Prevalência do tempo excessivo de tela em pacientes pediátricos hospitalizados
Visualizar/abrir
Data
2024Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Com o avanço da era digital, torna-se recorrente o uso de forma imersiva de crianças e adolescentes em dispositivos eletrônicos. O ambiente hospitalar é inóspito e pouco estimulante, as condições clínicas desafiadoras propiciam maior tempo em frente às telas. Este estudo objetivou entender a prevalência do tempo de tela em crianças hospitalizadas. Trata-se de um estudo quantitativo do tipo transversal em que os pacientes foram recrutados na Unidade de Internação Pediátrica do Hospital de Clínic ...
Com o avanço da era digital, torna-se recorrente o uso de forma imersiva de crianças e adolescentes em dispositivos eletrônicos. O ambiente hospitalar é inóspito e pouco estimulante, as condições clínicas desafiadoras propiciam maior tempo em frente às telas. Este estudo objetivou entender a prevalência do tempo de tela em crianças hospitalizadas. Trata-se de um estudo quantitativo do tipo transversal em que os pacientes foram recrutados na Unidade de Internação Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre/RS - Brasil. Os familiares das crianças incluídas responderam a questionários sobre o tempo de tela tanto durante a internação quanto em casa, além de fornecerem informações sobre atividade física e funcionalidade. Os detalhes socioeconômicos e demográficos foram obtidos dos registros eletrônicos. A amostra incluiu 260 crianças no período entre março de 2022 e abril de 2023. Durante a internação, os participantes incluídos no estudo passaram uma mediana de 270 minutos diários em frente às telas, um período significativamente maior do que em casa. A análise estatística revelou que o tempo excessivo de tela em casa, a melhor funcionalidade dos pacientes e o menor nível de escolaridade dos responsáveis foram fatores preditivos significativos do uso excessivo de telas durante a hospitalização. Os motivos para o uso desses dispositivos durante a hospitalização incluíram situações de choro, tédio, dor e ansiedade, enquanto em casa foram mais frequentemente oferecidos para manter as crianças ocupadas ou para fins educacionais. Como conclusão, este estudo investigou o uso excessivo de dispositivos de tela entre crianças durante a hospitalização. Apenas uma minoria das crianças cumpriu as recomendações de tempo de tela da Organização Mundial da Saúde. Fatores preditivos desse comportamento incluíram tempo excessivo de tela em casa, baixo nível de escolaridade dos responsáveis e a funcionalidade preservada das crianças. Estratégias para reduzir o tempo de tela durante a hospitalização, incluindo capacitação das equipes de saúde, educação de familiares e pacientes, e implementação de iniciativas específicas, são essenciais para combater os efeitos negativos do uso excessivo de dispositivos de tela durante o período de internação hospitalar. ...
Abstract
With the advance of the digital age, the immersive use of electronic devices by children and adolescents has become recurrent. The hospital environment is inhospitable and unstimulating, and the challenging clinical conditions lead to more screen time. This study aimed to understand the prevalence of screen time in hospitalized children. This is a cross-sectional quantitative study in which patients were recruited from the Pediatric Inpatient Unit of the Hospital de Clínicas in Porto Alegre/RS ...
With the advance of the digital age, the immersive use of electronic devices by children and adolescents has become recurrent. The hospital environment is inhospitable and unstimulating, and the challenging clinical conditions lead to more screen time. This study aimed to understand the prevalence of screen time in hospitalized children. This is a cross-sectional quantitative study in which patients were recruited from the Pediatric Inpatient Unit of the Hospital de Clínicas in Porto Alegre/RS - Brazil. Family members of the children included answered questionnaires about screen time both during hospitalization and at home, as well as providing information about physical activity and functionality. Socioeconomic and demographic details were obtained from electronic records. The sample included 260 children between March 2022 and April 2023. During hospitalization, the participants included in the study spent a median of 270 minutes a day in front of screens, a significantly longer period than at home. Statistical analysis revealed that excessive screen time at home, better functionality of patients and lower level of education of guardians were significant predictors of excessive screen use during hospitalization. The reasons for using these devices during hospitalization included crying situations, boredom, pain and anxiety, while at home they were more often offered to keep children occupied or for educational purposes. In conclusion, this study investigated the excessive use of screen devices among children during hospitalization. Only a minority of children complied with the World Health Organization's screen time recommendations. Predictive factors of this behavior included excessive screen time at home, low education level of caregivers and preserved functionality of the children. Strategies to reduce screen time during hospitalization, including training healthcare teams, educating family members and patients, and implementing specific initiatives, are essential to combat the negative effects of excessive use of screen devices during hospital stays. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências Pneumológicas.
Coleções
-
Ciências da Saúde (9068)Pneumologia (500)
Este item está licenciado na Creative Commons License