A ferro e fogo : os efeitos do aquecimento sobre os diferentes modelos de dietas do século 21
dc.contributor.advisor | Moreira, Jose Claudio Fonseca | pt_BR |
dc.contributor.author | Adam, Luciana Silvana D’Amore | pt_BR |
dc.date.accessioned | 2023-10-12T03:32:38Z | pt_BR |
dc.date.issued | 2023 | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10183/265880 | pt_BR |
dc.description.abstract | A obesidade é uma condição na qual o indivíduo apresenta excesso de gordura corporal acumulada podendo acarretar prejuízos graves à saúde do mesmo, podendo ter origem individual, socioeconômica ou ambiental. Segundo a organização mundial da saúde (WHO) a obesidade vem aumentando rapidamente em proporções epidêmicas ao redor do mundo, devido principalmente a um aumento no consumo de alimentos altamente calóricos e com pouco valor nutricional em conjunto com um estilo de vida sedentário. A obesidade e a síndrome metabólica associada a ela são, em grande parte, consequências das dietas consumidas atualmente, por exemplo, dietas altamente palatáveis e que contêm grandes proporções de lipídios, proteínas, carboidratos e sal, além de conter baixo conteúdo de fibras. Dentre os diferentes métodos para estudar a síndrome metabólica, os mais utilizados são modelos com animais geneticamente modificados e modelos de síndrome metabólica baseados na dieta ingerida pelos animais, as quais são geralmente baseadas em lipídios e açúcar refinado. Neste tipo de dieta podemos encontrar grande quantidade de produtos finais de glicação avançada (AGEs - advanced glycation end products) e os produtos finais de lipoperoxidação avançada (ALEs - advanced lipid peroxidation end products), os quais podem ser formados em altas temperaturas durante o aquecimento dos alimentos e por esse motivo estão presentes em altos níveis em alimentos ultraprocessados. AGEs estão implicados em diversas vias de sinalização que levam a estados inflamatórios e doenças relacionadas e são conhecidos por promover um desbalanço redox, bem como um quadro pró-inflamatório. Neste trabalho analisamos em ratos os diferentes efeitos de dietas com variações aquecidas e não aquecidas, assim como os processos bioquímicos e comportamentais decorrentes do consumo das mesmas, verificando se o aquecimento pode gerar um índice maior de malefícios para indivíduos submetidos a elas do que os já causados pelas dietas não aquecidas. As dietas utilizadas foram Dieta controle (CHOW), Dieta controle aquecida (HEATED CHOW), Dieta rica em lipídios (HFD), Dieta rica em lipídios aquecida (HEATED HFD), Dieta de cafetería padronizada (WD) e Dieta de cafeteria padronizada aquecida (HEATED WD). Foram analisados parâmetros inflamatórios, atividade de enzimas antioxidantes e de desintoxicação, danos a macromoléculas e alterações comportamentais, além de níveis séricos de leptina, adiponectina, glicose e carboximetil-lisina. A WD levou a um aumento nos níveis de insulina e leptina além do conteúdo de carboximetil-lisina, uma quantificação elevada de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico e de de glutationa s-transferase, enquanto sua versão aquecida obteve menor significância em seus resultados. HFD ocasionou modificações, porém as mesmas foram menores do que aquelas inferidas pela WD, fato aqui discutido principalmente devido ao diferente conteúdo de gordura/açúcar entre as dietas. Nossas descobertas sugerem a validação do modelo de dieta WD como indutor de obesidade em animais e das vias bioquímicas resultantes da doença, independentemente da influência térmica na dieta. | pt_BR |
dc.description.abstract | Obesity is a condition in which an individual has an excess accumulation of body fat, which can lead to serious health problems. It can have individual, socioeconomic, or environmental origins. According to the World Health Organization (WHO), obesity is rapidly increasing on an epidemic scale worldwide, primarily due to a rise in the consumption of highly calorie-dense foods with low nutritional value, coupled with a sedentary lifestyle. Obesity and the associated metabolic syndrome are largely consequences of current diets, such as highly palatable diets that contain high proportions of fats, proteins, carbohydrates, and salt, while also being low in fiber content. Various methods are used to study metabolic syndrome, including models with genetically modified animals and diet-induced models based on the animals' food intake, which are typically rich in lipids and refined sugars. In this type of diet, there is a high presence of advanced glycation end products (AGEs) and advanced lipid peroxidation end products (ALEs), which are formed at high temperatures during food heating processes and are therefore found in high levels in ultraprocessed foods. AGEs are involved in various signaling pathways that lead to inflammatory states and related diseases. They are known to promote redox imbalance and a pro-inflammatory state. In this study, we analyzed the different effects of diets with heated and non-heated variations in rats, as well as the biochemical and behavioral processes resulting from their consumption. We aimed to determine whether food heating could generate a higher index of harm for individuals subjected to these diets compared to the harm caused by non-heated diets. The diets used were the Control Diet (CHOW), Heated Control Diet (HEATED CHOW), High-Fat Diet (HFD), Heated High-Fat Diet (HEATED HFD), Standard Cafeteria Diet (WD), and Heated Standard Cafeteria Diet (HEATED WD). We analyzed inflammatory parameters, antioxidant and detoxification enzyme activity, damage to macromolecules, behavioral changes, as well as serum levels of leptin, adiponectin, glucose, and carboxymethyl lysine. The WD led to an increase in insulin and leptin levels, as well as carboxymethyl lysine content. It also showed elevated levels of thiobarbituric acid-reactive species and glutathione S-transferase, while its heated version had less significance in its results. The HFD caused modifications, although they were less pronounced than those induced by the WD, which can be attributed to the different fat/sugar content between the diets. Our study leads us to believe in the validity of the WD model for generating obesity in animals and the biochemical cascades resulting from the disease, regardless of the heating of the diet. | en |
dc.format.mimetype | application/pdf | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Open Access | en |
dc.subject | Obesidade | pt_BR |
dc.subject | Temperatura alta | pt_BR |
dc.subject | Modelos animais de doenças | pt_BR |
dc.subject | Dieta hiperlipidica | pt_BR |
dc.title | A ferro e fogo : os efeitos do aquecimento sobre os diferentes modelos de dietas do século 21 | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.identifier.nrb | 001185514 | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal do Rio Grande do Sul | pt_BR |
dc.degree.department | Instituto de Ciências Básicas da Saúde | pt_BR |
dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica | pt_BR |
dc.degree.local | Porto Alegre, BR-RS | pt_BR |
dc.degree.date | 2023 | pt_BR |
dc.degree.level | mestrado | pt_BR |
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