Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorSpritzer, Poli Marapt_BR
dc.contributor.authorBrum, Ilma Simonipt_BR
dc.date.accessioned2023-10-15T03:32:24Zpt_BR
dc.date.issued1993pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/265992pt_BR
dc.description.abstractA glândula prostática é um orgão acessório do aparelho reprodutor masculino, conhecido como típico alvo de andrógenos. Estes hotmônios, secretados pelos testículos, têm um papel importante no crescimento e diferenciação da próstata no decorrer da vida. Sua ação é bem caracterizada no período embrionário, pós-natal e durante a puberdade. Mas a próstata apresenta um terceiro estágio de multiplicação durante a senescência que é alvo de muitas investigações. O objetivo deste trabalho foi estudar a ação de andrógenos, mais especificamente a testosterona, sobre a proliferação de células epiteliais e estromais de próstata humana não transformadas. Para este estudo foi escolhido um modelo de cultura de células, obtidas de tecido prostático, proveniente de. pacientes submetidos a prostatectomia por hiperplasia prostática benigna (HPB). O tecido prostático foi dissociado, as células epiteliais analisadas em cultura primária e as células estromais em cultura secundária (uma passagem). A proliferação celular foi avaliada pela determinação do DNA total e contagem de células. As células prostáticas foram incubadas em meio 199 com diferentes concentrações de soro bovino fetal (SBF) e SBF desteroidado, a fim de determinar um meio básico para os estudos de proliferação celular. Estas células epiteliais foram também incubadas com diferentes concentrações de testosterona (2x10^-5 a 2x10^-11M) isolada ou associada a flutamida (10^-6M). Os resultados obtidos indicaram o meio 199 contendo 5% de SBF como adequado para o estudo de proliferação das células prostáticas humanas não transformadas, epiteliais ou estromais. Observou-se que a incubação das células prostáticas com testosterona nas concentrações de 2x10^-5 a 2x10^-8M não apresentaram alteração no ritmo de proliferação celular. Por outro lado, as concentrações de 2x10^-10 e 2x10^-11 M de testosterona estimularam significativamente a proliferação celular. Buscando avaliar o envolvimento do receptor de andrógenos no mecanismo de proliferação celular, a testosterona foi adicionada ao meio de cultura associada ao antiandrógeno flutamida. A flutamida inibiu significativamente o efeito proliferativo induzido pelas menores doses de testosterona. Um resultado interessante foi observado com a associação de flutamida à testosterona 2x10^-5 e 2x10^-6M, a qual aumentou significativamente a proliferação celular. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que: 1 - As células de próstata humana não transformadas crescem de modo adequado para estudos de proliferação celular, em meio 199 contendo 5% de SBF. O uso de soro desteroidado não alterou o padrão proliferativo destas células, embora tenha ocorrido uma tendência ao descolamento. 2 - A testosterona adicionada ao meio básico nas concentrações de 2x10^-5 a 2x10^-9M não apresentou efeito proliferativo sobre as células epiteliais ou estromais, quando comparadas às células incubadas apenas com meio básico. Nas concentrações de 2x10^-10 e 2x10-11M a testosterona estimulou significativamente a proliferação de células epiteliais e estromais, o que sugere um mecanismo bifásico de ação da testosterona sobre a regulação hormonal das células próstaticas humanas, onde doses mais elevadas de testosterona mantém o controle da proliferação em células diferenciadas e concentrações menores permitiriam o escape destes mecanismos regulatórios. 3 - O antiandrógeno flutamida (10^-6M) associado às menores doses de testosterona inibiu significativamente o efeito, proliferativo induzido por este andrógeno tanto em células epiteliais como estromais. Estes dados sugerem que o mecanismo de ação da testosterona, nestas células, ocorre via receptor de andrógenos. Por outro lado, a associação de flutamida (10^-6M) com a testosterona em concentrações maiores (2x10^-5 e 2x10^-6 M) estimulou a proliferação das células epiteliais e estromais, quando comparada com a proliferação de células incubadas apenas com testosterona nas mesmas doses. Estes resultados indicam que a flutamida, nestas condições hormonais, agiu bloqueando parcialmente os receptores de andrógenos, mimetizando os dados obtidos com pequenas doses de testosterona e reforçando as evidências que os efeitos deste esteróide sobre a proliferação das células prostáticas, apresentados neste trabalho, ocorrem via receptor de andrógeno. O controle da proliferação de células prostáticas é um processo complexo, envolvendo numerosas interações entre hormônios, fatores de crescimento e protooncogenes, que podem ser modificados de acordo com as condições experimentais utilizadas. Progressos no conhecimento dos mecanismos moleculares envolvidos com a regulação hormonal da próstata exigem estudos mais aprofundados, incluindo tanto o estudo de receptores de esteróides sexuais quanto a expressão do RNAm de diversos fatores de crescimento e protooncogenes relacionados com proliferação celular.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPróstatapt_BR
dc.subjectTestosteronapt_BR
dc.subjectTécnicas de cultura de célulaspt_BR
dc.subjectProliferação de célulaspt_BR
dc.subjectFlutamidapt_BR
dc.titleAções da testosterona sobre a proliferação de células prostáticas humanas em culturapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.identifier.nrb000125198pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentInstituto de Biociênciaspt_BR
dc.degree.programCurso de Pós-Graduação em Ciências Biologicas: Fisiologiapt_BR
dc.degree.localPorto Alegrept_BR
dc.degree.date1993pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


Thumbnail
   

Este item está licenciado na Creative Commons License

Mostrar registro simples