"A república não apagará nenhum traço e nenhum nome de sua história" : contestação patrimonial na França (2020)
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Data
2021Autor
Orientador
Nível acadêmico
Graduação
Assunto
Resumo
Esta pesquisa tem por objetivo compreender a reação política do presidente Emmanuel Macron face aos movimentos de contestação patrimonial antirracistas na França no ano de 2020. A escolha pelo país em questão justifica-se pelas particularidades do debate nacional em torno das estátuas e da conflitualidade do presidente Emmanuel Macron, que, intrigantemente, tem apresentado medidas memoriais no seu mandato. As fontes para esse trabalho são discursos presidenciais do atual chefe de Estado francês ...
Esta pesquisa tem por objetivo compreender a reação política do presidente Emmanuel Macron face aos movimentos de contestação patrimonial antirracistas na França no ano de 2020. A escolha pelo país em questão justifica-se pelas particularidades do debate nacional em torno das estátuas e da conflitualidade do presidente Emmanuel Macron, que, intrigantemente, tem apresentado medidas memoriais no seu mandato. As fontes para esse trabalho são discursos presidenciais do atual chefe de Estado francês, analisadas a partir de Pinto (2006) e Foucault (2020). Analisa-se o patrimônio histórico enquanto recurso memorial de construção de identidades nacionais; compreende-se as estátuas derrubadas ou contestadas na França como elementos da narrativa oficial francesa, o roman national desenvolvido no final do século XVIII, e como símbolos de um consenso colonial e racial no século XIX; interpreta-se a reação de Emmanuel Macron a partir da análise de seus discursos presidenciais sobre a memória da colonização e da escravidão, buscando compreender que identidade e história nacional é construída no seu mandato. A pesquisa conclui que, mesmo abrindo caminho para a resolução de memórias conflituosas, Macron as insere numa lógica que não vai de encontro aos ideais contraditórios expressos no roman national que a França faz de si mesma. ...
Résumé
Cette recherche a pour objectif de comprendre la réaction politique du président Emmanuel Macron aux mouvements de contestation patrimoniale antiracistes en France en 2020. Le choix du pays en question est justifié par les particularités du débat national autour des statues et par la conflictualité du président Emmanuel Macron qui, curieusement, présente mesures mémorielles dans son mandat. Les sources por ce travail sont des discours présidentiels de l’actuel chef de l’Etat français, analysées ...
Cette recherche a pour objectif de comprendre la réaction politique du président Emmanuel Macron aux mouvements de contestation patrimoniale antiracistes en France en 2020. Le choix du pays en question est justifié par les particularités du débat national autour des statues et par la conflictualité du président Emmanuel Macron qui, curieusement, présente mesures mémorielles dans son mandat. Les sources por ce travail sont des discours présidentiels de l’actuel chef de l’Etat français, analysées à partir de Pinto (2006) et de Foucault (2020). On analyse le patrimoine historique comme ressource mémorielle de construction d’identités nationales ; on comprend les statues déboulonnées ou contestées en France comme des éléments de la narrative officielle française, le roman national développé à la fin du XVIIIe et comme des symboles d’un consensus colonial et racial au XIXe ; on interprète la réaction d’Emmanuel Macron à partir de l’analyse de ses discours présidentiels autour de la mémoire de la colonisation et de l’esclavage, essayant de comprendre quelle identité et quelle histoire nationale sont construites dans son mandat. La recherche conclut que même s’il ouvre la voie pour résoudre les mémoires conflictuelles, Macron les insère dans une logique qui ne va pas à l’encontre des idéaux contradictoires exprimés au roman national que la France se fait d’elle même ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Curso de História: Licenciatura.
Coleções
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TCC História (782)
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