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dc.contributor.advisorBarbosa Filho, Balthazarpt_BR
dc.contributor.authorRocha, Maria Carolina dos Santospt_BR
dc.date.accessioned2017-08-30T02:34:42Zpt_BR
dc.date.issued2001pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/165945pt_BR
dc.description.abstractA crise da habitabilidade contemporânea denuncia um desapego ao espaço. Com efeito, no decorrer da movência humana, articulou-se, pari passu, uma busca veicular que parece agora colocar em cheque a própria mola dessa movimentação, ou seja, aquela da trajetividade humana. Aprimoram-se as técnicas. Busca-se uma instrumentalização que não deixa dúvidas sobre a crença nas bem-aventuranças do caráter protético da ação humana. Ao tranqüilizar-se prematuramente com o suposto aspecto libertário da substituição mecânica nessa ação, o homem deixa-se invadir pelo sonho inercial imaginário de um não-lugar (outopos). Quando a velocidade tecnológica torna-se, paulatinamente, mediadora plenipotenciária do deslocamento, como assegurar, em concomitância, a permanência e a integridade do espaço imaginário no homem? Em que ponto a crise da ocupação I orientação espacial desencadeia a crise da significação I sentido temporal? Ao permitir a coabitação de um tempo de paz e de um tempo de guerra, abrimos mão de uma intervenção política no perímeh·o espacial, tanto concreto quanto imaginário da cidade-Terra. Assim, contornos arquitetônicos da polis e expressões imaginárias de um idear político parecem fazer uníssono à sedimentação de uma Guerra Total que responde, inconteste, a uma política da velocidade. Energia e informação, ao formar o par de excelência na direção de uma infografia, traçam o perfil de uma violência inusitada na automação e na centralização instantâ- · nea da decisão. Incontestavelmente, muda o estilo da mediação dos vetores que traçam o estatuto do social. E, quando os meios concretos e imaginários de projeção e de transmissão na técnica do movimento estabelecem mudanças perceptivas decisivas nas nossas práticas veiculares, devemos talvez suspeitar que, se a primeira função da velocidade é a de verificar o sentido, a significação da linha reta, não se tornará igualmente sua função a de verificar a significação do direito e da justiça? Ao consumo-consumição do espaço deve-se resistir através da crítica do espaço. Essa crítica deve poder dar lugar a uma arquitetura do vivido e dissolver, no espaço das transgressões e através da variabilidade dos usos, os atuais sistemas políticos, bem como transformar o espaço e a atividade social. Sem o espaço do percurso desaparece o lugar: a supracondutibilidade dos meios, acrescida da sua hipercomunicabilidade, levam-nos a uma concentração do poder e, quando a política torna-se u.ma balística e a geopolítica uma estratégia, urge que estabeleçamos o trajeto de uma análise para essa incontinência veicular do Ocidente industrial, urge que conclamemos a dromologia!pt_BR
dc.description.abstractLa crise de l'habitabilité contemporaine révèle une désaffection grandissante de l'espace. En effet, une recherche véhiculaire s'est mise en place pari passu tout au long de la mouvance hurnaine, mais cette recherche semble, désorrnais, mettre en échec le ressort rnême de la mouvance, c'est à dire, celui de la trajectivité humaine. Les techniques se perfectionnent. Nous cherchons une instrumentalisation exempte de doutes à propos des croyances que se sont octroyées les bien-heureux du caractere prothétique de l'action humaine. Au moment ou l'hornme, de maruêre prématurée, se laisse convaincre par l'aspect, soit disant libertaire de la substitution mécanique de cette action, il se laisse par là tnême envahir par un rêve imaginaire toujours en mouvement d'un non-lieu (outopos). Lorsque la vitesse technologique se fait peu à peu ma!tre du déplacernent, comment pourrait-on s'assurer à la fois de la permanence et de l'integrité de l'espace imaginaire chez l'homrne? Et puis, exactement, ou la crise de l'ocupation/ oriéntation de l'espace s'ouvre-t-elle vers la crise de la sigrufication/sens temporelle? En permettant la cohabitation entre un temps de paix et un temps de guerre, nous rénonçons à l'intervention politique dans les contours de l'espace de la cité-Terre, et ceei, aussi bien sous le point de vue du concret que sous le point de vue de l'imaginaire. C'est ainsi que les contours architectoniques de la polis, tout comrne ceux des expréssions imaginaires d' une idéation poli tique font apparemment écho à la sédimentation d'une Guerre Totale qui répond, elle, sans aucun doute, à une politique de la vitesse. Énergie et information s'unissent à tnerveille dans l'infographie, et dês lors elles tracent le profil d'une violence inouie, et dans l'automation et dans la centralisation instantanée de la décision. Le style de médiation des vecteurs qui démarquent le status de la socialité doit, impérativement, changer. Lorsque les moyens concrets et imaginaires de projection et transmission dans les techniques du rnouvement établissent des glissements perceptifs majeurs dans nos pratiques véhiculaires, ne devrions-nous pas naus interroger s' il appartiendra aussi à la vitesse la fonction de vérifier le sens du droit et de la justice, étant donné que sa premiere fonction est déjà celle de vérifier le sens et la signification de la ligne droite? Au moyen d'une crítique de l'espace, nous devons résister à sa consommation. Cette critique doit pouvoir donner l'essor à une architecture du vécu et, ce faisant, elle doit pouvoir dissoudre les systemes poli tiques actuels dans l'espace des transgréssions tout comme à travers la variabilité des usages, en transformant l'espace lui-même et l'activité social e qui en découle. La disparition de l'espace du parcours entraine celle du lieu: la supraconductivité des moyens, accrue de sa hyperconductibilité nous amenera à une concentration du pouvoir et, lorsque la politique devient une balistique et la géopolitique se transforme en stratégie, il est urgent d'établir le trajet d'une analyse pour cette incontinence véhiculaire de l'Occident industriel, il est urgent d'acclamer la dromologie!fr
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectVirilio, Paul, 1932-2018 : Crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subjectFilosofia contemporâneapt_BR
dc.subjectFilosofia francesapt_BR
dc.subjectFilosofia políticapt_BR
dc.subjectTempo (Filosofia)pt_BR
dc.titleDa dromologia : Paul Virilio e a poética do movimentopt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb000316858pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Filosofia e Ciências Humanaspt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Filosofiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2001pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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