Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorFonseca, Tania Mara Gallipt_BR
dc.contributor.authorAlbuquerque, Alana Soarespt_BR
dc.date.accessioned2019-11-02T03:51:45Zpt_BR
dc.date.issued2019pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/201269pt_BR
dc.description.abstractEste trabalho tem como objetivo identificar e analisar uma determinada cronopolítica presente no gênero da ficção científica, política essa que atua ativamente em seu gesto de produção de mundos. Falamos em cronopolítica – uma política que age sobre o tempo, ou que o governa – porque são esses mundos projetados pela ficção científica o que tem predominado no imaginário ocidental no que se refere à criação de futuros possíveis. Através de um texto ensaístico e de caráter exploratório e conceitual, lançamo-nos à tentativa de desnaturalizar a noção de futuro com a qual a ficção científica nos acostumou, compreendendo o futuro não como uma ideia natural ou já dada, mas como resultado de uma determinada construção social e cultural. Para compreendermos o nascimento da ideia de futuro como sinônimo de progresso científico e tecnológico, voltamos nosso olhar para a modernidade. Durante esse período, à medida que o desenvolvimento científico e tecnológico avança, o entusiasmo em torno do futuro aumenta, chegando ao seu ápice no final do século XIX, com a Revolução Industrial. O culto às máquinas passa a ser central em uma série de narrativas, porém, em contraponto às utopias tecnológicas, nasce também um certo descontentamento com o rumo que as tecnologias estavam tomando (a exploração nas fábricas, a guerra, o autoritarismo de estado, etc.), fazendo com que ao longo do século XX proliferem as distopias. Uma série de acontecimentos que marcam esse século provoca uma espécie de reversão na ideia de futuro, que, outrora cultuado pelos ideais de progresso e modernidade, agora aparece esvaziado de qualquer perspectiva. Vivemos hoje em meio a uma crise de futuro que decorre principalmente de um esgotamento desses mesmos ideais, haja vista as consequências desastrosas que os modos de vida capitalista têm causado na superfície do planeta. Além disso, as subjetividades se veem cada vez mais impotentes diante das forças capitalistas que as capturam, moldando seus desejos e aspirações. Se observamos, hoje, o que podemos chamar de uma colonização capitalística do imaginário e dos modos de pensar, principalmente no que se refere à possibilidade de criação de novos mundos, ressaltamos a necessidade de descolonização desses mesmos modos. Afirmamos tal necessidade pois reconhecemos que os gestos especulativos que instauram futuros não apenas os imaginam e os projetam em um horizonte distante, mas também os criam, instalando-os na realidade enquanto possíveis que insistem e que fazem pressão sob o presente.pt_BR
dc.description.abstractThis work aims to identify and analyze a particular chronopolitics in the science fiction genre, a politics that actively operates in its gesture of creating worlds. We speak of chronopolitics – a politics that affects time, or governs it – because it is these worlds projected by science fiction what has predominated in the Western imaginary with regard to the creation of possible futures. Through a conceptual and exploratory essay, we attempt to denaturalize the notion of future with which science fiction has accustomed us, understanding the future not as a natural or given idea, but as a result of a certain social and cultural construction. To understand the birth of the idea of future as synonymous with scientific and technological progress, we gaze at modernity. During this period, as scientific and technological development advances, enthusiasm for the future increases, reaching its apex at the end of the 19th century, with the Industrial Revolution. The fascination with machines becomes central to a series of narratives. However, in contrast to technological utopias, there is also a certain discontentment with the direction technology was taking (labor exploitation, war, state authoritarianism, etc.), causing dystopias to proliferate throughout the 20th century. A series of events that marks this century provokes a kind of reversal in the idea of the future. Once worshiped by the ideals of progress and modernity, now it appears emptied of any perspective. Today we live amidst a crisis of the future, mainly due to the exhaustion of these same ideals, given the disastrous consequences that the capitalist ways of life have caused on the surface of the planet. Besides that, subjectivities are increasingly impotent in face of the capitalist forces that capture them, shaping their desires and aspirations. If today there is what we may call a capitalistic colonization of imaginary and thought, especially with regard to the possibility of creating new worlds, we point out the necessity for decolonization of these modes of imagine and thinking. We affirm this need because we recognize that the speculative gestures that instaure futures not only imagine and project them in a distant horizon, but also create these futures, installing them as possibles that insist and make pressure beneath the present.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPsicologia socialpt_BR
dc.subjectScience fictionen
dc.subjectCiênciapt_BR
dc.subjectChronopoliticsen
dc.subjectPhilosophy of historyen
dc.subjectPolíticapt_BR
dc.subjectUtopiapt_BR
dc.subjectFutureen
dc.subjectTecnologiapt_BR
dc.subjectFilosofia da históriapt_BR
dc.titleCronopolíticas da ficção científica : um ensaio sobre utopia, história e futuros possíveispt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001102736pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Psicologiapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucionalpt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2019pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples