Efeito do misoprostol nas taxas de expulsão do dispositivo intrauterino de cobre inserido no pós-parto : um estudo piloto
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Data
2021Orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução A implementação de anticoncepção reversível de longa duração (LARC) ainda é um desafio no pós parto. O uso do dispositivo intrauterino (DIU) de cobre é uma opção segura e de baixo custo, mas que ainda não possui boa aceitação devido às taxas de expulsão maiores quando comparada à inserção de intervalo (6 a 8 semanas pós-parto). O misoprostol, medicação uterotônica, amplamente utilizada off label em ginecologia e obstetrícia, pode auxiliar na redução da taxa de expulsão do DIU inserid ...
Introdução A implementação de anticoncepção reversível de longa duração (LARC) ainda é um desafio no pós parto. O uso do dispositivo intrauterino (DIU) de cobre é uma opção segura e de baixo custo, mas que ainda não possui boa aceitação devido às taxas de expulsão maiores quando comparada à inserção de intervalo (6 a 8 semanas pós-parto). O misoprostol, medicação uterotônica, amplamente utilizada off label em ginecologia e obstetrícia, pode auxiliar na redução da taxa de expulsão do DIU inserido no pós-parto. O objetivo principal deste estudo é determinar se o emprego de misoprostol por via retal após a inserção do DIU no pós-parto imediato pode diminuir as taxas de expulsão precoce do dispositivo. Material e Métodos Em um ensaio clínico randomizado duplo-cego, 40 pacientes foram alocadas em dois grupos, o grupo intervenção e o grupo controle (sem tratamento). Todas as pacientes tinham idade acima de 16 anos e idade gestacional acima de 32 semanas, apresentavam intenção de parto vaginal e desejavam a inserção de DIU pós-parto. O DIU foi inserido em até 10 minutos após a expulsão da placenta. O grupo intervenção recebeu 600 mcg de misoprostol por via retal após a inserção do DIU. Os pacientes foram avaliados após 6 semanas por meio de ultrassom. A análise estatística foi realizada usando o teste exato de Fisher para variáveis categóricas ou teste t de Student para comparação das médias em amostras independentes. Estimou-se risco relativo (RR) com intervalo de confiança (IC) de 95%. Resultados O seguimento médio foi de 5,9 (+- DP) semanas. Na avaliação por ultrassom, encontrou-se 9/18 (50,0%) das pacientes com dispositivo normoposicionado intraútero no grupo controle e 13/20 (65,0%) no grupo da intervenção (RR = 1,24; IC95% 0,70– 2,17, p = 0,510). Não houve eventos adversos associados à dosagem ou administração de misoprostol. Conclusão Até o presente momento, não existe nenhum estudo que tenha avaliado o uso de uterotônicos após a colocação do DIU no período pós-parto. Esse estudo piloto mostrou menores taxas de expulsão do DIU no grupo que recebeu misoprostol, ainda sem diferença estatística devido ao pequeno tamanho de amostra. Além disso, esse estudo avaliou a elegibilidade e o número de indivíduos necessários para um ensaio clínico a posteriori. ...
Abstract
Objective The copper intrauterine device (IUD) is a safe and economical contraception option for puerperium that is still not widely accepted because of the high expulsion rates. Misoprostol is widely used in obstetric practice and can help improve uterine tonus after delivery. The primary purpose of this study was to determine if misoprostol after IUD insertion postpartum can decrease the expulsion rates of intrauterine IUDs identified by transvaginal ultrasound at the review visit. 10 Study D ...
Objective The copper intrauterine device (IUD) is a safe and economical contraception option for puerperium that is still not widely accepted because of the high expulsion rates. Misoprostol is widely used in obstetric practice and can help improve uterine tonus after delivery. The primary purpose of this study was to determine if misoprostol after IUD insertion postpartum can decrease the expulsion rates of intrauterine IUDs identified by transvaginal ultrasound at the review visit. 10 Study Design This pilot clinical trial randomized 40 patients equally into two groups, a control and an intervention group. All patients were women aged >16 years and >32 gestational weeks in whom vaginal birth was expected, and IUD insertion postpartum was planned. The IUD was inserted within 10 min of the expulsion of the placenta. The intervention group received 600 mcg of misoprostol through the rectal route after IUD insertion. The patients were evaluated after 6 weeks using an ultrasound. Statistical analysis was performed using Fisher’s exact test or t-test, as appropriate. We estimated the RR with a 95% confidence interval (CI). Results The mean follow-up was at 5.9 weeks. In the ultrasound evaluating, w found 9/18 (50.0%) patients with intrauterine device in the control group, as had 13/20 (65.0%) in the misoprostol group (RR, 1.24; 95% CI, 0.70–2.17, p = 0.510). There were no adverse events associated with the dosage or administration of misoprostol. Conclusion To the best of our knowledge, there are no similar studies in the literature. Despite no statistical significance, this pilot study showed the lowest rates of IUD expulsion in the misoprostol group. In addition, this study assessed the eligibility and the number of subjects required for a posteriori clinical trial. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Ginecologia e Obstetrícia.
Coleções
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Ciências da Saúde (9068)
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