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dc.contributor.advisorBelmonte-de-Abreu, Paulo Silvapt_BR
dc.contributor.authorCristiano, Viviane Batistapt_BR
dc.date.accessioned2024-07-19T06:22:57Zpt_BR
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/276584pt_BR
dc.description.abstractA prática de uma atividade física regular traz inúmeros benefícios à saúde mental, que incluem aumento da produção de neurotransmissores, diminuição da neurotoxicidade, aumento da neuroplasticidade, aumento do suporte sanguíneo e aumento de BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), além, é claro, de benefícios físicos como diminuição dos níveis de gordura, aumento da resistência vascular, aumento do trofismo e força muscular. Já um transtorno mental grave como a esquizofrenia acarreta sintomas que podem ir desde alucinações auditivas e/ou ideação delirante, retração social até perdas cognitivas importantes; os medicamentos utilizados para controle desses sintomas acabam tendo efeitos colaterais como o aumento de peso e distúrbios motores, o que leva os pacientes com esquizofrenia a terem prejuízos físicos além dos mentais. Existe uma alta incidência de doenças metabólicas, como diabetes mellitus e doenças cardiovasculares, que influencia no fato de esses indivíduos apresentarem uma sobrevida menor em até vinte anos quando comparados à população geral. Outro dado importante é o sedentarismo, que está presente na maioria dos casos, por isso a importância de estudos que avaliem e proponham a prática de atividade física orientada na esquizofrenia. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito da atividade física orientada através de dois diferentes protocolos de exercício (intervenção aeróbica e intervenção funcional) com uma duração de três meses, e compará-los a controles sedentários e sem transtornos mentais, verificando assim os efeitos sobre o prejuízo físico e mental em pacientes com o diagnóstico de esquizofrenia e correlacionando a mudança com marcadores de inflamação e de lesão muscular. Foram recrutados pacientes com diagnóstico de esquizofrenia segundo o DSM-5-TR, estabilizados em acompanhamento regular em Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da cidade de Camaquã ou no ambulatório do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O recrutamento dos controles ocorreu pelas redes sociais ou indicação dos próprios casos. Foram avaliados: postura pela fotogrametria postural (programa utilizado: SAPO), flexibilidade (banco de Wells), sedentarismo (SIMPAQ), gravidade da doença (BPRS), qualidade de vida (SF-36) e avaliação dos marcadores sanguíneos (lactato, proteína C reativa ultrassensível e creatina-quinase), antes e após a intervenção. A amostra final é composta por 38 pacientes com esquizofrenia, sendo que 24 realizaram a intervenção aeróbica e 14 a intervenção funcional (a divisão das intervenções seguiu o critério de conveniência). O grupo controle foi pareado por sexo, idade (três anos para mais ou para menos) e nível socioeconômico (IBGE), ficando a mostra final também em 38 indivíduos (24 intervenções aeróbicas e 14 intervenções funcionais). Houve melhora significativa e positiva na maioria dos ângulos posturais, o que se repetiu na flexibilidade, no estilo de vida e na qualidade de vida. Nos marcadores sanguíneos, o lactato foi destaque, apresentando valores basais altos nos casos, que se manteve na comparação final. Houve pouca mudança na sintomatologia dos pacientes. A intervenção física funcional apresentou uma tendência significativa a ser mais benéfica tanto nos casos como nos controles em algumas variáveis posturais e no estilo de vida, e ainda esteve associada a maior capacidade de desenvolver um vínculo forte entre paciente e terapeuta. Esses achados são muito importantes, pois a literatura disponível foca em intervenções aeróbicas na população com esquizofrenia, por sua relativa praticidade na execução e benefícios sistêmicos; essa possibilidade de novas intervenções que foquem em movimentos mais amplos e complexos nos abre novos horizontes de possibilidades. A importância da atividade física orientada, seja ela qual for, e principalmente o acompanhamento em longo prazo nesta população se fazem necessários.pt_BR
dc.description.abstractPracticing regular physical activity brings numerous benefits to mental health, which include increased production of neurotransmitters, decreased neurotoxicity, increased neuroplasticity, increased blood support and increased BDNF (brain-derived neurotrophic factor), in addition, of course, of physical benefits such as decreased fat levels, increased vascular resistance, increased trophism and muscle strength. A serious mental disorder such as schizophrenia causes symptoms that can range from auditory hallucinations and/or delusional ideation, social withdrawal to significant cognitive losses; The medications used to control these symptoms end up having side effects such as weight gain and motor disorders, which leads patients with schizophrenia to suffer physical as well as mental impairments. There is a high incidence of metabolic diseases, such as diabetes mellitus and cardiovascular problems, which influences the fact that these individuals have a shorter survival rate of up to twenty years when compared to the general population. Another important fact is a sedentary lifestyle, which is present in most cases, hence the importance of studies that evaluate and propose the practice of targeted physical activity in schizophrenia. This work aims to evaluate the effect of physical activity guided through two different exercise protocols (aerobic intervention and functional intervention) with a duration of three months, and compare them to sedentary controls without mental disorders, thus verifying the effects on physical and mental impairment in patients diagnosed with schizophrenia and correlating the change with markers of inflammation and muscle damage. Patients diagnosed with schizophrenia according to the DSM-5-TR, stabilized under regular monitoring at the Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) in the city of Camaquã or at the outpatient clinic of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) were recruited. Controls were recruited via social media or referrals from the cases themselves. The following were assessed: posture by postural photogrammetry (program used: SAPO), flexibility (Wells bank), sedentary lifestyle (SIMPAQ), disease severity (BPRS), quality of life (SF-36) and assessment of blood markers (lactate, protein ultrasensitive C reactive and creatine kinase), before and after the intervention. The final sample consists of 38 patients with schizophrenia, 24 of whom underwent the aerobic intervention and 14 the functional intervention (the division of interventions followed the convenience criterion). The control group was matched by sex, age (3 years plus or minus) and socioeconomic level (IBGE), with the final sample also comprising 38 individuals (24 aerobic intervention and 14 functional intervention). There was a significant and positive improvement in most postural angles, which was repeated in flexibility, lifestyle and quality of life. In blood markers, lactate was highlighted, presenting high baseline values in the cases, which was maintained in the final comparison. There was little change in the patients' symptoms. Functional physical intervention showed a significant tendency to be more beneficial in both cases and controls in some postural and lifestyle variables, and was also associated with a greater ability to develop a strong bond between patient and therapist. These findings are very important, as the available literature focuses on aerobic interventions in the population with schizophrenia, due to their relative practicality in implementation and systemic benefits; The possibility of new interventions that focus on broader and more complex movements opens up new horizons of possibilities. The importance of targeted physical activity, whatever it may be, and especially long-term monitoring in this population is necessary.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectSchizophreniaen
dc.subjectEsquizofreniapt_BR
dc.subjectQuality of lifeen
dc.subjectQualidade de vidapt_BR
dc.subjectEstilo de vidapt_BR
dc.subjectLifestyleen
dc.subjectFisioterapiapt_BR
dc.subjectPostureen
dc.subjectFlexibilityen
dc.titleO impacto da fisioterapia no estilo de vida de pacientes com diagnóstico de esquizofrenia : alterações na postura, flexibilidade, qualidade de vida e marcadores sanguíneospt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.nrb001206630pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentFaculdade de Medicinapt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamentopt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2023pt_BR
dc.degree.leveldoutoradopt_BR


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