Aleitamento materno no primeiro ano em uma coorte de mulheres que tiveram diabetes mellitus gestacional : estudo LINDA-Brasil
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Data
2018Orientador
Co-orientador
Nível acadêmico
Mestrado
Tipo
Assunto
Resumo
Introdução: O aleitamento materno e sua maior duração trazem benefícios a curto e longo prazos para a mulher e criança, incluindo a prevenção do diabetes e da obesidade. Mulheres que tiveram diabetes mellitus gestacional (DMG) têm risco aumentado para desenvolver diabetes mellitus tipo 2. Evidências apontam que a prática da amamentação pode reduzir esse risco. Contudo, o DMG pode levar a atraso na lactogênese e resultar em menores níveis de amamentação. São escassos os estudos que avaliaram o t ...
Introdução: O aleitamento materno e sua maior duração trazem benefícios a curto e longo prazos para a mulher e criança, incluindo a prevenção do diabetes e da obesidade. Mulheres que tiveram diabetes mellitus gestacional (DMG) têm risco aumentado para desenvolver diabetes mellitus tipo 2. Evidências apontam que a prática da amamentação pode reduzir esse risco. Contudo, o DMG pode levar a atraso na lactogênese e resultar em menores níveis de amamentação. São escassos os estudos que avaliaram o tempo de aleitamento materno nessa população e os fatores associados, nenhum com a população brasileira. Objetivos: Avaliar a probabilidade de estar amamentando no primeiro ano pós-parto em mulheres que tiveram diabetes mellitus gestacional e os fatores associados aos desmame no Estudo LINDA-Brasil. Métodos: Coorte multicêntrica de mulheres brasileiras com DMG (n=2.221), recrutadas em ambulatórios de alto risco e acompanhadas por ligações telefônicas. Foram coletados dados demográficos, sociodeconômicos, comportamentais, clínicos e nutricionais, além da situação e duração do aleitamento materno. O tempo até o desmame foi estimado por análise de sobrevivência de Kaplan-Meier e os fatores associados por regressão de Cox. Resultados: A probabilidade das mulheres amamentarem por pelo menos 1 ano no Estudo foi de 53,4%. Cor/raça branca (HR 1,46; IC 95%: 1,21-1,76; p<0,001), fumo na gestação (HR 1,67 IC 95%: 1,28-2,19; p<0,001), problemas para amamentar (HR 1,49; IC 95%: 1,22-1,88; p<0,001), fornecimento de leite ou fórmula infantil nos primeiros meses (HR 2,54; IC 95%: 2,09-3,08; p<0,001), viver em Porto Alegre (HR 1,58; IC 95%: 1,16-2,16; p<0,001) e Pelotas (HR 1,76; IC 95%: 1,20-2,58; p<0,001) foram associadas com maior risco para desmame. A faixa etária materna entre 30 e 39 anos foi associada com redução do risco de desmame (HR 0,75; IC 95%: 0,63-0,90; p<0,001). Conclusões: A probabilidade de mulheres com DMG do Estudo LINDA-Brasil amamentarem por pelo menos um ano após o parto pareceu ser maior que últimos registros da população brasileiras. Cor branca, fumo na gestação, fornecer leite ou fórmula precocemente e idade menor do que 30 ou maior de 39 anos podem favorecer o desmame no período. ...
Abstract
Breastfeeding (BF) and its longer duration bring short- and long-term benefits to women and children, including diabetes and obesity prevention. Women who had recent gestational diabetes (GDM) are at increased risk of type 2 diabetes. Evidence suggests that breastfeeding may reduce this risk. However, GDM may be related to delayed lactogenesis and results in lower breastfeeding levels. There are few studies who evaluated the time of breastfeeding in this population and the associated factors, n ...
Breastfeeding (BF) and its longer duration bring short- and long-term benefits to women and children, including diabetes and obesity prevention. Women who had recent gestational diabetes (GDM) are at increased risk of type 2 diabetes. Evidence suggests that breastfeeding may reduce this risk. However, GDM may be related to delayed lactogenesis and results in lower breastfeeding levels. There are few studies who evaluated the time of breastfeeding in this population and the associated factors, none with the Brazilian population. Objectives: To evaluate the breastfeeding probability during the first year postpartum in women who had gestational diabetes mellitus and the weaning associated factors in the LINDA-Brasil study. This is a multicentric cohort of Brazilian women with GDM (n = 2216), enrolled at tertiary prenatal care and followed by telephone interviews. Demographics, socio-economics, behavioral, clinical and nutritional data, status and duration of BF were collected. Time to weaning was estimated by Kaplan-Meier survival analysis and associated factors by Cox regression. The breastfeeding probability for at last one year after delivery was 53.4%. Being white (HR 1.46; CI 95%: 1.21-1.76; p<0.001), smoking during pregnancy (HR 1.67 CI 95%: 1.28-2.19; p<0.001), breastfeeding problems (HR 1.49; CI 95%: 1.22-1.88; p<0.001), milk or formula offered during the first months (HR 2.54, 95% CI 2.09-3.08; p<0.001), living in Porto Alegre (HR 1.76; CI 95%: 1.20-2.58; p<0.001) and Pelotas (HR 1.76; CI 95%: 1.20-2.58; p<0.001) were associated with an increased risk of weaning. The maternal age range between 30 and 39 years old was associated with a reduction in the risk of weaning (HR 0.75, 95% CI 0.63-0.90, p <0.001). One yerar after dlivery, the breastfeeding probability in women with GDM from the LINDA-Brazil Study appears to be higher than Brazilian’s population prevalence. White color, smoking during pregnancy, early milk or formula suply and age less than 30 or greater than 39 years might favor the weaning during this time. ...
Instituição
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia.
Coleções
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