Implementação da política de saúde intercultural no Equador: o papel dos técnicos de atenção primaria em saúde-TAPSs

Abstract

O presente trabalho analisa a implementação da política de saúde intercultural no Equador através do papel dos Técnicos de Atenção Primaria em Saúde-TAPS nas comunidades. Foi proposto um modelo analítico que, utilizando ferramentas das teorias e enfoques feministas, além das tradicionais utilizadas para este tipo de estudo, procura explicar o uso da discricionariedade dos TAPSs desde suas subjetividades. Realizou-se uma pesquisa qualitativa e os dados coletados foram construídos em conjunto com os TAPSs para a compreensão das realidades e individualidades dos atores. Concluiu-se que os TAPSs compartem vários elementos subjetivos com a população na qual trabalham (raça, cosmovisão, origem social, trajetória etc.), situação que condiciona seu atuar e ajuda a explicar o uso da discricionariedade em benefício das comunidades.

The present work analyzes the implementation of the intercultural health policy in Ecuador through the role of Primary Health Care Technicians-TAPS in the communities. An analytical model was proposed that, using tools from feminist theories and approaches, in addition to the traditional ones used for this type of study, seeks to explain the use of discretion of TAPSs from their subjectivities. A qualitative research was carried out and the data collected were built together with the TAPSs to understand the realities and individualities of the actors. It was concluded that TAPSs share several subjective elements with the population in which they work (race, worldview, social origin, trajectory, etc.), a situation that conditions their action and helps to explain the use of discretion for the benefit of communities.