Métodos de histologia no diagnóstico das parasitoses humanas : uma revisão bibliográfica

Abstract

As parasitoses caracterizam um importante problema de saúde pública em todo o mundo, sendo causa de muitos de óbitos, ou gerando sequelas permanentes nos indivíduos acometidos, se não forem tratados corretamente em tempo hábil. Por isso, um diagnóstico preciso e imediato é fundamental, além de contribuir para os dados relacionados à distribuição geográfica e de frequência sobre cada parasitose. O diagnóstico pode ser realizado por meio de diversas metodologias, avulsas ou combinadas, sendo algumas delas os exames de imagem, análises imunológicas, investigações moleculares ou por meio de histopatologia. Essa última, muitas vezes, é considerada padrão ouro, sendo composta por diferentes técnicas que podem ser aplicadas dependendo da suspeita diagnóstica. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é a realização de uma revisão bibliográfica a respeito dos métodos de histologia aplicados ao diagnóstico de parasitoses humanas, utilizando as bases de dados PubMed, LILACS e Scielo, e diferentes associações das palavras “histology”, “histopathology”, “histopathological”, “histochemistry”, “immunohistochemistry”, “parasitic disease”, “parasite” e “diagnosis”. Após a seleção com base em critérios de inclusão e exclusão, 39 artigos foram lidos na íntegra e analisados quanto às parasitoses que relatam e as técnicas histológicas mencionadas para seu diagnóstico. Os agentes causadores das parasitoses pertencem aos grupos dos helmintos, protozoários ou pentastomídeos, e a coloração hematoxilina-eosina foi a mais citada, e a imuno-histoquímica também foi uma metodologia de destaque. Embora muito relevante e em alguns casos imprescindível, a histopatologia apresenta algumas limitações para o diagnóstico das parasitoses em algumas situações, sendo necessário a utilização conjunta de outros métodos ou sua substituição por outro mais adequado.

Parasitic infections are a major public health problem worldwide, being responsible for a great number of deaths or permanent sequelae in affected individuals if not correctly treated in a timely manner, therefore, an accurate and immediate diagnosis is essential, additionally, it also contributes to the gathering of data related to the geographical distribution and frequency of each parasitic infection. The diagnosis can be made through a variety of methodologies, either individually or in combination, some of which are imaging tests, immunological analyses, molecular investigations or histopathology. The latter is often considered the gold standard, and is composed of different techniques that can be applied depending on the diagnostic suspicion. Thus, the aim of the present study is to carry out a literature review on the histology methods applied to the diagnosis of human parasitic infections, for this, the PubMed, LILACS and Scielo databases, and different associations of the words “histology”, “histopathology”, “histopathological”, “histochemistry”, “immunohistochemistry”, “parasitic disease”, “parasite” and “diagnosis” were used. After selection based on the inclusion and exclusion criteria, 39 articles were read in full and analyzed as to the parasitic infections they report and the histological techniques mentioned for their diagnosis. The causative agents of parasitic infections belonged to the groups of helminths, protozoa or pentastomids, hematoxylin-eosin staining was the most cited method and immunohistochemistry was also a prominent methodology. Although very relevant and in some cases essential, histopathology has its limitations for the diagnosis of parasitic infections in some situations and the use of other methods in combination, or its replacement by a more suitable one, is necessary.