As práticas em saúde para o enfrentamento da COVID-19 em dois municípios rurais do estado do Rio Grande do Sul
dc.contributor.advisor | Riquinho, Deise Lisboa | pt_BR |
dc.contributor.author | Souto, Lúcia Helena Donini | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-02-05T06:38:44Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2024 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/284772 | pt_BR |
dc.description.abstract | Introdução: As regiões rurais foram locais em que se teve aumento dos casos e óbitos por COVID-19, decorrentes de diversos desafios devido aos poucos recursos em saúde e a dificuldades de acesso aos centros urbanos. Objetivo: compreender as práticas em saúde para o enfrentamento da COVID-19 em dois municípios rurais com diferentes taxas de mortalidade pela doença no estado do Rio Grande do Sul. Métodos: Pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, realizada com profissionais da Atenção Primária à Saúde e atores-chave de dois municípios rurais (A e B) do Rio Grande do Sul, totalizando 20 participantes. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas semiestruturadas, informações documentais e registros em arquivos. As entrevistas foram submetidas à análise de conteúdo. Com vistas à triangulação dos dados utilizou-se a análise narrativa. A pesquisa foi submetida e aprovada em Comitê de Ética em Pesquisa sob o n° CAEE 31545920.2.0000.5327. Resultados: As taxas de mortalidade acumulativa pela COVID-19 por 100 mil habitantes, foram de 661 e zero, no município A e B, respectivamente, no período de 2020 a 2021. No município A, a faixa-etária da população era heterogênea, sendo que a maioria da população trabalhava em frigoríficos de municípios vizinhos, além de apresentarem importante vulnerabilidade social e forte violência política. No município B, a faixa-etária predominante eram idosos com 60 anos ou mais, sendo a principal fonte de renda a agricultura familiar. Foi relatado histórico de bons indicadores de saúde, mesmo antes do surgimento da pandemia, mostrando uma organização prévia do serviço. Em relação às práticas em saúde, observou-se que ambas as equipes da APS apresentaram uma reorganização dos fluxos de atendimento à população, monitorização dos pacientes, mudanças nas salas para diminuição da transmissão entre profissionais de saúde, aquisição de materiais e equipamentos necessários para o período. Houve algumas diferenças em relação ao uso de medicações, como o “Kit Covid” pela equipe do município A. Considerações finais: sses fatores podiam ser preditores no aumento da taxa de mortalidade por COVID-19 no município A. Portanto, podem-se compreender as práticas em saúde para o enfrentamento da doença considerando-se as diferentes taxas de mortalidade nos dois municípios em questão. Tais práticas constituem-se da interação entre dispositivos de saúde, gestores, profissionais e população. | pt_BR |
dc.description.abstract | Introduction: Rural regions have been places where an increase in COVID-19 cases and deaths was observed, due to various challenges stemming from limited healthcare resources and difficulties in accessing urban centers. Purpose: To understand health practices for coping with COVID-19 in two rural municipalities with different mortality rates from the disease in the state of Rio Grande do Sul. Methods: Qualitative research, specifically a case study, conducted with Primary Healthcare professionals and key stakeholders from two rural municipalities (A and B) in Rio Grande do Sul, totaling 20 participants. Data collection involved semi-structured interviews, documentary information, and archival records. The interviews were submitted to content analysis. Narrative analysis was used for data triangulation. The research protocol was submitted to and approved by an Ethics Research Committee, n° CAEE 31545920.2.0000.5327. Results: The cumulative mortality rates due to COVID-19 per 100,000 inhabitants were 661 and zero in municipalities A and B, respectively, from 2020 to 2021. Furthermore, Primary Health Care appeared as the sole healthcare facility with limitations in Health Service Networks due to distance and poor access. In municipality A, the population spanned a heterogeneous age range, including children, few elderly individuals, and young adults around 40 years old. Most residents worked in neighboring municipalities' meat processing plants, facing increased social vulnerability due to significant political violence. In municipality B, the predominant age group was elderly individuals aged 60 or older, with family farming as the main source of income. There was a history of good health indicators even before the pandemic, indicating prior service organization. Regarding health practices, both Primary Healthcare teams reorganized service delivery flows, monitored patients closely, redesigned rooms to reduce transmission among healthcare professionals, and acquired necessary materials and equipment. Differences were noted in medication use, such as the use of "Covid Kits" by the municipality A team. Participants reported that the population disbelieved in the severity of the disease and underestimated instituted measures - a critical factor contributing to the high COVID-19 mortality rate, increasing distress in that municipality. Final considerations: The rural municipalities exhibited their own unique characteristics, yet both Primary Healthcare teams largely adopted similar measures to confront COVID-19. The populations had varying perceptions of the disease, with political influence and denialism evident in one municipality, alongside challenges in accessing and obtaining resources from the Health Service Network, which were present in both A and B municipalities. It was concluded that these factors could predict the increased COVID-19 mortality rate in municipality A. Therefore, it is possible to understand health practices for combating the disease by considering the different mortality rates in the two municipalities studied. Such practices involve the interaction among healthcare facilities, administrators, professionals, and the population. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Primary health care | en |
dc.subject | Atenção primária à saúde | pt_BR |
dc.subject | Nursing | en |
dc.subject | COVID-19 | pt_BR |
dc.subject | Mortalidade | pt_BR |
dc.subject | Mortality | en |
dc.subject | Saúde da população rural | pt_BR |
dc.subject | Rural health | en |
dc.subject | Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.title | As práticas em saúde para o enfrentamento da COVID-19 em dois municípios rurais do estado do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001240942 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Escola de Enfermagem | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Enfermagem | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2024 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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