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dc.contributor.advisorCarvalho, Clarissa Gutierrezpt_BR
dc.contributor.authorHoller, Sizuane Riegerpt_BR
dc.date.accessioned2025-04-10T06:59:13Zpt_BR
dc.date.issued2024pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/289955pt_BR
dc.description.abstractIntrodução: A toxoplasmose afeta cerca de um terço da população mundial. Quando a infecção ocorre durante a gestação, pode ocasionar transmissão do parasita ao feto pela via hematogênica transplacentária. A infecção transplacentária traz alto risco de sequelas para o recém-nascido, como deficiência visual, deficiência auditiva e alterações neurológicas. Apesar disto, há poucos estudos sobre a incidência de toxoplasmose congênita sintomática em um país com alta soroprevalência como o Brasil, o que prejudica a identificação de fatores de risco, implementação de medidas de prevenção e o melhor manejo destes pacientes. Objetivos: Identificar a incidência de expostos a toxoplasmose gestacional entre os nascidos vivos no centro obstétrico, bem como descrever os fatores associados à exposição e desenvolvimento da toxoplasmose congênita. Metodologia: Estudo de coorte, observacional, retrospectivo. A amostra foi obtida a partir de dados coletados de todos os nascidos expostos a toxoplasmose gestacional e encaminhados ao Ambulatório de Expostos à Toxoplasmose Gestacional do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. O prontuário médico foi a fonte de pesquisa para este estudo. Os dados obtidos no estudo foram armazenados em banco de dados constituído para esse fim específico, utilizando o programa Excel. Posteriormente os dados foram processados e analisados com o auxílio do programa SPSS, versão 18.0 (Statistical Package for Social Sciences). Para calcular as diferenças entre os grupos expostos que desenvolveram a doença e os que não desenvolveram a doença foi utilizado o teste de qui-quadrado, com análise de resíduos quando consideradas as diversas categorias, Teste t de Student ou ANOVA quando variáveis contínuas, e Kruskal-Wallis se assimetria (três grupos ou mais, senão U Mann Whitney). O nível de significância estatística foi considerado para um valor de p menor do que 0,05. Resultados: Durante o período de estudo, nasceram 191 crianças expostas à toxoplasmose. Destas, 21 crianças desenvolveram toxoplasmose congênita e necessitaram de tratamento. A incidência de pacientes com toxoplasmose congênita nesta população foi de 7,26 para cada 10.000 nascidos vivos. A idade materna média foi de 25,7 anos (DP 6,36), apenas 36,7% tinham ensino médio completo. O tratamento foi instituído em 116 das 191 gestantes (61%). Cerca de 12% dos bebês foram prematuros (23,8% dos infectados versus 10,6%, p=0,14), 15,8% eram pequenos para a idade gestacional (25% dos infectados versus 14,7%, p=0,48). A sorologia IgM ao nascimento foi reagente em 9 dos RN estudados e indeterminada em 1. Dos RN avaliados, 11 tiveram alteração neurológica, 5 apresentaram cicatriz oftalmológica de lesão de toxoplasmose e 12 tiveram alteração audiológica (1 com a infecção confirmada). O tratamento tríplice foi instituído em todas as 21 crianças com evidência de toxoplasmose congênita. Conclusão: A incidência global de toxoplasmose congênita está dentro do esperado para as taxas nacionais, no entanto, é superior a países desenvolvidos como Austrália, Estados Unidos e França, possivelmente devido à maior virulência do patógeno e condições higiênico-sanitárias na América do Sul e no Brasil.pt_BR
dc.description.abstractIntroduction: Toxoplasmosis affects about one-third of the global population. When the infection occurs during pregnancy, it can lead to the transmission of the parasite to the fetus through the hematogenous transplacental route. Transplacental infection carries a high risk of sequelae for the newborn, such as visual impairment, hearing loss, and neurological alterations. Despite this, there are few studies on the incidence of symptomatic congenital toxoplasmosis in a country with high seroprevalence like Brazil, which hinders the identification of risk factors, implementation of preventive measures, and the optimal management of these patients. Objectives: To identify the incidence of exposure to gestational toxoplasmosis among live births in the obstetric center, as well as to describe the factors associated with exposure and the development of congenital toxoplasmosis. Methodology: Cohort, observational, retrospective study. The sample was obtained from data collected on all births exposed to gestational toxoplasmosis and referred to the Gestational Toxoplasmosis Exposure Outpatient Clinic at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Medical records were the source of data for this study. The data obtained were stored in a database created specifically for this purpose using Excel. Subsequently, the data were processed and analyzed with the help of SPSS version 18.0 (Statistical Package for Social Sciences). The chi-square test was used to calculate differences between the exposed groups who developed the disease and those who did not, with residue analysis when considering the various categories. The Student’s t-test or ANOVA was used for continuous variables, and the Kruskal-Wallis test was used for asymmetry (three or more groups, otherwise the Mann-Whitney U test). Statistical significance was considered for a p-value less than 0.05. Results: During the study period, 191 children exposed to toxoplasmosis were born. Of these, 21 children developed congenital toxoplasmosis and required treatment. The incidence of congenital toxoplasmosis in this population was 7.26 per 10,000 live births. The average maternal age was 25.7 years (SD 6.36), and only 36.7% had completed high school. Treatment was initiated in 116 out of 191 pregnant women (61%). About 12% of the babies were premature (23.8% of infected versus 10.6%, p=0.14), and 15.8% were small for gestational age (25% of infected versus 14.7%, p=0.48). At birth, IgM serology was positive in 9 of the newborns studied and indeterminate in 1. Among the evaluated newborns, 11 had neurological alterations, 5 had ocular scars from toxoplasmosis lesions, and 12 had auditory alterations (1 with confirmed infection). Triple treatment was initiated in all 21 children with evidence of congenital toxoplasmosis. Conclusion: The global incidence of congenital toxoplasmosis is within the expected range for nacional rates, however, it is higher than in developed countries such as Australia, the United States, and France, possibly due to the higher virulence of the pathogen and hygienic-sanitary conditions in South America and Brazil.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPediatricsen
dc.subjectRecém-nascidopt_BR
dc.subjectToxoplasmose congênitapt_BR
dc.subjectCongenital toxoplasmosisen
dc.subjectComorbidadept_BR
dc.subjectComorbiditiesen
dc.subjectEstudos de coortespt_BR
dc.subjectCohort studyen
dc.titleEstudo de coorte de recém-nascidos expostos à toxoplasmose gestacional em um hospital universitário no Sul do Brasilpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb001244777pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescentept_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2024pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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