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dc.contributor.advisorOliveira, Daniel Canavese dept_BR
dc.contributor.authorMinuzzo, Fabiana Aparecida Olibonipt_BR
dc.date.accessioned2022-05-04T04:46:34Zpt_BR
dc.date.issued2017pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10183/238228pt_BR
dc.description.abstractO quadro histórico que representa as precárias condições em que vive a população negra no Brasil expressa como se consolidou sua inserção nesta sociedade que, mesmo após a abolição da escravatura, se manteve em uma posição de desvantagem social em relação à população branca. Este estudo, de cunho qualitativo, teve como objetivo central avaliar as percepções de mulheres de uma comunidade quilombola em relação ao acesso e qualidade da atenção prestada por uma Unidade de Saúde da Família. O objetivo específico foi identificar fatores que facilitam ou dificultam o acesso à Unidade de Saúde da Família. A pesquisa de campo ocorreu no período de julho a setembro de 2017 na Comunidade Quilombola Urbana Quilombo dos Alpes, localizada área de abrangência territorial sob responsabilidade sanitária da Unidade de Saúde da Família Estrada dos Alpes, no município de Porto Alegre/RS. Foram entrevistadas dez mulheres, de acordo com os critérios de inclusão definidos: ser moradora da Comunidade Quilombola com idade igual ou superior a 18 anos de idade. O tratamento e análise do material produzido pelas entrevistas foi submetido ao método de análise de conteúdo, fundamentado na identificação de elementos pertinentes, gerando as categorias, inter-relacionadas: racismo, práticas de saúde e cultura. O estudo permitiu identificar aspectos que conduzem a relação entre usuárias e serviço de saúde da família demonstrando que, apesar de transformações nos modelos de atenção à saúde, configura-se ainda um acesso ao serviço de saúde centrado no modelo biomédico centrado. O racismo institucional foi revelado como elemento determinante para a não efetivação do acesso à saúde demonstrando sua presença entranhada nas relações sociais, de trabalho e de cuidado produzindo condutas discriminatórias que interferem negativamente nos processos de vinculação e acesso efetivo ao serviço de saúde. A marginalização social vivenciada expressa uma realidade em que o racismo e atos de discriminação revelam-se como determinantes das condições vida e de limitações ao acesso à saúde desta população. A cultura negra e sua herança, que perpassa diferentes gerações, evidenciou práticas de cuidado à saúde inerentes a uma comunidade tradicional com forte vínculo com um ambiente que oferece terapias através de ervas medicinais. As experiências de cuidado vinculadas à natureza destacam a necessidade de uma nova conformação nas relações terapêuticas entre profissionais e comunidade, transpondo um modelo de atenção protocolar e institucionalmente consolidado. A compreensão e reconhecimento das práticas populares de saúde vivenciadas pelas mulheres significa possibilidades de transformações potencializando o vínculo e o cuidado à saúde compartilhado de acordo com as especificidades locais. O desafio da consolidação do acesso à saúde de acordo com as especificidades da população quilombola remete a transformações e adaptações do modelo de atenção institucionalmente constituído aos costumes e demandas de uma população que traz consigo heranças históricas e singulares nos modos de cuidar à saúdept_BR
dc.description.abstractThe precarious conditions in which the black population lives in Brazil expresses how their insertion was consolidated in a society that, even after the abolition of slavery in the country, has remained in a social disadvantage position in comparison to the white population. This qualitative study have had as its objective to evaluate the perceptions of women in a quilombola community in relation to the access and quality of healthcare provided by a Family Health Program team (a primary healthcare unit). The specific objective was to identify factors that facilitate or hinder access to the primary healthcare unit. The field research was carried out from July to September 2017 in the quilombo known as Urban Quilombola Community of Alpes, a territorial area under the sanitary responsibility of the Family Health Program team called as Estrada dos Alpes, located in the city of Porto Alegre. Ten women were interviewed, according to the following criteria: to be a resident of the quilombola community, aged 18 or older. The content analysis was the data analysis method of the material produced during the interviews, resulting the generation of the following interrelated categories: racism, health practices and culture. The study allowed the identification of aspects of the relationship between users and the primary healthcare services, demonstrating that, despite the changes in the healthcare models, there is still an access to the health service based on the biomedical-centered model. Institutional racism was identified as a determinant element for the non-effectiveness of access to health services, demonstrating its intrinsic presence in social, healthcare, and labor relations, producing discriminatory behaviors that negatively interfere in the processes of creation of bounds with the Family Health Program and to the effective access to healthcare services. The social marginalization experienced by black population presents a reality in which racism and discrimination are determinant factors of their life conditions and create access limitations to healthcare. The black culture and inheritance identified during the analysis, which encompasses different generations, evidenced healthcare practices typical of a traditional community, having strong linkages with an environment that offers therapies through medicinal herbs. The nature-based care experiences highlights the need for a new conformation in the therapeutic relationships between professionals and the community, surpassing the institutionally consolidated healthcare model. The comprehension and recognition of popular health practices experienced by women means transformations possibilities to strengthening the users-healthcare team bonds according to local specificities. The challenge of consolidating access to health services according to the specificities of the quilombola population should consider transformations and adaptations in the institutionally constituted models of healthcare, that should adapt to the the customs and demands of a population with a unique historic inheritances in their healthcare modes.en
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.rightsOpen Accessen
dc.subjectPopulação negrapt_BR
dc.subjectUnified Health System (SUS)en
dc.subjectEquity in Healthen
dc.subjectQuilombo urbanopt_BR
dc.subjectSaúde da população negrapt_BR
dc.subjectAccess to Healthcare Servicesen
dc.subjectSaúde públicapt_BR
dc.subjectBlack Populationen
dc.subjectPrimary Careen
dc.titleAcesso e saúde da população negra : uma pesquisa sob a ótica do pensamento complexo em um quilombo urbano na cidade de Porto Alegrept_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor-coBairros, Fernanda Souza dept_BR
dc.identifier.nrb001062389pt_BR
dc.degree.grantorUniversidade Federal do Rio Grande do Sulpt_BR
dc.degree.departmentEscola de Enfermagempt_BR
dc.degree.programPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletivapt_BR
dc.degree.localPorto Alegre, BR-RSpt_BR
dc.degree.date2017pt_BR
dc.degree.levelmestradopt_BR


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