Prevalência e fatores associados a depressão em servidores públicos do Judiciário Federal do Rio Grande do Sul, 2018
dc.contributor.advisor | Oliveira, Paulo Antonio Barros | pt_BR |
dc.contributor.author | Sanduane, Lídia Deise Ilídio | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-05-10T06:56:37Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2023 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/291498 | pt_BR |
dc.description.abstract | Introdução: As mudanças no ritmo do trabalho exigem que o trabalhador seja dinâmico e se adapte rapidamente, porém, essa exigência pode gerar pressões psicológicas e físicas que podem levar a problemas de saúde mental. Os transtornos mentais e sintomas depressivos são uma das principais causas de afastamento laboral, entretanto ainda há lacunas no conhecimento sobre a prevalência de sintomas depressivos em servidores públicos da área judiciária. Objetivo: identificar a prevalência dos sintomas depressivos, e seus fatores associados em trabalhadores do Judiciário Federal do Rio Grande do Sul em 2018. Metodologia: Este é um estudo transversal com abordagem quantitativa, no qual participaram voluntariamente 1637 servidores do Judiciário Federal do Rio Grande do Sul. A coleta de dados foi feita por meio de um questionário online autoaplicável, que abordou variáveis socioeconômicas e ocupacionais. Para mensurar os sintomas depressivos, foi utilizado o Patient Health Questionnaire 9 (PHQ9). Foi feita a análise descritiva, na sequência realizada análise bivariada e multivariada por meio de regressão logística, testando a associação entre as variáveis independentes e o desfecho, estimando as razões de chance de prevalência e os intervalos de confiança em 95% e p<0,05como estatisticamente significante. Resultados e discussão: A prevalência de sintomas depressivos entre servidores públicos do Judiciário foi elevada (29,6%), superando as médias globais (4,4 a 9%) e confirmando tendências previamente observadas no Brasil. Características socioeconômicas, como menor escolaridade e sobrecarga de trabalho, contribuíram para o aumento dos sintomas depressivos. Além disso, fatores ocupacionais, como a realização de horas extras(POR=1,49; IC95% 1,20- 1,85), a alta pressão para cumprimento de metas(POR=2,4; IC95% 1,87-3,19), o trabalho de alto desgaste (POR=4,5; IC95% 3,22-6,20, o desequilíbrio esforço-recompensa (POR=2,5; IC95% 1,92-3,38) e a exposição ao assédio moral (POR=3,4; IC95% 2,64-4,48) destacaramse com forte associação à ocorrência de sintomas depressivos, reforçando o papel central dos fatores ocupacionais, particularmente dos psicossociais na determinação da saúde mental dos trabalhadores e o estresse psicológico. Aplicabilidade no campo da Saúde Coletiva: Este estudo contribui para a Saúde Coletiva ao evidenciar a elevada prevalência de sintomas depressivos entre servidores públicos e identificar fatores ocupacionais e socioeconômicos associados, muitos deles passíveis de intervenção. Os resultados reforçam a necessidade de políticas públicas e estratégias de promoção da saúde mental no trabalho, fundamentadas nos princípios de vigilância em saúde, equidade e determinantes sociais da saúde. Além disso, sinalizam a importância de monitorar os impactos das transformações organizacionais e tecnológicas sobre o bem-estar dos trabalhadores. Considerações finais: Esses resultados reforçam a necessidade de implementar políticas de saúde ocupacional voltadas para a identificação precoce, monitoramento contínuo e prevenção dos fatores psicossociais de risco, visando a promoção da saúde mental e a melhoria das condições de trabalho no setor público. Além disso, estudos longitudinais futuros são recomendados para melhor compreender as relações causais entre fatores ocupacionais e sintomas depressivos em contextos de mudança organizacional. | pt_BR |
dc.description.abstract | Introduction: Changes in work pace demand that workers be dynamic and quickly adaptable; however, these demands may generate psychological and physical pressures that can lead to mental health problems. Mental disorders and depressive symptoms are among the leading causes of work leave, yet there are still gaps in knowledge regarding the prevalence of depressive symptoms among public servants in the judiciary sector. Objective: To identify the prevalence of depressive symptoms and their associated factors among Federal Judiciary workers in Rio Grande do Sul, Brazil, in 2018. Methodology: This is a cross-sectional study with a quantitative approach, involving 1,637 voluntary participants from the Federal Judiciary of Rio Grande do Sul. Data collection was conducted through a self-administered online questionnaire addressing socioeconomic and occupational variables. Depressive symptoms were measured using the Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Descriptive analysis was performed, followed by bivariate and multivariate analyses using logistic regression to test associations between independent variables and the outcome, estimating prevalence odds ratios and 95% confidence intervals, with p<0.05 considered statistically significant. Results and Discussion: The prevalence of depressive symptoms among public judiciary workers was high (29.6%), exceeding global averages (4.4% to 9%) and confirming trends previously observed in Brazil. Socioeconomic characteristics, such as lower educational attainment and work overload, contributed to the increase in depressive symptoms. Occupational factors—including overtime work (OR=1.49; 95% CI: 1.20–1.85), high pressure to meet targets (OR=2.4; 95% CI: 1.87–3.19), high-strain work (OR=4.5; 95% CI: 3.22–6.20), effort–reward imbalance (OR=2.5; 95% CI: 1.92–3.38), and exposure to workplace bullying (OR=3.4; 95% CI: 2.64–4.48)—were strongly associated with depressive symptoms. These findings reinforce the central role of occupational, particularly psychosocial, factors in determining workers' mental health and psychological stress. Applicability to Public Health: This study contributes to Public Health by demonstrating the high prevalence of depressive symptoms among public servants and identifying modifiable occupational and socioeconomic risk factors. The findings underscore the need for public policies and workplace strategies focused on mental health promotion, aligned with the principles of health surveillance, equity, and the social determinants of health. Additionally, they emphasize the importance of monitoring the impact of organizational and technological changes on worker well-being. Final Considerations: The results support the urgent implementation of occupational health policies aimed at early detection, continuous monitoring, and prevention of psychosocial risk factors, thereby promoting mental health and improving working conditions in the public sector. Future longitudinal studies are recommended to clarify the causal relationships between occupational exposures and depressive symptoms in evolving organizational contexts. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Depression | en |
dc.subject | Depressão | pt_BR |
dc.subject | Saúde ocupacional | pt_BR |
dc.subject | Occupational health | en |
dc.subject | Empregados do governo | pt_BR |
dc.subject | Government employees | en |
dc.subject | Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.title | Prevalência e fatores associados a depressão em servidores públicos do Judiciário Federal do Rio Grande do Sul, 2018 | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.contributor.advisor-co | Feijó, Fernando Ribas | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001256621 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Escola de Enfermagem | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2023 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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