Mutilação genital feminina : uma revisão integrativa
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Data
2010Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Resumo
A prática de mutilar a genitália feminina pode ser considerada uma violência de gênero, violando os direitos humanos contra a mulher e contra a criança. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2008) é a de que entre 100 e 140 milhões de meninas e mulheres em todo o mundo tenham sido submetidas a estes processos e que, anualmente, três milhões de meninas corram o risco de sofrer uma mutilação genital. Este trabalho teve como objetivo Investigar o que a produção científica evidencia so ...
A prática de mutilar a genitália feminina pode ser considerada uma violência de gênero, violando os direitos humanos contra a mulher e contra a criança. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2008) é a de que entre 100 e 140 milhões de meninas e mulheres em todo o mundo tenham sido submetidas a estes processos e que, anualmente, três milhões de meninas corram o risco de sofrer uma mutilação genital. Este trabalho teve como objetivo Investigar o que a produção científica evidencia sobre os fatores relacionados à prática de mutilação genital feminina (MGF), através de uma revisão integrativa. Para isso, foi realizada uma busca de artigos, publicados entre o período de 1997 à 2009, nas bases de dados ISI Web of Knowledge, LILACS e SCIELO, em inglês, português e espanhol. O total da amostra foi de 34 artigos. A maioria dos estudos mostrou que a MGF acarreta graves conseqüências para a saúde da mulher. Os principais preditores relacionados foram tradição e cultura, religião, idade elevada, baixo nível de escolaridade. A prevalência varia conforme a etnia e há associação positiva entre idade elevada e prevalência, sendo que foi evidenciado declínio na prevalência da MGF nas últimas gerações. De acordo com as pesquisas, a maioria dos entrevistados são a favor da eliminação da prática e, de um modo geral, as mulheres não querem que suas filhas sofram mutilação. Qualquer abordagem que tem como objetivo final a erradicação da mutilação genital feminina deve incorporar uma estratégia global que aborde a multiplicidade de fatores que a perpetuam. A questão cultural merece especial reflexão e atenção, pois embora a prática de circuncisão feminina, não esteja no nosso contexto, frente à globalização, não é temática distante de nós. Essa revisão integrativa possibilitou agregar conhecimento, através das evidências científicas sobre os aspectos relacionados à prática. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Enfermagem. Curso de Enfermagem.
Coleções
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TCC Enfermagem (1140)
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