Avaliação da audição de lactentes com sífilis congênita
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Data
2024Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Doutorado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: Os neonatos e lactentes com histórico de infecção congênita são considerados como grupo de risco para perda auditiva. Dentre as infecções congênitas, a sífilis tem grande importância epidemiológica, devido às crescentes taxas em gestantes e recém-nascidos (RN) nas últimas décadas. Entretanto, os estudos que relacionam sífilis congênita (SC) e perda auditiva (PA) encontrados na literatura são escassos e desatualizados. Objetivo: Avaliar a presença de perda auditiva em pacientes trata ...
Introdução: Os neonatos e lactentes com histórico de infecção congênita são considerados como grupo de risco para perda auditiva. Dentre as infecções congênitas, a sífilis tem grande importância epidemiológica, devido às crescentes taxas em gestantes e recém-nascidos (RN) nas últimas décadas. Entretanto, os estudos que relacionam sífilis congênita (SC) e perda auditiva (PA) encontrados na literatura são escassos e desatualizados. Objetivo: Avaliar a presença de perda auditiva em pacientes tratados para SC no período neonatal, nos primeiros meses de vida. Métodos: Estudo longitudinal prospectivo, constituído por pacientes com SC nascidos e tratados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) no período de maio de 2021 a dezembro de 2022. As avaliações otorrinolaringológicas e audiológicas foram realizadas com média de idade de 3,3 meses de vida, incluindo a pesquisa dos limiares eletrofisiológicos, por meio dos Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico por Frequência Específica (PEATE-FE). Resultados: Foram incluídos 65 pacientes. Todos realizaram a Triagem Auditiva Neonatal (TAN), que consistiu na realização dos exames de Emissões Otoacústicas Transientes (EOA-T) e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático (PEATE-a), antes da alta hospitalar. Sessenta e um pacientes (93,8%) passaram e quatro (6,2%) falharam em ambos os testes da TAN. Dos 4 RN que falharam, 2 retornaram para o reteste e apresentaram resultados normais, 1 paciente não compareceu para realização dos exames e 1 falhou no reteste em ambos os testes. Vinte e três lactentes (35,4%) realizaram o seguimento, com o PEATE-FE. Não se observou assimetria de resposta entre as orelhas que sugerisse alteração retrococlear. Também não foram observadas alterações nos valores das latências absolutas das ondas I, III e V e dos intervalos interpicos I-III, III-V e I-V de ambas as orelhas. Na avaliação do PEATE-FE, não foram observadas alterações nos limiares eletrofisiológicos nas frequências específicas avaliadas. Conclusão: Não foram encontrados sinais de PA nos pacientes tratados para SC no período neonatal, tanto na TAN quanto no PEATE-FE realizado no seguimento. ...
Abstract
Introduction: Neonates and infants with a history of congenital infection are considered a risk group for hearing impairment. Among infections, syphilis has a significant epidemiological importance due to increasing rates in pregnant women and neonates in recent decades. However, studies relating congenital syphilis (CS) and hearing loss found in the literature are scarce and outdated. Objective: To evaluate the presence of auditory impairment in infants treated for CS in the neonatal period, i ...
Introduction: Neonates and infants with a history of congenital infection are considered a risk group for hearing impairment. Among infections, syphilis has a significant epidemiological importance due to increasing rates in pregnant women and neonates in recent decades. However, studies relating congenital syphilis (CS) and hearing loss found in the literature are scarce and outdated. Objective: To evaluate the presence of auditory impairment in infants treated for CS in the neonatal period, in the first months of life. Methods: Prospective longitudinal study, with infants treated for CS born at Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) from May 2021 to December 2022. Otorhinolaryngological and audiologic evaluations were performed at the 3,3rd month of life, including the investigation of electrophysiological thresholds through Frequency-Specific Auditory Brainstem Responses (FS-ABR). Results: Sixty-five patients were included. All underwent Neonatal Hearing Screening (NHS), consisting of Transient Otoacoustic Emissions (TOAE) and Automated Auditory Brainstem Response (AABR) tests, before hospital discharge. Sixty-one patients (93.8%) passed, and four (6.2%) failed both NHS tests. Of the 4 infants who failed, 2 returned for retesting and showed normal results, 1 patient did not attend for testing, and 1 failed retesting in both tests. Twenty-three infants (35.4%) underwent follow-up with FS-ABR. No asymmetry of response suggesting retrocochlear alteration was observed. There were also no alterations in the values of the absolute latencies of waves I, III, and V and interpeak intervals I-III, III-V, and I-V of both ears. In the evaluation of FS-ABR, no alterations were observed in the electrophysiological thresholds at the specific frequencies evaluated. Conclusion: No hearing losses were found in patients treated for congenital syphilis in the neonatal period, both in NHS and FS-ABR, when evaluated within 3,3 months of life. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente.
Coleções
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