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dc.contributor.advisorZimmer, Aline Rigonpt_BR
dc.contributor.authorSantos, Lidiane dospt_BR
dc.date.accessioned2024-08-07T06:16:14Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/277019pt_BR
dc.description.abstractAs plantas medicinais têm sido amplamente estudadas devido as suas propriedades curativas e preventivas para inúmeras doenças. Os medicamentos fitoterápicos e as plantas medicinais a base de Mikania glomerata e Mikania laevigata, conhecidas como guaco, são utilizadas para tratar diversos distúrbios respiratórios. A cumarina é citada como a principal substância responsável pela atividade broncodilatadora e definida como marcador no controle de qualidade. A espécie M. glomerata está presente na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), no entanto, segundo a literatura, ambas as espécies são comumente usadas indistintamente como guaco, e estão listadas na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do SUS (RENISUS). Devido ao interesse no uso dessas espécies no Sistema Único de saúde (SUS) no Brasil e à falta de informações clínicas sobre suas propriedades farmacológicas, este estudo teve como objetivos: (1) Revisar a literatura e propor uma discussão atualizada sobre o uso, a fitoquímica e as propriedades farmacológicas do guaco, para avaliar o real potencial terapêutico da espécie; (2) Realizar um levantamento dos municípios do Estado do Rio Grande do Sul (RS) que utilizam fitoterápicos e plantas medicinais à base das espécies M. laevigata e M. glomerata no SUS, descrever os problemas de saúde tratados, analisar o perfil dos pacientes, o perfil e a conduta do prescritor e quantificar o consumo e o custo para o SUS. A espécie M. glomerata é classificada como produto fitoterápico tradicional com indicações expectorantes e broncodilatadoras no Brasil e representa a espécie com o maior número de produtos comerciais registrados na ANVISA. Por outro lado, M. laevigata não possui nenhum registro fitoterápico junto a ANVISA. Foram encontrados na literatura apenas dois ensaios clínicos de xaropes industrializados com associação de plantas contendo M. glomerata, os quais reportam a ausência de sinais de toxicidade sistêmica. Em relação à M. laevigata, não foram encontrados na literatura estudos clínicos que avaliassem a segurança ou a eficácia terapêutica, justificando a presença dessa espécie entre as plantas prioritárias para estudos com financiamento do SUS. Com relação ao teor de cumarina, um dos principais marcadores químicos do guaco, estudos sugerem que a espécie M. laevigata apresenta maior teor quando comparada à M. glomerata, o que deve ser considerado no uso indiscriminado de ambas as espécies. Essas diferenças, aliadas à falta de ensaios clínicos com M. laevigata, sustentam a necessidade de mais estudos clínicos bem delineados para elucidar a atividade farmacológica das espécies de Mikania e fornecer base científica para os seus usos e a intercambialidade entre espécies. Como resultado da avaliação do uso das espécies no SUS no RS, foram identificados 45 municípios que dispensavam o guaco no período da pesquisa, sendo que somente um município dispensava a planta medicinal e os demais xaropes manipulados ou industrializados. Apenas produtos a base da espécie M. glomerata foram encontrados. Com relação a indicação terapêutica para prescrição do xarope de guaco, as respostas mais citadas foram tosse, expectorante e para doenças ou infecções respiratórias. Observou-se o predomínio de usuárias do sexo feminino, com maior prevalência de idade entre 40 e 59 anos. O consumo médio mensal de xaropes por município variou de 1,2 a 646 frascos e o consumo por paciente variou de 1,2 a 3,5 frascos. Com relação aos prescritores, todos eram médicos, mesmo sendo permitido a outros profissionais da saúde a prescrição de produtos tradicionais fitoterápicos como o guaco. Importante salientar, que 18 dos 23 prescritores, responderam que não conhecem o elenco de fitoterápicos da RENAME, 17 não conhecem a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e apenas um profissional entrevistado possui capacitação formal para prescrição de plantas medicinais ou fitoterápicos. Esses dados demonstram a necessidade de capacitações para os profissionais prescritores, considerando que se trata de uma Política Nacional que fomenta o uso de Fitoterápicos e Plantas medicinais pelo SUS e que em sua diretriz apresenta a necessidade de promoção de cursos de Especialização em Fitoterapia, dirigidos a profissionais de saúde da rede de Atenção Básica.pt_BR
