Internationalisation of higher education : the language profile of international researchers in brazilian academic production
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Data
2024Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
A internacionalização da educação superior é um processo dinâmico que integra dimensões internacionais, interculturais e globais no objetivo, nas funções ou na oferta do ensino superior (Knight, 2003), fomentando o intercâmbio de conhecimentos e a diversificação das atividades nas instituições acadêmicas. Historicamente, observa-se no Brasil uma maior mobilidade para o exterior, com mais alunos e pesquisadores deixando o país em busca de experiências do que o número de estudantes e pesquisadore ...
A internacionalização da educação superior é um processo dinâmico que integra dimensões internacionais, interculturais e globais no objetivo, nas funções ou na oferta do ensino superior (Knight, 2003), fomentando o intercâmbio de conhecimentos e a diversificação das atividades nas instituições acadêmicas. Historicamente, observa-se no Brasil uma maior mobilidade para o exterior, com mais alunos e pesquisadores deixando o país em busca de experiências do que o número de estudantes e pesquisadores internacionais que vêm para o Brasil. Na Linguística Aplicada, iniciativas de internacionalização em instituições de ensino superior têm motivado pesquisas sobre o papel das línguas na internacionalização do ensino superior (Baumvol, 2018; Baumvol et al., 2021; Ferreira, 2022; Finardi, 2019; Finardi & França, 2016; Finardi et al., 2019; Garcez, 2019). Com base nos princípios da linguística ecossistêmica (Couto, 2015), pesquisadores internacionais têm o potencial de fortalecer o ecossistema linguístico da academia brasileira. Nesse contexto, esta pesquisa investiga o papel e as contribuições de acadêmicos internacionais na academia brasileira, com foco em sua produção acadêmica e proficiência linguística em diferentes áreas do conhecimento. Por meio de um estudo comparativo de currículos, utilizando dados coletados na plataforma Lattes, o estudo compara a produção e a proficiência linguística de acadêmicos internacionais com seus pares brasileiros. Parte da análise concentra-se nas publicações de artigos, livros, capítulos de livros e trabalhos completos em anais de congressos por idioma: português, inglês, espanhol e "outros" idiomas. Os resultados indicam que os acadêmicos internacionais tendem a publicar nas línguas dominantes das suas respectivas áreas, embora também publiquem de maneira menos extensiva noutras línguas, diversificando o ecossistema de publicação na academia brasileira. Os resultados revelam também que o inglês predomina nas ciências "mais duras", enquanto o português é preferido nas ciências "mais brandas", muitas vezes acompanhado pelo espanhol como língua secundária de preferência dos pesquisadores internacionais. O estudo mostra também que os acadêmicos internacionais das ciências "mais duras" são ligeiramente mais produtivos do que os seus pares brasileiros, ao passo que os das ciências "mais brandas" apresentam uma produtividade consideravelmente menor. O estudo explora também a correlação entre a proficiência linguística e os padrões de publicação, sugerindo que, embora os investigadores internacionais disponham de um repertório linguístico diversificado, a proficiência linguística por si só pode não influenciar diretamente as escolhas da língua de publicação. Estes resultados contribuem para a nossa compreensão da internacionalização do ensino superior e das práticas de publicação acadêmica no meio acadêmico brasileiro e sublinham a importância da diversidade linguística e do intercâmbio intercultural na promoção de ambientes de investigação colaborativos e no avanço da disseminação do conhecimento, no Brasil e em escala global. ...
Abstract
The internationalisation of higher education is a dynamic process that integrates international, intercultural, and global dimensions into the purpose, functions, or delivery of postsecondary education (Knight, 2003), fostering knowledge exchange and diversification of scholarship in academic institutions. Historically, there has been greater external mobility in Brazil, with more students and researchers leaving the country in search of experiences abroad than the number of international stude ...
The internationalisation of higher education is a dynamic process that integrates international, intercultural, and global dimensions into the purpose, functions, or delivery of postsecondary education (Knight, 2003), fostering knowledge exchange and diversification of scholarship in academic institutions. Historically, there has been greater external mobility in Brazil, with more students and researchers leaving the country in search of experiences abroad than the number of international students and researchers coming to Brazil. In Applied Linguistics, institutional internationalisation initiatives within higher education institutions have prompted research on the role languages play in the internationalisation of higher education (Baumvol, 2018; Baumvol et al., 2021; Ferreira, 2022; Finardi, 2019; Finardi & França, 2016; Finardi et al., 2019; Garcez, 2019). Based on ecosystemic linguistics principles (Couto, 2015), international researchers have the potential to strengthen the linguistic ecosystem of Brazilian academia. In this context, this research investigates the role and contributions of international scholars in Brazilian academia, focusing on their academic output and language proficiency across fields of knowledge. Through a comparative CV study using data collected from the Lattes platform, the study compares international scholars' outputs and language proficiency with matched Brazilian peers. Part of the analysis focuses on publications of articles, books, book chapters, and complete papers in conference proceedings per language, namely Portuguese, English, Spanish, and “Other” languages. Findings indicate that international scholars tend to publish in the dominant languages of their respective fields, while also publishing, although less extensively, in other languages, diversifying the ecosystem of publication in Brazilian academia. Findings reveal that English predominates in the "harder" sciences, while Portuguese is favoured in the "softer" sciences, often followed by Spanish as a secondary language choice for international researchers. The study also shows that international scholars in the "harder" sciences are slightly more productive, whereas those in "softer" sciences exhibit a salient lower productivity. Moreover, the research explores the correlation between language proficiency and publication patterns, suggesting that while international researchers have a diverse linguistic repertoire, language proficiency alone may not directly influence publication language choices. These findings contribute to our understanding of the internationalisation of higher education and scholarly publication practices in Brazilian academia and underscore the importance of linguistic diversity and cross-cultural exchange in fostering collaborative research environments and advancing knowledge dissemination both in Brazil and on a global scale. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Coleções
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Linguística, Letras e Artes (2892)Letras (1780)
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