O impacto do open finance no mercado financeiro brasileiro de 2021 a 2023

Abstract

Este trabalho objetiva analisar os impactos do Open Finance no mercado financeiro brasileiro, com ênfase na inclusão financeira, competitividade, inovação de produtos e experiência do consumidor. O Open Finance visa promover o compartilhamento seguro de dados financeiros com o consentimento do consumidor, incentivando a personalização dos serviços e a competição no setor, além de ampliar o acesso a serviços financeiros para indivíduos e pequenas empresas antes excluídos. A metodologia utilizada consiste em uma análise comparativa das implementações de Open Finance em países como Reino Unido, Austrália, Índia e Portugal, examinando o cenário antes e após a adoção do modelo. A análise inclui dados estatísticos e exemplos práticos que demonstram os impactos em cada país, fornecendo subsídios para o contexto brasileiro. Os resultados mostram que o Open Finance contribuiu para transformar os mercados financeiros nesses países, promovendo a desconcentração bancária e ampliando os serviços financeiros inovadores. No Reino Unido, a participação dos cinco maiores bancos caiu de 85% para 72% após a implementação do Open Finance, enquanto o uso de plataformas de agregação de contas aumentou em 60%. Na Austrália, o Consumer Data Right (CDR) gerou uma economia de aproximadamente 15% nos custos de serviços financeiros para consumidores. Na Índia, o Unified Payments Interface (UPI) expandiu o uso de pagamentos digitais em áreas rurais, com crescimento de mais de 4.100% nas transações mensais de 2018 a 2022. Em Portugal, fintechs que oferecem produtos personalizados aumentaram a base de clientes em 35% após o início do Open Banking. Conclui-se que o Open Finance no Brasil possui potencial para alcançar resultados semelhantes, facilitando a entrada de novos players, diversificando a oferta de produtos e beneficiando o consumidor final. No entanto, é necessário investir em regulamentação, infraestrutura tecnológica e educação financeira, assegurando a segurança e a confiança no sistema.

This study aims to analyze the impacts of Open Finance on the Brazilian financial market, with an emphasis on financial inclusion, competitiveness, product innovation, and consumer experience. Open Finance seeks to promote the secure sharing of financial data with consumer consent, encouraging service personalization and sector competition, while expanding access to financial services for individuals and small businesses previously excluded. The methodology used consists of a comparative analysis of Open Finance implementations in countries such as the United Kingdom, Australia, India, and Portugal, examining the scenario before and after the adoption of the model. The analysis includes statistical data and practical examples that demonstrate the impacts in each country, providing insights for the Brazilian context. Results show that Open Finance has contributed to transforming financial markets in these countries, promoting Banking deconcentration and expanding innovative financial services. In the United Kingdom, the market share of the five largest banks decreased from 85% to 72% after implementing Open Finance, while the use of Account aggregation platforms increased by 60%. In Australia, the Consumer Data Right (CDR) led to approximately 15% savings in financial service costs for consumers. In India, the Unified Payments Interface (UPI) expanded the use of digital payments in rural areas, with a transaction growth of over 4,100% from 2018 to 2022. In Portugal, fintechs offering personalized products increased their customer base by 35% following the start of Open Banking. It is concluded that Open Finance in Brazil has the potential to achieve similar results, facilitating the entry of new players, diversifying product offerings, and benefiting the end consumer. However, it is necessary to invest in regulation, technological infrastructure, and financial education, ensuring system security and consumer trust.