New contributions to the taxonomy of the freshwater anomuran genus Aegla Leach, 1821 (Decapoda: Anomura: Aeglidae) from Southern Brazil

Abstract

The freshwater eglids of Brazil belong to the genus Aegla Leach, 1820 and are widely distributed in southern South America, with the northern limit of distribution being the municipality of Claraval, on the border between the states of São Paulo and Minas Gerais, Brazil (Aegla franca Schmitt, 1942) (Schmitt, 1942) and to the south, Duke of York Island, Chile (Aegla alacalufi Jara & Lopez, 1981). Genus consists over more 90 species describe, with 35 species described for Brazil. However, the diversity of the genus is still underestimated due to cryptic species, as has already been described in the case of Aegla platensis (Schmitt, 1942). The world's most endangered group of crustaceans, they are at risk due to their high degree of endemism, restricted areas of occupation, often restricted to the type locality, fragmented distribution and human activity. The objectives of this dissertation are to describe two new species of the genus Aegla using morphological data, and to estimate the risk of extinction of these species based on the IUCN Red List. The specimens used were collected during a master's course in 2012. They were analyzed and illustrated under a stereomicroscope with a camera lucida and edited using Photoshop CS6. In addition, the risk of extinction was assessed according to IUCN sub-criterion B1, which estimates the extent of occurrence (EOO) for the species. Two new species of Aegla were described, Aegla sp.nov. 1 and Aegla sp. nov. 2, both from the municipality of Dom Feliciano. In addition, a catalog of the types of Aegla deposited in the Crustacean Collection of the Zoology Department of the Federal University of Rio Grande do Sul was drawn up. In total, more than 1,400 batches of Aegla specimens were analyzed, comprising 81 paratypes, topotypes or syntypes. The catalog presents 40 specimens of Aegla type material organized in alphabetical order by species name, followed by the name of the author(s) and year of publication. For each species, a list of synonyms, current conservation status, distribution and bioecological information, where available, is also provided.

Os eglídeos de água doce pertencem ao gênero Aegla Leach, 1820 e são amplamente distribuídos no sul da América do Sul, tendo como limite norte de distribuição o município de Claraval, divisa entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, Brasil (Aegla franca Schmitt, 1942) e ao sul, na Ilha Duque de York, Chile (Aegla alacalufi Jara & Lopez, 1981). O gênero é composto por pouco mais de 90 espécies, com 35 espécies descritas para o Brasil. No entanto, a diversidade do gênero ainda é subestimada, devido às espécies crípticas, como já foi descrito no caso de Aegla platensis (Schmitt, 1942). Grupo mais ameaçado do mundo dentro dos crustáceos, estão em risco devido ao alto grau de endemismo, áreas de ocupação restrita, muitas vezes restrita à localidade tipo, distribuição fragmentada e atividade humana. Os objetivos desta dissertação são descrever duas novas espécies do gênero Aegla através de dados morfológicos, e estimar o risco de extinção destas espécies com base na Lista Vermelha da IUCN, os espécimes utilizados foram coletados em 2012. Foram descritos e ilustrados sob estereomicroscópio com câmera clara acoplada e editados no programa Photoshop CS6. Além disso, o risco de extinção foi avaliado de acordo com o subcritério B1 da IUCN que estima a extensão da ocorrência (EOO) para as espécies. Duas novas espécies de Aegla foram descritas, Aegla sp.nov. 1 e Aegla sp. nov. 2 ambas para o município de Dom Feliciano, Rio Grande do Sul, Brasil. Foi elaborado um catálogo dos tipos de Aegla depositados na Coleção de Crustáceos do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no total foram analisados mais de 1,400 lotes de Aegla, compreendendo 81 parátipos, topótipos ou síntipos. O catálogo apresenta 40 espécies de material-tipo de Aegla organizado em ordem alfabética pelo nome da espécie, seguido pelo nome do(s) autor(es) e ano de publicação. Para cada espécie, é também fornecida uma lista de sinônimos, o estado de conservação atual, a distribuição e informações bioecológicas, quando disponíveis.