Comunicação, cuidado e aspectos culturais : um olhar para a construção do entendimento sobre saúde e doença em quilombos da Região Sul do Brasil
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Data
2018Autor
Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Considerando o quilombo como um espaço de organização social da população negra, o qual historicamente constituiu-se de fugitivos das senzalas, associado ao conceito de saúde como uma forma de produção social de complexas redes que envolvem elementos culturais, que pode ser sintetizada na experiência concreta singular e coletiva. O objetivo geral desta pesquisa foi compreender o processo de comunicação entre profissionais de saúde e quilombolas, assim como a construção do entendimento sobre a s ...
Considerando o quilombo como um espaço de organização social da população negra, o qual historicamente constituiu-se de fugitivos das senzalas, associado ao conceito de saúde como uma forma de produção social de complexas redes que envolvem elementos culturais, que pode ser sintetizada na experiência concreta singular e coletiva. O objetivo geral desta pesquisa foi compreender o processo de comunicação entre profissionais de saúde e quilombolas, assim como a construção do entendimento sobre a saúde e a doença de acordo com as experiências e organizações das comunidades. Foi realizada uma pesquisa qualitativa com método etnometodológico, utilizando como referência a observação participante, a partir do Diário de Campo de registros construídos durante vivências dos projetos “Estudo cronobiológico e fotoetnográfico em comunidades quilombolas” e “Etologia do sono: um estudo do processo evolutivo do sono em ambientes de luz natural e artificial” em comunidades quilombolas localizadas nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Os resultados consistem de descrição das características socioculturais das comunidades e três categorias de análise: acesso, comunicação e percepções e conceitos em saúde. Os relatos e vivências dessa pesquisa apontam para a fragilidade do vínculo e acesso aos serviços de saúde, no que diz respeito às comunidades quilombolas, tanto individual quanto coletivamente. Embora possamos identificar elementos de reconhecimento da saúde dos quilombolas, a oferta das ações de saúde, permanecem ainda nos dias atuais, baseadas em conhecimentos técnicos-científicos e reguladas pela busca assistencial, não orientadas para as necessidades comunidades. Após a construção dessa pesquisa, destacamos que a saúde deve ser pensada como produto e produtor social, considerando a relação dinâmica e contínua com os determinantes políticos, econômicos, culturais e sociais, de forma interdependente, porque esta é parte da estrutura social. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva.
Coleções
-
Ciências da Saúde (9085)Saúde Coletiva (202)
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