Fragmentado como o próprio objeto : desafios na musealização arqueológica da primeira coleção do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul

Abstract

Este trabalho tem sua reflexão ancorada na musealização da coleção arqueológica Alto Uruguai, primeiro acervo a fazer parte do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul. A pesquisa partiu de inquietações como estagiária da instituição, principalmente pelas lacunas encontradas na informação deste material. O principal objetivo é investigar a possibilidade de musealizar uma coleção arqueológica dissociada, analisando os desafios associados a esse processo a partir das implicações específicas da primeira coleção a adentrar o acervo do Museu. Este é um estudo de caso, realizado através de uma pesquisa descritiva de natureza básica, sua coleta de dados foi realizada em fontes documentais institucionais e bibliográficas, utilizando-se uma metodologia quanti-qualitativa para a análise dos dados. Os resultados obtidos apontam que apesar das lacunas e perdas irreparáveis na informação deste acervo, existe a possibilidade de uma coleção passar pelo processo de uma musealização tardia, contudo, é um processo urgente, longo, trabalhoso e, preferencialmente, ininterrupto. Este trabalho destaca a necessidade de explorar a potencialidade do processo de musealização dos acervos arqueológicos e fomentar as discussões da Musealização da Arqueologia.

This paper has its reflection anchored in the musealization of the Alto Uruguai archaeological collection, the first collection to be part of the Museu Antropológico do Rio Grande do Sul. The research came from concerns as an intern at the institution, mainly due to the gaps found in the information in this material. The main objective is to investigate the possibility of musealizing a dissociated archaeological collection, analyzing the challenges associated with this process based on the specific implications of the first collection to enter the Museum's collection. This is a case study, carried out through descriptive research of a basic nature, data collection was carried out in institutional and bibliographical documentary sources, using a quantitative qualitative methodology for data analysis. The results obtained indicate that despite the gaps and irreparable losses in the information in this collection, there is the possibility of a collection going through the process of late musealization, however, it is an urgent, long, arduous and, preferably, uninterrupted process. This work highlights the need to explore the potential of the musealization process of archaeological collections within the field and encourage discussions on the Musealization of Archeology.