Sintomas físicos, psíquicos e cognitivos persistentes da COVID-19 na população em geral e entre trabalhadores de saúde : revisão sistemática com metanálise
dc.contributor.advisor | Dal Pai, Daiane | pt_BR |
dc.contributor.author | Boufleuer, Eduarda | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2025-02-05T06:38:17Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2024 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/284738 | pt_BR |
dc.description.abstract | Introdução: a pandemia da COVID-19 foi responsável por um elevado número de infecções e óbitos no mundo. A doença pode se manifestar em diferentes níveis de gravidade, sendo o sistema respiratório o mais comumente acometido. Os trabalhadores de saúde foram expostos a altas cargas virais no cuidado aos pacientes infectados, o que foi comprovado pelas elevadas taxas de infecção nessa população. Sabe-se que os sintomas podem persistir após a infecção aguda, caracterizando a Síndrome Pós-COVID ou Long COVID, que impacta na qualidade de vida dos indivíduos afetados. Considerando que os trabalhadores de saúde foram um grupo altamente exposto ao vírus, os sintomas persistentes também podem estar presentes mesmo após a infecção cessada. Para este trabalho, buscou-se responder à seguinte questão: “Quais são os sintomas físicos, psíquicos e cognitivos persistentes decorrentes da infecção por SARS-CoV-2 mais prevalentes na população em geral e entre os trabalhadores da saúde, oriundos de estudos de coorte?” Objetivo: identificar as prevalências dos sintomas físicos, psíquicos e cognitivos persistentes da COVID-19 na população em geral e nos trabalhadores de saúde infectados pela doença, a partir de evidências oriundas de estudos de coorte. Método: trata-se de uma revisão sistemática com metanálise, guiada por PRISMA. O protocolo foi registrado na plataforma PROSPERO sob número CRD42023460632. Foram incluídos apenas estudos de coorte com acompanhamento após diagnóstico confirmado de COVID-19 de no mínimo 12 semanas após a infecção. Pesquisas exclusivamente com população pediátrica foram excluídas. As buscas foram feitas em novembro de 2023 nas bases de dados Embase, LILACS/BVS, Pumed, Scielo, Scopus e literatura cinzenta, com descritores de Síndrome Pós-COVID e estudos de coorte, associados aos operadores booleanos. As duplicatas foram excluídas através do Endnote. Os artigos foram selecionados por dois revisores independentes com auxílio do software Rayyan, e, após, foram extraídos em tabela Excel. Foram extraídos todos os sintomas emergidos na leitura dos estudos na íntegra. Utilizou-se o modelo aleatório para a metanálise de prevalência combinada (com intervalo de confiança de 95%) no software R, para os desfechos mais prevalentes. Para redução de heterogeneidade, foram realizadas análises de subgrupos. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada através da Escala Newcastle-Ottawa. Resultados: foram encontrados 2.457 estudos (2.456 nas bases de dados e um pela literatura cinzenta). Após a exclusão dos artigos duplicados, 1227 artigos foram avaliados pelo título e resumo, e 204 foram submetidos à leitura na íntegra. Foi possível elencar 19 sintomas persistentes mais prevalentes, os quais foram submetidos à metanálise e apresentados por meio de dois artigos. Acerca dos sintomas físicos, foram incluídos no primeiro artigo 59 estudos, sendo a fadiga o sintoma de maior prevalência (0.29 [0.24;0.36]). No segundo artigo, no qual foram abordadas as alterações psíquicas e cognitivas, foram incluídos 47 estudos, com destaque para os sintomas de ansiedade (0.17 [0.11;0.27]) e alterações cognitivas (0.15[0.11;0.20]). As prevalências de sintomas nos trabalhadores de saúde não superaram os percentuais da população em geral. Todos os desfechos analisados apresentaram alta heterogeneidade entre os estudos incluídos, mesmo após análise de subgrupos. A maioria dos estudos incluídos na revisão foi avaliado como de qualidade moderada. Considerações finais: apesar de altas prevalências de sintomas, a análise encontrou amplos intervalos de predição e elevadas heterogeneidades, o que pode estar relacionado à variabilidade nos métodos de coleta de dados, característica de estudos do cenário pandêmico. Quanto aos profissionais de saúde, o resultado pode estar relacionado à precocidade da identificação dos sintomas e tratamento dos mesmos. Medidas para mitigar os danos causados pelos efeitos da infecção pela COVID-19 são importantes e estudos longitudinais podem incrementar a compreensão da temática. | pt_BR |