dc.description.abstractMedicinal plants have been widely studied because of their curative and preventive properties for several diseases. Herbal medicines and medicinal plants of Mikania glomerata and Mikania laevigata, known as guaco, are used to treat various respiratory disorders. Coumarin is the primary substance responsible for bronchodilator activity and is used as a marker in quality control. M. glomerata is included in the National List of Essential Medicines (RENAME); however, according to the literature, both species are commonly used interchangeably as guaco and are also mentioned in the National List of Medicinal Plants of Interest to SUS (RENISUS). Due to the interest in the use of these species in the public health system (SUS) in Brazil and the lack of clinical information about their pharmacological properties, this study aims: (1) to review the literature and propose an updated discussion about the use, phytochemistry and pharmacological properties of guaco, to evaluate the real therapeutic potential of the species; (2) to conduct a survey of the municipalities in the State of Rio Grande do Sul (RS) using phytotherapy products and medicinal plants based on the species M. laevigata and M. glomerata in the SUS, describe the health problems treated, analyze the patients profile, the profile and conduct of the prescriber, and quantify the consumption and the cost to the SUS. M. glomerata is classified as a traditional phytotherapy product with expectorant and bronchodilator indications in Brazil and represents the species with the highest number of commercial products registered in ANVISA. On the contrary, M. laevigata does not have an industrialized herbal medicine registered in ANVISA. Two clinical trials of industrialized syrups with plant association containing M. glomerata did not show signs of systemic toxicity. Regarding M. laevigata, no clinical studies evaluating the safety or the therapeutic efficacy were found in the literature, justifying the presence of this specie among the priority plants for studies with funding from the SUS. Concerning the coumarin content, one of the primary chemical markers for guaco, studies suggest that the M. laevigata species has a higher content when compared to M. glomerata, which should be considered in the indiscriminate use of both species. These differences, allied to the lack of clinical data for M. laevigata, support the need for further well-designed clinical trials to elucidate the pharmacological activity of Mikania species and provide the scientific basis for their uses and the interchangeability between species. As a result of evaluating the use of the species in the SUS in RS, 45 municipalities were identified dispensing guaco in the research period, and just one municipality dispensed the medicinal plant. Only products based on the species M. glomerata were found. Considering the therapeutic indication for the guaco syrup prescription, the most cited answers were cough, expectorant, and for respiratory diseases or infections. A predominance of female users was observed, with a higher prevalence of age between 40 and 59 years. The average monthly consumption of guaco syrups per municipality ranged from 1.2 to 646 flasks, and the consumption per patient ranged from 1.2 to 3.5. In regard to the prescribers, all were physicians, even though other health professionals are allowed to prescribe traditional herbal products such as guaco. It is worth noting that 18 of the 23 prescribers answered that they did not have knowledge of the list of herbal medicines in the RENAME, 17 did not recognize the National Policy for Integrative and Complementary Practices (PNPIC), and only one professional had formal training to prescribe medicinal plants or herbal medicines. These data demonstrate the need for training for prescribing professionals, considering that this is a National Policy that encourages using herbal medicines and medicinal plants by SUS and that its guideline presents the need to promote specialization courses in Phytotherapy aimed at health professionals in the Primary Care system.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectMikania glomerataen
dc.subjectMikaniapt_BR
dc.subjectFitoterapiapt_BR
dc.subjectMikania laevigataen
dc.subjectGuacoen
dc.subjectSistema Único de Saúde : Rio Grande do Sulpt_BR
dc.subjectPhytotherapyen
dc.subjectPublic health systemen
dc.titleAvaliação do uso de guaco pelo Sistema Único de Saúde no Estado do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.contributor.advisor-coPilger, Diogopt_BR
dc.identifier.nrb001207570pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Farmáciapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticaspt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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