (p =0.002) over time. EVL decreased the EMG signal over time for both groups (p =0.048). Despite not having significant reductions, DBP showed a large effect size (Hedge' g=-1.04), just as HRrep showed a moderate effect (Hedge' g= -0.61), both pointing to the superiority of GI in relation to GC in post-training. Furthermore, the FMIiso presented a large effect size (Hedge' g= 1.12), demonstrating the GI's superiority over the CG after training. Thus, our results suggest that aerobic running training in a deep pool promotes a reduction in BP and increases in muscle strength, but without an increase in the EMG signal. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança. Curso de Educação Física: Bacharelado.
Coleções
-
TCC Educação Física (1262)
Este item está licenciado na Creative Commons License