Caminhos para a desmedicalização na educação : imaginar outros mundos possíveis para infâncias no pós-pandemia

Abstract

Partindo do campo de conhecimento da psicologia social e da educação, este artigo-ensaio tem como eixo central problematizar a proliferação de diagnósticos no campo das infâncias, principalmente o Transtorno Opositor Desafiador (TOD). Defendemos a necessidade de inventarmos outras formas de nos relacionarmos com crianças no pós-pandemia por COVID-19 e pensarmos em como estamos acolhendo suas oposições ao mundo que ofertamos as mesmas. Para tanto, pensamos nas infâncias dissidentes, infâncias negras, infâncias pobres; nos inspiramos em todas as crianças que precisam lidar com adultas/os que estão cansadas/os demais para entender as necessidades desta faixa etária. Compomos nosso texto a partir do diálogo com a obra literária De repente, nas profundezas do bosque de Amós Oz, aliançando nossa escrita com as discussões que apostam na desmedicalização das infâncias e da educação, em busca de um projeto de mundo mais amoroso e brincante.

From the field of knowledge of social psychology and education, this essay has asits central to problematize the proliferation of diagnoses in the field of childhood, mainly Oppositional Defiant Disorder (ODD). We defend the need to invent other ways of relating to children in the post-Covid-19 pandemic and think about how we are accepting their opposition to the world we offerthem. Therefore, we think about dissident childhoods, black childhoods, poor childhoods. We are inspired by all the children who have to deal with adults who are too tired to understand the needs of this age group. We composed our text based on dialogue with the novel titled Suddenly, in the depths of the forest, by Amós Oz, combining our writing with discussions that focus on the demedicalization of childhood and education, in search of a more loving and playful world project.