dc.description.abstract | Introduction: the COVID-19 pandemic has been responsible for a high number of infections and deaths worldwide. The disease can manifest itself in different levels of severity, with the respiratory system being the most commonly affected. Healthcare workers have been exposed to high viral loads while caring for infected patients, which has been proven by the high infection rates in this population. It is known that symptoms can persist after acute infection, characterizing Post-COVID Syndrome or Long COVID, which impacts the quality of life of affected individuals. Considering that healthcare workers were a group highly exposed to the virus, persistent symptoms may also be present even after the infection has ceased. For this study, we sought to answer the following question: “What are the most prevalent persistent physical, psychological, and cognitive symptoms resulting from SARS-CoV-2 infection in the general population and among healthcare workers?” Objective: to identify the prevalence of persistent physical, psychological, and cognitive symptoms of COVID-19 in the general population and in healthcare workers infected with the disease, based on evidence from cohort studies. Method: this is a systematic review with meta-analysis, guided by PRISMA. The protocol was registered on the PROSPERO platform under number CRD42023460632. Only cohort studies with follow-up after a confirmed diagnosis of COVID-19 at least 12 weeks after infection were included. Studies exclusively with the pediatric population were excluded. Searches were conducted in November 2023 in the Embase, LILACS/BVS, Pumed, Scielo, Scopus, and gray literature databases, with descriptors of Post-COVID Syndrome and cohort studies, associated with Boolean operators. Duplicates were excluded using Endnote. The articles were selected by two independent reviewers with the aid of Rayyan software, and then extracted into an Excel table. All symptoms that emerged from the full-text reading of the studies were extracted. The random model was used for the combined prevalence meta-analysis (with a 95% confidence interval) in the R software for the most prevalent outcomes. To reduce heterogeneity, subgroup analyses were performed. The methodological quality of the studies was assessed using the Newcastle-Ottawa Scale. Results: 2,457 studies were found (2,456 in the databases and one in the gray literature). After excluding duplicate articles, 1,227 articles were evaluated by title and abstract, and 204 were read in full. It was possible to list 19 most prevalent persistent symptoms, which were subjected to meta-analysis and presented in two articles. Regarding physical symptoms, 59 studies were included in the first article, with fatigue being the most prevalent symptom (0.29 [0.24;0.36]). In the second article, which addressed psychological and cognitive changes, 47 studies were included, with emphasis on anxiety symptoms (0.17 [0.11;0.27]) and cognitive changes (0.15[0.11;0.20]). The prevalence of symptoms in health workers did not exceed the percentages of the general population. All outcomes analyzed showed high heterogeneity among the included studies, even after subgroup analysis. Most of the studies included in the review were assessed as being of moderate quality. Final considerations: despite high prevalence of symptoms, the analysis found wide prediction intervals and high heterogeneity, which may be related to the variability in data collection methods, a characteristic of studies in the pandemic scenario. As for health professionals, the result may be related to the early identification of symptoms and their treatment. Measures to mitigate the damage caused by the effects of COVID-19 infection are important, and longitudinal studies can increase understanding of the topic. | en |
dc.description.abstract | Introducción: la pandemia de COVID-19 fue responsable de un elevado número de infecciones y muertes en todo el mundo. La enfermedad puede manifestarse con diferentes niveles de gravedad, siendo el sistema respiratorio el más comúnmente afectado. Los trabajadores de la salud estuvieron expuestos a altas cargas virales cuando atendían a pacientes infectados, como lo demuestran las altas tasas de infección en esta población. Se sabe que los síntomas pueden persistir después de una infección aguda, caracterizando el síndrome post-COVID o COVID prolongado, que impacta la calidad de vida de las personas afectadas. Teniendo en cuenta que los trabajadores de la salud eran un grupo altamente expuesto al virus, los síntomas persistentes también pueden presentarse incluso después de que la infección haya cesado. Para este trabajo buscamos responder a la siguiente pregunta: “¿Cuáles son los