Avaliação da mortalidade e intensidade de tratamento em pacientes idosos internados em unidade de terapia intensiva

Abstract

A população global está envelhecendo, e a proporção de idosos admitidos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) está aumentando. Neste contexto, e fundamental alcançar um equilíbrio entre a utilização de recursos de saúde e de alto custo e a intensidade de tratamento. O presente estudo teve por objetivo avaliação da mortalidade dos pacientes idosos com mais de 80 anos e em ventilação mecânica internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a relação com a intensidade de tratamento utilizada. Para isso, foi feita análise de coorte retrospectiva de banco de dados institucional de pacientes consecutivos internados nos 31 leitos da UTI entre janeiro de 2008 e dezembro de 2014. Dos resultados, 376 (78%) tinham idade entre 80 e 89 anos, com uma média de idade de 85,84. A mortalidade total durante a admissão na UTI foi de 46%. Não houve relação de intensidade de tratamento medido com TISS e mortalidade na UTI na amostra analisada. Os dados analisados sugerem que uma maior intensidade de tratamento parece não se traduzir em melhora de desfecho.

The global population is aging, and the proportion of elderly patients admitted to Intensive Care Units (ICUs) is increasing. In this context, it is essential to achieve a balance between the utilization of high-cost healthcare resources and the intensity of treatment provided. This study aimed to evaluate the mortality of elderly patients over 80 years of age on mechanical ventilation admitted to the ICU and its relationship with the intensity of treatment used. A retrospective cohort analysis was conducted using an institutional database of consecutive patients admitted to the 31 ICU beds between January 2008 and December 2014. The results indicated that 376 (78%) of the patients were aged between 80 and 89 years, with a mean age of 85.84. The overall mortality during ICU admission was 46%. No correlation was found between treatment intensity, as measured by TISS, and mortality in the ICU within the analyzed sample. The data suggest that greater treatment intensity does not appear to translate into improved outcomes.