Sepse e enterocolite necrosante em recém-nascidos pré-termo internados em uma unidade de internação neonatal em tempo de COVID-19
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Data
2021Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
A Unidade de Internação Neonatal é responsável por cuidados especializados que visam à redução da morbimortalidade neonatal e prevenção de agravos, como a sepse neonatal e a enterocolite necrosante. Diante da pandemia da COVID-19, as rotinas e fluxogramas de atendimento nas unidades de internação foram alterados. Foram adotadas medidas como a adesão às novas práticas de controle de infecção, as quais interferem direta ou indiretamente na saúde neonatal. O objetivo deste estudo foi comparar as t ...
A Unidade de Internação Neonatal é responsável por cuidados especializados que visam à redução da morbimortalidade neonatal e prevenção de agravos, como a sepse neonatal e a enterocolite necrosante. Diante da pandemia da COVID-19, as rotinas e fluxogramas de atendimento nas unidades de internação foram alterados. Foram adotadas medidas como a adesão às novas práticas de controle de infecção, as quais interferem direta ou indiretamente na saúde neonatal. O objetivo deste estudo foi comparar as taxas de sepse neonatal e de enterocolite necrosante de recém-nascidos pré-termo internados em uma Unidade de Internação Neonatal antes e após o início da pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo do tipo transversal, realizado em uma Unidade de Internação Neonatal de um hospital universitário de Porto Alegre. A amostra do estudo foi constituída dos recém-nascidos prétermos que preencheram os critérios de elegibilidade, no período de seis meses antes de pandemia e seis meses após o início da pandemia. Os dados foram analisados de forma descritiva e foram utilizados os teste Qui-Quadrado e o teste de Mann-Whitney, tendo sido adotado nível de significância de 5% (p<0,05). Os princípios éticos foram respeitados, conforme a Resolução 466/2012. A amostra foi de 183 recém-nascidos, divididos em dois grupos, o grupo 1 correspondeu a 76 (41,5%) e o grupo 2 foi composto de 107 (58,5%) neonatos da amostra. A distribuição de sexo diferiu entre os grupos, o grupo 1 apresentou 45 (59,2%) recém-nascidos do sexo feminino e o grupo 2, 64 (59,8%) do sexo masculino. A taxa de sepse neonatal foi de 25,7% (47), e a sepse neonatal tardia foi de 9,3% (17) na amostra geral. A taxa de enterocolite necrosante foi de 3,9% (3) no grupo 1, já, no grupo 2, houve diminuição da taxa, que foi 1,9% (2), porém, sem nível de significância estatística entre os grupos. Destaca-se que a taxa de óbitos foi de 6,6% (5) no grupo 1 e de 1 (0,9%) no grupo 2 (p=0,046), havendo redução significativa nos números de óbitos entre os dois grupos. Este estudo não identificou diferença estatística entre as taxas de sepse e enterocolite necrosante, ao comparar os períodos anterior e após o início da pandemia do COVID-19. Destaca-se que houve redução da taxa de óbitos dos neonatos durante o período, o que reforça a importância das medidas de prevenção de infecções que são essenciais para a segurança dos neonatos. Dessa forma, sugere-se a realização de estudos com maior recorte temporal, para melhor compreensão dos impactos das novas rotinas na saúde dos neonatos hospitalizados. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Enfermagem.
Coleções
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TCC Enfermagem (1140)
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