síntomas físicos, psicológicos y cognitivos persistentes resultantes de la infección por SARS-CoV-2 más prevalentes en la población general y entre los trabajadores de la salud, derivados de estudios de cohortes?” Objetivo: identificar la prevalencia de síntomas físicos, psicológicos y cognitivos persistentes de COVID-19 en la población general y en los trabajadores de la salud infectados por la enfermedad, con base en evidencia de estudios de cohorte. Método: se trata de una revisión sistemática con metanálisis, guiada por PRISMA. El protocolo fue registrado en la plataforma PROSPERO con el número CRD42023460632. Solo se incluyeron estudios de cohortes con seguimiento después de un diagnóstico confirmado de COVID-19 de al menos 12 semanas después de la infección. Se excluyeron las investigaciones exclusivamente con población pediátrica. Las búsquedas se realizaron en noviembre de 2023 en las bases de datos Embase, LILACS/BVS, Pumed, Scielo, Scopus y literatura gris, con descriptores de Síndrome Post-COVID y estudios de cohortes, asociados a operadores booleanos. Los duplicados se excluyeron mediante Endnote. Los artículos fueron seleccionados por dos revisores independientes con la ayuda del software Rayyan y luego se extrajeron en una tabla de Excel. Se extrajeron todos los síntomas que surgieron al leer los estudios en su totalidad. El modelo aleatorio se utilizó para el metanálisis de prevalencia combinado (con un intervalo de confianza del 95%) en el software R, para los resultados más prevalentes. Para reducir la heterogeneidad, se realizaron análisis de subgrupos. La calidad metodológica de los estudios se evaluó mediante la escala de Newcastle-Ottawa. Resultados: se encontraron 2.457 estudios (2.456 en las bases de datos y uno en la literatura gris). Después de excluir los artículos duplicados, se evaluaron 1227 artículos por título y resumen, y 204 se enviaron para lectura completa. Fue posible enumerar 19 síntomas persistentes más prevalentes, que fueron sometidos a metanálisis y presentados en dos artículos. En cuanto a los síntomas físicos, en el primer artículo se incluyeron 59 estudios, siendo la fatiga el síntoma más prevalente (0,29 [0,24;0,36]). En el segundo artículo, en el que se abordaron los cambios psíquicos y cognitivos, se incluyeron 47 estudios, con énfasis en síntomas de ansiedad (0,17 [0,11;0,27]) y cambios cognitivos (0,15[0,11;0,20]). La prevalencia de síntomas en el personal sanitario no superó los porcentajes en la población general. Todos los resultados analizados mostraron una alta heterogeneidad entre los estudios incluidos, incluso después del análisis de subgrupos. La mayoría de los estudios incluidos en la revisión se consideraron de calidad moderada. Consideraciones finales: a pesar de la alta prevalencia de síntomas, el análisis encontró amplios intervalos de predicción y alta heterogeneidad, lo que puede estar relacionado con la variabilidad en los métodos de recolección de datos, característica de los estudios en el escenario de pandemia. En cuanto a los profesionales de la salud, el resultado puede estar relacionado con la identificación temprana de los síntomas y su tratamiento. Las medidas para mitigar los daños causados por los efectos de la infección por COVID-19 son importantes y los estudios longitudinales pueden aumentar la comprensión del tema. | es |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Síndrome de COVID-19 pós-aguda | pt_BR |
dc.subject | Post-acute COVID-19 syndrome | en |
dc.subject | Health personnel | en |
dc.subject | Pessoal de saúde | pt_BR |
dc.subject | Mental health | en |
dc.subject | Saúde mental | pt_BR |
dc.subject | Cohort studies | en |
dc.subject | Estudos de coortes | pt_BR |
dc.subject | Revisão sistemática | pt_BR |
dc.subject | Nursing | en |
dc.subject | Systematic review | en |
dc.subject | Síndrome post agudo de COVID-19 | es |
dc.subject | Personal de salud | es |
dc.subject | Salud mental | es |
dc.subject | Estudios de cohortes | es |
dc.subject | Enfermería | es |
dc.subject | Revisión sistemática | es |
dc.title | Sintomas físicos, psíquicos e cognitivos persistentes da COVID-19 na população em geral e entre trabalhadores de saúde : revisão sistemática com metanálise | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001241032 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Escola de Enfermagem | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Enfermagem | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2024 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
Este item está licenciado na Creative Commons License

-
Ciências da Saúde (9235)Enfermagem (639)