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dc.contributor.advisorSteil, Carlos Albertopt_BR
dc.contributor.authorRicci, Carlapt_BR
dc.date.accessioned2018-05-08T12:16:42Zpt_BR
dc.date.issued2018pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/177651pt_BR
dc.description.abstractEmbora a migração internacional tenha ganhado espaço e protagonismo na agenda política internacional e nacional, a atuação do governo brasileiro quanto ao tema ainda é restrito. Nas últimas décadas, milhões de pessoas, de distintas origens, raças, etnias e gêneros, têm encontrado no deslocamento a alternativa para libertarem-se de contextos de vulnerabilidades, caminho que tem sido facilitado por um cenário global de avanços tecnológicos. Assim como o perfil migratório se diversificou diante da intensificação da globalização, os fluxos e direções também se alteraram, não respondendo mais a um padrão de deslocamento Sul-Norte. Nos últimos anos, países do Sul do globo, como o Brasil, adquiriram notoriedade, também, como destino migratório. Essa posição se fez preponderante, sobretudo, a partir do crescente fluxo de migrantes haitianos para o país em 2010, impulsionados pelo terremoto que atingiu o Haiti naquele ano e atraídos pela fase de prosperidade e crescimento econômico que o Brasil atravessava na época. No entanto, apesar do protagonismo que o tema da migração já vinha adquirindo na agenda política, essa questão ainda permanecia – e permanece – precária no Brasil. Além de uma política migratória historicamente seletiva, centrada na segurança nacional, o país foi construído sob uma estrutura étnica, cultural e racial hierárquica, em que o negro e o migrante têm ocupado um papel social marginal. Portanto, esse fluxo migratório tem despertado desconfortos entre a população brasileira, dada as diferenças que se reafirmam nessa interação, gerando um cenário de resistência à integração desses imigrantes. Essas barreiras se intensificam quando se intersecciona à raça e à cultura a questão do gênero, tendo em vista que a migração de mulheres haitianas para o Brasil tem sido significativa e a relação entre homens e mulheres no país é extremamente desigual. Nesse sentido, considerando as marginalizações às quais essas mulheres estão sujeitas, esta pesquisa centra sua reflexão na realidade migratória por elas experenciada. Isso porque, mesmo suscetíveis a conjunturas múltiplas de opressão, não há, no Brasil, uma agenda nacional que estabeleça diretrizes de políticas públicas especificamente voltadas à população migrante e, tampouco, às mulheres migrantes. Desse modo, a atuação de atores sociais e de indivíduos tem sido imprescindível para driblar contextos de vulnerabilidade fomentados pela fraca atuação do poder público e para pressionar a ação estatal quanto ao tema da migração. Assim, com a finalidade de perceber como se dá a articulação desses atores e, mais do que isso, identificar quais são as associações que têm transformado essas realidades migratórias, essa pesquisa etnográfica interrelaciona o campo das Políticas Públicas à perspectiva da Antropologia e da Sociologia das Associações. Imersa no cotidiano das imigrantes haitianas que vivem na Esperança Cordeiro, em Porto Alegre, essa pesquisa buscou rastrear as associações entre atores que se estabelecem nessa interação e pude perceber que muitos mediadores estão ocultos desse processo, por não serem visivelmente institucionalizados e políticos.pt_BR
dc.description.abstractAlthough the international migration has acquired space and prominence in the international and national political agenda, the performance of Brazilian government regarding this issue is still restricted. In the last decades, millions of people, from different origins, races, ethnicities and genders, have found in the displacement the alternative to free themselves from contexts of vulnerability, a path that has been facilitated by a global scenario of technological advances. As well as the migratory profile has diversified due to the intensification of globalization, the flows and directions also changed, no longer responding to a pattern of South-North displacement. In recent years, countries from the South of the globe, such as Brazil, acquired prominence also as a migratory destination. This position was mainly due to the increasing flow of Haitian migrants to the country in 2010, driven by the earthquake that hit Haiti that year and attracted by the phase of prosperity and economic growth that Brazil was experiencing at that time. However, despite the prominence that the issue of migration was already acquiring in the political agenda, this question remained – and still remains – precarious in Brazil. In addition to a historically selective migration policy, focused on national security, the country was built on an ethnic, cultural and racial hierarchical structure in which black people and migrants have occupied a marginal social role. Therefore, this migratory flow has aroused discomfort among the Brazilian population, bearing in mind the differences that are reaffirmed in this interaction, generating a scenario of resistance to the integration of these immigrants. These barriers are intensified when we intersect to race and culture the question of gender, given that the migration of Haitian women to Brazil has been significant and the relationship between men and women in the country is extremely uneven. In this sense, considering the marginalization to which these women are subject, this research focuses their reflection on the migratory reality experienced by them. This is because, even if they are susceptible to multiple situations of oppression, there is no national agenda in Brazil that establishes public policy guidelines specifically targeted to the migrant population and, neither, to the migrant women. Thus, the performance of social actors and individuals has been essential to overcome contexts of vulnerability fostered by the weak performance of the public authority and to pressure the state action on the issue of migration. In this way, in order to understand how the articulation of these actors occurs and, more than that, identify which associations have transformed these migratory realities, this ethnographic research interrelates the field of Public Policies to the perspective of Anthropology and Sociology of Associations. Immersed in the daily lives of Haitian immigrants living in Esperança Cordeiro, in Porto Alegre, this research sought to trace the associations between actors that are established in this interaction and I could realize that many mediators are hidden in this process, because they are not noticeably institutionalized and political.en
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectHaitian migrationen
dc.subjectEstudo etnográficopt_BR
dc.subjectImigração haitianapt_BR
dc.subjectBrazilen
dc.subjectPublic policiesen
dc.subjectImigração : Brasilpt_BR
dc.subjectMediatorsen
dc.subjectMulherespt_BR
dc.subjectEthnographyen
dc.subjectPolíticas públicaspt_BR
dc.subjectPorto Alegre (RS)pt_BR
dc.titleNovos caminhos de uma velha diáspora : seguindo os rastros da experiência migratória das mulheres haitianas em Porto Alegrept_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001065204pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Políticas Públicaspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2018pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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