Abandono, adoção e anonimato : questões de moralidade materna suscitadas pelas propostas legais de "parto anônimo"
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Data
2009Tipo
Outro título
Abandono, adopción y anonimato : cuestiones de moralidad materna suscitadas por las propuestas legales de “parto anónimo”
Abandonment, adoption and anonymity : questions of maternal morality embedded in the “safe haven” laws
Assunto
Resumo
Propomos neste artigo explorar questões de moralidade materna (abandono, aborto, adoção) suscitadas pelas leis do chamado “parto anônimo”. Seguimos uma linha teórica que recusa as noções naturalizadas de maternidade (ou paternidade), optando ao invés por colocar em destaque os processos políticos que produzem os variados discursos da moralidade materna. Assim, depois de uma primeira reflexão sobre a relação entre abandono e anonimato, passaremos a uma breve consideração sobre os debates em dife ...
Propomos neste artigo explorar questões de moralidade materna (abandono, aborto, adoção) suscitadas pelas leis do chamado “parto anônimo”. Seguimos uma linha teórica que recusa as noções naturalizadas de maternidade (ou paternidade), optando ao invés por colocar em destaque os processos políticos que produzem os variados discursos da moralidade materna. Assim, depois de uma primeira reflexão sobre a relação entre abandono e anonimato, passaremos a uma breve consideração sobre os debates em diferentes contextos nacionais (Estados Unidos, França, Brasil) que acompanharam as leis de parto anônimo. Veremos que, em quase todo lugar onde existe, o parto anônimo se justifica através de anedotas sobre bebês “abandonados no lixo”. Entretanto, tentaremos demonstrar como esta medida adquire significados diversos em função de contextos nacionais específicos, isto é, de configurações em que outras tecnologias de maternidade, tais como aborto e adoção, assumem contornos particulares. Subjacente a todo o debate, corre uma indagação sobre os direitos humanos: a saber, o papel do Estado no controle de informações que dizem respeito à filiação e à identidade pessoal. ...
Resumen
Nos proponemos en este artículo explorar cuestiones de moralidad materna (abandono, aborto, adopción) suscitadas por las leyes del llamado “parto anónimo”. Seguimos una línea teórica que rechaza las nociones naturalizadas de maternidad (y paternidad), y hemos optado, en lugar de ello, por poner de relieve los procesos políticos que producen los variados discursos de la moralidad materna. Así, luego de una primera reflexión sobre la relación entre abandono y anonimato, pasaremos a una breve cons ...
Nos proponemos en este artículo explorar cuestiones de moralidad materna (abandono, aborto, adopción) suscitadas por las leyes del llamado “parto anónimo”. Seguimos una línea teórica que rechaza las nociones naturalizadas de maternidad (y paternidad), y hemos optado, en lugar de ello, por poner de relieve los procesos políticos que producen los variados discursos de la moralidad materna. Así, luego de una primera reflexión sobre la relación entre abandono y anonimato, pasaremos a una breve consideración de los debates en diferentes contextos nacionales (Estados Unidos, Francia, Brasil) que han acompañando las leyes de parto anónimo. Se verá que, en casi todos los lugares donde existe, el parto anónimo se justifica a través de anécdotas sobre bebés “abandonados en la basura”. Procuraremos, por su parte, demostrar cómo esta medida aquiere significados diversos en función de contextos nacionales específicos, esto es, de configuraciones en las que otras tecnologías de maternidad, tales como el aborto y la adopción, adquieren contornos particulares. Subyace a todo el debate una indagación sobre los derechos humanos, en especial respecto del papel del Estado en el control de informaciones referidas a la filiación y a la identidad personal. ...
Abstract
We propose in this article to explore questions of maternal morality (abandonment, abortion, adoption) embedded in legislation known as “safe haven” laws. We follow a theoretical line that refuses naturalized notions of maternity (or paternity), opting instead for the emphasis on political processes that produce the various discourses of maternal morality. Thus, after a first reflection addressing the connection between abandonment and anonymity, we consider briefly the debates that took place ...
We propose in this article to explore questions of maternal morality (abandonment, abortion, adoption) embedded in legislation known as “safe haven” laws. We follow a theoretical line that refuses naturalized notions of maternity (or paternity), opting instead for the emphasis on political processes that produce the various discourses of maternal morality. Thus, after a first reflection addressing the connection between abandonment and anonymity, we consider briefly the debates that took place in different national contexts (United States, France, Brazil) endorsing or rejecting laws dealing with anonymous abandonment. We will see that, nearly everywhere, the laws are justified with anecdotes about babies found in the trash bin. However, the laws take on diverse meanings in function of the specific national context, that is to say, of a configuration in which other maternal technologies, such as abortion and adoption, assume particular relevance. Throughout the debate runs a reflection on human rights – especially, on the role of the State in the control of information about filiation and personal identity. ...
Contido em
Sexualidad, salud y sociedad : revista latinoamericana. Rio de Janeiro, RJ. N. 1 (2009), p. 30-62
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