Prevalência de fadiga e relação com gravidade, capacidade de exercício, qualidade de vida e alterações do humor em pacientes com DPOC
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Data
2024Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam dispneia na evolução da doença e podem relatar fadiga. Os fatores associados à fadiga foram parcialmente estudados na DPOC. Objetivo: Estudar a prevalência de fadiga e a relação entre fadiga, gravidade da doença, estado funcional, qualidade de vida e alterações de humor na DPOC. Métodos: Estudo transversal prospectivo. Pacientes com DPOC (n=95, 60 mulheres) realizaram questionários, espirometria e teste de caminhada ...
Introdução: Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam dispneia na evolução da doença e podem relatar fadiga. Os fatores associados à fadiga foram parcialmente estudados na DPOC. Objetivo: Estudar a prevalência de fadiga e a relação entre fadiga, gravidade da doença, estado funcional, qualidade de vida e alterações de humor na DPOC. Métodos: Estudo transversal prospectivo. Pacientes com DPOC (n=95, 60 mulheres) realizaram questionários, espirometria e teste de caminhada de 6 minutos (TC6m). A fadiga foi medida usando a versão abreviada de 13 itens da escala Functional Assessment of Chronic Illness Therapy (FACIT-F). A qualidade de vida foi avaliada pelo Questionário Respiratório de Saint George (SGRQ) e a ansiedade e depressão pelos inventários de ansiedade e depressão de Beck, BAI e BDI, respectivamente. A dispneia nas atividades foi avaliada pela escala Medical Research Council modificada (MMRC) e o impacto da doença pela escala de avaliação da DPOC (CAT). As associações entre fadiga e outras variáveis foram examinadas usando a correlação e regressão linear. Um valor de p<0,05 foi considerado significativo. Resultados: Foram incluídos 95 pacientes, com média de idade foi de 60,7 ± 7,9 anos. O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF 1 ) foi de 0,94 ± 0,48 l, 36,2 ± 17,7% do previsto e em 77 pacientes (82,1%) a DPOC era grave ou muito grave. A prevalência de fadiga clinicamente significativa foi de 90,5%. Na estratificação pela intensidade da fadiga , o grupo com mais fadiga tinha maior carga de sintomas, piores escores MMRC, CAT e BODE (p<0,05), sem diferença nas variáveis funcionais. A fadiga se relacionou com o SGRQ (r=-0,661; p<0,001), BAI e BDI (r S =-0,399; r S =-0,385; p<0,001), MMRC (r S =-0,289; p=0,005), CAT (r=-0,458; p<0,001) e BODE (r=-0,259; p=0,001. Não houve correlação entre fadiga e variáveis funcionais como VEF 1 ou distância no TC6m (p>0,05). A dispneia no TC6m e o escore total do SGRQ explicaram 47 % da variabilidade da fadiga (r=0,69, r 2 =0,47; p<0,0001). Conclusões: A prevalência de fadiga foi elevada e ela se associou com a qualidade de vida, os sintomas e os escores de gravidade da doença que representam desfechos importantes na perspectiva do paciente. Não foi observada correlação entre fadiga e variáveis de função pulmonar ou capacidade de exercício em pacientes com DPOC. ...
Abstract
Introduction: Patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD) experience dyspnea and may report fatigue as the disease progresses. Factors associated with fatigue have been partially studied in COPD. Objective: To study the prevalence of fatigue and the relationship between fatigue, disease severity, functional status, quality of life and mood changes in COPD. Methods: Prospective cross-sectional study. Patients with COPD (n=95, 60 women) underwent questionnaires, spirometry and the ...
Introduction: Patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD) experience dyspnea and may report fatigue as the disease progresses. Factors associated with fatigue have been partially studied in COPD. Objective: To study the prevalence of fatigue and the relationship between fatigue, disease severity, functional status, quality of life and mood changes in COPD. Methods: Prospective cross-sectional study. Patients with COPD (n=95, 60 women) underwent questionnaires, spirometry and the 6-minute walk test (6MWT). Fatigue was measured using the 13-item abbreviated version of the Functional Assessment of Chronic Illness Therapy (FACIT-F) scale. Quality of life was assessed using the Saint George Respiratory Questionnaire (SGRQ) and anxiety and depression using the Beck anxiety and depression inventories, BAI and BDI respectively. Dyspnea during activities was assessed using the modified Medical Research Council scale (MMRC) and the impact of the disease using the COPD assessment test (CAT). Associations between fatigue and other variables were examined using correlation and linear regression. A value of p<0.05 was considered significant. Results: 95 patients were included, with a mean age of 60.7 ± 7.9 years. The forced expiratory volume in one second (FEV 1 ) was 0.94 ± 0.48 l, 36.2 ± 17.7% of predicted and in 77 patients (82.1%) COPD was severe or very severe. The prevalence of clinically significant fatigue was 90.5%. When stratifying by fatigue intensity, the group with more fatigue had a greater burden of symptoms, worse MMRC, CAT and BODE scores (p<0.05), with no difference in functional variables. Fatigue was related to SGRQ (r=-0.661; p<0.001), BAI and BDI (rS=-0.399; rS=-0.385; p<0.001), MMRC (rS=-0.289; p=0.005), CAT (r=-0.458; p<0.001) and BODE(r=-0.259; p=0.001. There was no correlation between fatigue and functional variables such as FEV 1 or distance in the 6MWT (p>0.05). Dyspnea in the 6MWT and the total SGRQ score explained 47% of fatigue variability (r=0.69, r2=0.47; p<0.0001. Conclusions: The prevalence of fatigue was high and it was associated with quality of life, symptoms and disease severity scores, which represent important outcomes from the patient's perspective. No correlation between fatigue and lung function variables or exercise capacity in patients with COPD was observed. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências Pneumológicas.
Coleções
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